Diego Gelmires: diferenças entre revisões
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Foi um dos maiores prelados compostelanos: reformou o cabido, concluiu a catedral iniciada em [[1077]] pelo seu antecessor, engrandeceu a diocese com bens e privilégios e conseguiu que esta ficasse isenta de [[Braga]] e fosse elevada a metrópole pela transferência das dioceses sufragâneas de [[Mérida]] para ela (então Mérida ainda era muçulmana).
Sua data e lugar de nascimento não se conhecem, mas parece que nasceu em Santiago entre [[1068]] e [[1070]],<ref>
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Superados os receios da auto-proclamação de Santiago como [[Sé Apostólica]] na época de [[Crescônio]], Gelmírez alcança um fecundo entendimento com Roma. Para isso desprega um trabalho diplomático sem precedentes que inclui sua viagem pessoal ao centro da cristandade ocidental.
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Ao mesmo tempo, o Papa nomeia-o ''[[Legado Pontifício]]'' para os Reinos de [[Leão]] e Galiza (incluídas as terras portuguesas), em virtude do qual convoca sínodos e concílios de enorme repercussão política e religiosa.
A rivalidade com Braga, pela supremacia do espaço eclesiástico galaico-português, levou-o a cometer o latrocínio de importantes relíquias entesouradas na Sede de Braga, de acordo com o relato da [[História Compostelana]]. Nomeadamente, organizou o roubo das [[relíquia]]s dos santos mais venerados em
Gelmírez convocou e presidiu em [[1124]] uma reunião dos bispos dos territórios cristãos peninsulares para tratar de superar as dificuldades que atravessava o reino através da predicação da paz e a aplicação da trégua de Deus, e estabelecendo uma paridade nos benefícios que obteria um morto na luta contra os ''"violadores da paz"'' (mouros), a remissão dos pecados, a imagem dos mortos na viagem a [[Jerusalém]], as [[Cruzadas]]. Este jeito de entender a separação com os ''"infiéis ismaelitas"'' e comum em toda [[Europa]] e estabelece uma fronteira religiosa entre os reinos cristãos, dos quais vários formam o Reino da Espanha (seguindo a História Compostelana) e os mais reinos europeus.
=== Defesa de [[Afonso VII]] ===
Após o encarceramento do rei [[Garcia da Galiza]], [[Afonso VI]] de Leão cedeu o [[Reino da Galiza]] ao conde [[Raimundo de Borgonha]], casado com a sua filha [[Urraca de Leão e Castela|Urraca]]. Filho de ambos era Afonso Raimúndez a quem o testamento do rei garantia os direitos sobre Galiza caso de que Urraca, já viúva, voltara a casar. Não deve esquecer-se que Afonso Raimúndez era sobrinho do Papa [[Calisto II]].
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Após sua coroação, Afonso VII nomeou Gelmírez capelão e chanceler reais, e continuou solicitando o apóio econômico e político do arcebispo compostelano para seu projeto imperial.
=== Reorganização do Senhorio das Terras de Santiago ===
[[Ficheiro:Santiago GDFL050914 036.jpg|thumb|250px|
O Senhorio de Santiago abrangia as terras entre os montes do [[Bocelo]] e as costas Atlânticas, um espaço de poder autônomo sob a soberania prelados de Compostela.
As disputas entre seu antecessor [[Diego Páez]] e Afonso VI, geraram um vazio de poder que Gelmírez acometeu com acerto.
Favoreceu as peregrinações com o apóio pleno de Roma e a [[Ordem de Cluny]]. Reativou o [[comércio]] por meio de cunhar moeda própria tal como fizera
Construiu e organizou uma frota galega para a defesa das costas dos ataques [[normandos]] o que manteve na linha às [[vikings|invasões vikings]] que desapareceram para sempre das costas galegas.
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== {{Bibliografia}} ==
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| título= Diego Gelmírez
| ano=1983
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