Tratado de Gante: diferenças entre revisões

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[[ImageFicheiro:Verdragvangent 29-01-2009 11-02-06.JPG|thumb|right|250px|Placa comemorativa no edifício da Veldstraat, em Gante, em que o tratado foi negociado]]
'''O Tratado de Gante''', firmado em 24 de Dezembro de 1814 em [[Gante]], na actual [[Bélgica]], foi o tratado de paz que pôs fim à [[Guerra de 1812]] entre os [[Estados Unidos da América]] e o [[Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda]]. O tratado repôs, em grande medida, o ''[[status quo ante bellum]]'' entre os dois países. Devido à lentidão das comunicações na época, a nova do tratado de paz só chegou à América duas semanas mais tarde, bem depois da [[Batalha de Nova Orleães]].
 
== Antecedentes ==
A delegação britânica compunha-se de William Adams, [[James Gambier|James Lord Gambier]] e [[Henry Goulburn]], diplomatas de segunda ordem. As reuniões foram muitas vezes adiadas por uma semana ou mais, dado que os diplomatas britânicos não estavam mandatados para efectuar negociações directas e tinham que esperar por ordens de Londres, ao passo que a delegação americana, composta de [[John Quincy Adams]], [[James A. Bayard (elder)|James A. Bayard, Sr.]], [[Henry Clay]], [[Albert Gallatin]] e [[Jonathan Russell]] como assistente, dispunha de plenos poderes para negociar.
 
Os Estados Unidos tinham fracassado nas suas tentativas de invasão do [[Baixo Canadá]] e do [[Alto Canadá]], enquanto o Reino Unido não tinham obtido êxitos significativos, tirando o [[incêndio de Washington]] e ataques de retaliação em solo americano. Os partidários da guerra no Congresso queriam conquistar o Canadá e a Florida.<ref>American Military History, Army Historical Series, Ch. 6, ''p.'' 123, afirma que "enquanto o partido pró-guerra do Oeste defendia o conflito na esperança de conquistar o Canadá, a população da Geórgia, do Tennessee e do Território do Mississippi nutria ambições semelhantes quanto à Florida, um território espanhol".[http://www.army.mil/cmh-pg/books/amh/amh-06.htm]</ref>
 
== O acordo ==
O tratado obrigava à libertação de todos os prisioneiros de guerra e à devolução de todos os territórios e embarcações tomados, o que equivalia a restituir aos Estados Unidos cerca de {{convert|10000000|acre|km2}} de território perto do [[Lago Superior|Superior]] e do [[Lago Michigan|Michigan]], no [[Maine]] e nas margens do [[Oceano Pacífico]].<ref>{{cite book | author=W.G. Dean et al. | year=1998| title=Concise Historical Atlas of Canada}}</ref> O tratado nãoalterou substancialmente a situação anterior à guerra, mas incluía uma série de promessas. O Reino Unido comprometia-se a devolver os escravos capturados, mas em vez disso pagou, anos mais tarde, £250 000 aos Estados Unidos.<ref>Lindsay, Arnett G. "Diplomatic Relations Between the United States and Great Britain Bearing on the Return of Negro Slaves, 1783-1828." ''Journal of Negro History.'' 5:4 (October 1920); [http://books.google.com/books?id=-JIBAAAAQAAJ Knight, Charles. ''The Crown History of England.'' Oxford, England: Oxford University, 1870].</ref> A proposta britânica de criar uma zona tampão índia no Ohio e no Michigan foi abandonada quando a coligação das tribos índias se desagregou. Os Estados Unidos ignoraram as garantias que tinham dado no artigo IX quanto ao tratamento dos índios pelos americanos.{{Fact|date=February 2009}}
 
== Rescaldo ==
Os combates cessaram imediatamente após a chegada aos Estados Unidos da notícia da assinatura do tratado, isto é, já depois da vitória americana na [[Batalha de Nova Orleães]] e da vitória britânica na [[Batalha de Fort Bowyer]], mas antes da investida britânica contra [[Mobile, Alabama]].
 
O [[Senado dos EUA]] ratificou o tratado por unanimidade em 16 de Fevereiro de 1815, e o presidente [[James Madison]] trocou os documentos de ratificação com um diplomata britânico em Washington em 17 de Fevereiro; o tratado foi promulgado em 18 de Fevereiro. Onze dias depois, em 1 de Março, [[Napoleão]] escapou da Ilha de [[Elba]], reacendendo o conflito na Europa e obrigando os britânicos a concentrar-se na nova ameaça.
 
== Referências ==
{{Reflist}}
 
== Fontes ==
* ''American Military History: Army Historical Series. Chapter 6: The War of 1812.'' Center of Military History, U.S. Army, Washington, DC, 1989. Official US Army history, available [http://www.army.mil/cmh-pg/books/amh/AMH-06.htm online].
* Bemis, Samuel Flagg. ''John Quincy Adams and the Foundations of American Foreign Policy'' (1950).
* A. L. Burt. ''The United States, Great Britain and British North America from the Revolution to the Establishment of Peace after the War of 1812'', 1940 ([http://www.questia.com/PM.qst?a=o&d=750041 Online Edition].
* Engelman, Fred L. ''The Peace of Christmas Eve'' (1962), popular account; [http://www.americanheritage.com/articles/magazine/ah/1960/1/1960_1_28.shtml online excerpt from ''American Heritage Magazine'' (Dec 1960) v 12#1].
* Donald R. Hickey. ''The War of 1812: A Forgotten Conflict'' (1990) pp. 281-98.
* Perkins, Bradford. ''Castelereagh and Adams: England and the United States, 1812-1823'', 1964.
* Robert Vincent Remini. ''Henry Clay: Statesman for the Union'' (1991) pp. 94-122.
 
== Ligações externas ==
{{wikisource}}
* Texto completo (em inglês) do Tratado de Gante [http://war1812.tripod.com/treaty.html online].
* [http://www.yale.edu/lawweb/avalon/diplomacy/britain/ghent.htm Text of treaty from the Avalon Project]
* [http://www.loc.gov/rr/program/bib/ourdocs/Ghent.html Treaty of Ghent and related resources at the Library of Congress]
* [http://www.loc.gov/rr/program/bib/1812/ Library of Congress Guide to the War of 1812]
 
[[Categoria:Tratados dos Estados Unidos da América|G]]
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[[fi:Gentin rauha]]
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[[ga:Conradh Ghent]]
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