A História do Declínio e Queda do Império Romano: diferenças entre revisões

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:''"Mas como deveremos perdoar a negligência indiferente do mundo pagão e filosófico que foram apresentadas, não para seu julgamento mas para os seus sentidos? Durante a época de [[Cristo]] e seus [[apóstolo]]s, e dos seus primeiros discípulos, a doutrina que eles professavam era confirmada por inúmeros prodígios. Os coxos caminhavam, os cegos viam, os doentes eram curados, os mortos ressuscitavam, [[demónio]]s eram esconjurados e as leis da Natureza eram frequentemente suspensas em benefício da igreja. Mas os sábios de [[Roma]] e da [[Grécia]] desinteressaram-se deste horrível espetáculo e, prosseguindo as suas ocupações normais da vida e do estudo, pareciam inconscientes de quaisquer alterações na moral e no governo material do mundo. Sob o reinado de [[Tibério]], o mundo inteiro, ou pelo menos a celebrada província do [[Império Romano]], estava envolvido na obscuridão sobrenatural. Mesmo este evento miraculoso, que deve ter apelado à curiosidade e devoção da humanidade, passou sem grande notícia numa época de ciência e de história. Aconteceu durante a vida de [[Séneca]] e de [[Caio Plínio Segundo|Plínio o Velho]], que devem ter experimentado os efeitos imediatos ou recebido a informação mais privilegiada do prodígio. Qualquer um destes filósofos recolheu detalhadamente os fenómenos da natureza, [[sismo|tremores de terra]], [[cometa]]s e [[eclipse]]s que a curiosidade infatigável pode recolher. Quer um quer outro omitiram uma menção ao maior fenómeno que algum mortal testemunhou desde a criação do globo."''
 
Apesar da surpresa professada em ver que os contemporâneos de Cristo ignoraram tal evento, é óbvio que a intenção de Gibbon foi a de mostrar que não há evidência histórica de que os eventos recordados no [[Novo Testamento]] mencionando a ressurreição de cristo tenham verdadeiramente acontecido. Deve-se observar que [[380]] d.C., a [[Cristianismo|religião cristã]] tinha sido tornada a religião oficial do [[Império Romano]] por [[Teodósio I]].
No seu tempo, uma tal afirmação não seria bem recebida, para dizer o mínimo. Mesmo [[Edward Gibbon]] terá sentido a necessidade de obscurecer esta declaração em ironia.
 
A data de [[476]] d.C., ano da deposição do último imperador de Roma ([[Rómulo Augusto|Rômulo Augusto]]) pelo Germânico [[Odoacro]] é apontada como Edward Gibbon como o ano da queda do [[Queda do Império Romano|Queda do Império Romano do Ocidente]], o que é convencionalmente aceite e considerado como o fim da [[Idade Antiga|Antiguidade]] e início da [[Idade Média]].
 
Em [[380]] d.C., a religião cristã tinha sido tornada a religião oficial do [[Império Romano]] por [[Teodósio I]].
 
== {{Ver também}} ==