Pedro Afonso, conde de Barcelos: diferenças entre revisões

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[[FileFicheiro:Tarouca-PedroAfonsoTomb-IPPAR.jpg|thumb|right|250px|Tumba [[Estilo gótico|gótica]] do conde Pedro Afonso no [[Mosteiro de São João de Tarouca]].]]
'''Dom Pedro Afonso, Conde de Barcelos''' ([[1287]] - [[Lalim (Lamego)|Lalim]], [[1354]]) foi, segundo algumas fontes, o primeiro [[ilegitimidade|filho natural]] de [[Dinis de Portugal|D. Dinis]] e de D. Grácia Froes (de identificação insegura). Poeta e [[Trovadorismo|trovador]] como seu pai, teve um papel de relevo na vida política e sobretudo cultural do seu tempo, a ele se ficando a dever uma boa parte dos mais importantes textos da literatura medieval portuguesa.
 
== Vida ==
O seu primeiro e breve [[casamento]] com D. Branca Peres, herdeira de grande parte da fortuna dos [[Sousa (apelido)|Sousa]], tornou-o, à sua morte ([[1305]]), um dos homens mais ricos do reino. Esse estatuto foi consolidado com o segundo casamento, com a [[Reino de Aragão|aragonesa]] D. Maria Ximenes, de quem no entanto se separaria a curto prazo, por desentendimentos vários. Viveu o resto da sua vida com D. Teresa Anes, sua concubina, não tendo tido descendência.
 
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Regressado do exílio em [[1322]], retomou a posse de todos os seus bens, que lhe tinham sido confiscados. Pouco depois da morte de seu pai ([[1325]]), afastou-se gradualmente da corte do meio-irmão, com quem entra em dissidência (muito embora tenha participado a seu lado na [[Batalha do Salado]] em [[1340]]). Refugiou-se nos seus paços de [[Lalim (Lamego)|Lalim]], que transformou num centro cultural importante. É daí que está datado o seu [[testamento]] (Março de [[1350]]) e onde morreu, em [[1354]]. Jaz sepultado no [[Mosteiro de São João de Tarouca]], em um túmulo com jacente decorado nas laterais com cenas de [[caça]] ao [[javali]].
 
== Legado ==
O legado cultural do [[Conde de Barcelos]] é um dos mais importantes da [[Idade Média]] [[Península Ibérica|peninsular]]. D. Pedro foi certamente o compilador (ou pelo menos o último compilador) das cantigas dos [[Trovadorismo|trovadores galego-portugueses]]. No seu testamento deixa um ''Livro de Cantigas'' ao seu sobrinho, [[Afonso XI de Castela]], que se pensa ser o arquétipo dos [[cancioneiros]] [[manuscritos]] que chegaram até nós; esse cancioneiro nunca chegou à posse de [[Afonso XI]] e não se sabe do seu paradeiro. Excelente trovador, D. Pedro deixou quatro [[cantigas de amor]] e seis [[cantigas de escárnio]], onde o humor (com a malícia característica do género) se alia a um notável sentido rímico e musical.
 
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O reconhecimento da qualidade da obra de D. Pedro na Idade Média é evidenciado pelo fato de que tanto o ''Livro de Linhages'' como a ''Crónica'' sofreram vários acrescentos posteriores em Portugal e foram traduzidas várias vezes ao [[castelhano]]. Até os dias de hoje os pesquisadores continuam estudando a obra do conde tanto pelos dados historiográficos como pelo seu nível narrativo.
 
== Ver também ==
* [[Crónica Geral de Espanha de 1344]]
* [[Livro de Linhagens do conde D. Pedro]]
 
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[[en:Pedro Afonso, Count of Barcelos]]
[[es:Pedro Alfonso de Portugal, Conde de Barcelos]]
[[gl:Don Pedro, conde de Barcelos]]
[[hu:Dom Pedro, conde de Barcelos]]