Igreja Reformada Neerlandesa: diferenças entre revisões

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A fé reformada começou a se fazer sentir em 1523, através de contatos do estudioso holandês Hinne Rode com o reformador [[suíço]] [[Ulrico Zuínglio]], e no final da década de 1550, já havia se implantado solidamente, principalmente nas regiões de [[língua francesa]] ao sul. Muitos neerlandeses foram influenciados por [[João Calvino]] em [[Estrasburgo]] e [[Genebra]] e pelo reformador polonês [[Jan Laski]] em [[Emden]] e [[Londres]]. Em 1561, o belga [[Guido de Brès]] escreveu uma confissão de fé “para os fiéis que estão dispersos por todos os [[Países Baixos]]”. Esse documento, conhecido como [[Confissão Belga]], foi adotado por um sínodo em [[Antuérpia]], em 1566, vindo a se tornar o principal padrão doutrinário dos calvinistas holandeses. Seu autor foi martirizado em 1567.
 
O primeiro sínodo reformado holandês reuniu-se em Turcoing em 1563, mas os dois primeiros sínodos gerais reuniram-se em Wesel (1568) e Emden (1571), ambos fora das fronteiras do país. Este último foi especialmente importante, porque efetivamente uniu todas as congregações em uma Igreja Nacional, adotando três documentos doutrinários: a [[Confissão Belga]], o [[Catecismo de Genebra]] (para as igrejas de idioma francês) e o [[Catecismo de Heidelberg]] (para as de língua holandesa). Seguindo o modelo francês, havia quatro níveis administrativos: [[Consistório (desambiguação)|consistórios]] locais, classes (presbitérios), sínodos regionais e sínodo nacional.
 
O nascimento da Igreja Reformada Holandesa coincidiu com um período de intensas lutas entre os neerlandeses e seu soberano, o rei católico espanhol Filipe II. Este havia declarado que preferia morrer cem mortes a ser um rei de hereges. Em 1566, os nacionalistas entraram em guerra contra os espanhóis. No ano seguinte, Filipe enviou o implacável Duque de Alba para destruir a heresia e sufocar a resistência. A ditadura que se seguiu (1567-1573) custou milhares de vidas, mas não conseguiu vencer a rebelião. Sob a liderança de [[Guilherme de Orange]], que abraçou o [[calvinismo]] em 1573, o Holanda declarou a sua independência em 26 de julho de 1581. Guilherme foi assassinado por um fanático em 1584, sendo sucedido por seu filho Maurício, que consolidou a independência da nova República.