Plano de retirada unilateral de Israel: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 1:
[[Imagem:Elley-Sinai-refugee-camp01.jpg|thumb|right|300px|<small>Acampamento israelense ao lado da Faixa de Gaza, após a retirada.</small>]]
O '''Plano de retirada unilateral de Israel''' (em [[hebraico]]: '''''תוכנית ההתנתקות''''' ou''''' תכנית ההתנתקות''''', [[translit.]] ''Tokhnit HaHinatkut''), oficialmente, "Lei de Implementação do Plano de Retirada", foi uma proposta do primeiro ministro de [[Israel]], [[Ariel Sharon]], adoptada pelo governo e decretado em Agosto [[2005]], para removerremoção todade atoda presença permanente de Israel da [[Faixa de Gaza]] e de quatro [[Colônias israelenses|colônias]] no norte da [[Cisjordânia]]. Israel ocupou a [[Faixa de Gaza]], [[Jerusalém Oriental]] e a [[Cisjordânia]] durante a [[Guerra dos Seis Dias]], em [[1967]]. Desde então, promoveu o assentamento de centenas de milhares de [[judeus]] nos territórios ocupados.
 
O Plano de Sharon provocou controvérsiasviva controvérsia em Israel, desde quando foi proposto, em [[2004]]. A primeira versão, submetida a plebiscito interno no [[Likud]] (o partido de Sharon, à época), foi rejeitada, sendo então reformulada, antes de passar pelo parlamento ([[Knesset]]).
 
==Descrição do Plano==
Na Faixa de Gaza, o Plano previa a desocupação de todos os [[assentamentos israelenses]] civis existentes. Mas, na Cisjordânia, seriam removidos apenas quatro deles, situados no nordeste da região e, ocupados por cem famílias (cerca de 500 colonos). A maior parte das colônias judias, totalizando outros 230 mil colonos, permaneceria na Cisjordânia.<ref>Folha Online, 12/08/2005. [http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u86590.shtml Apesar de retirada, 230 mil colonos judeus devem ficar na Cisjordânia.]</ref>
 
;Assentamentos incluídos no Plano de Retirada
 
{| margin="0"
|-
| colspan="3" |'''Na Faixa de Gaza''':
|- valign="top"
|
Linha 37 ⟶ 39:
*[[Tel Katifa]]
|-
| colspan="3" |'''Na Cisjordânia''':
|- valign="top"
|
Linha 50 ⟶ 52:
 
 
As colônias de [[Hermesh]] e [[Mevo Dotan]], na Cisjordânia, estavam no plano original, mas posteriormente foram excluídas. <ref>[http://www.peacenow.org/news.asp?rid=&cid=961 PeaceNow.org]</ref>
 
Essas áreas também abrigam numerosas instalações das [[Forças de Defesa de Israel]]. Para Ariel Sharon, a retirada unilateral serviria para melhorar as condições de segurança de Israel e como um gesto de boa vontade diante da opinião pública internacional, de modo a transferir as pressões para [[Mahmoud Abbas]] e a [[Autoridade Palestina]], no sentido de que mostrem empenho na luta contra o terrorismo, como prevê o ''[[Road map for peace]]'' ([[2002]]).
 
Essas áreas também abrigam numerosas instalações das [[Forças de Defesa de Israel]]. Ariek Sharon declarou que o plano tinha como objetivo melhorar a segurança de Israel e do mundo, na falta de negociações políticas para resolver o conflito [[israelo-palestino]]. Cerca de oito a nove mil judeus residentes dentro da [[Faixa de Gaza]] foram instruídos a deixar a área ou preparar-se para a retirada compulsória a partir da noite de 16 de agosto de 2005. <ref>[http://today.reuters.com/news/newsArticle.aspx?type=topNews&storyID=2005-08-15T165326Z_01_MOL349068_RTRIDST_0_NEWS-MIDEAST-DC.XML Reuters.com]</ref>
 
De acordo com o Plano,<ref>[http://www.pmo.gov.il/PMOEng/Archive/Press+Releases/2004/Disengagement+Plan/Disengagement+Plan.htm Disengagement Plan - General Outline 15/04/2004]</ref> adotado em junho de 2004,<ref>[http://www.pmo.gov.il/PMOEng/Archive/Cabinet/2004/06/At+the+weekly+Cabinet+meeting+today+13.6.2004.htm Weekly Cabinet meeting 13.06.04]</ref> as forças de Israel permaneceriam na fronteira entre Gaza e o Egito e poderiam realizar mais demolições de casas para ampliar a zona de amortecimento (Art 6). Porém, posteriormente, Israel decidiu abandonar a área da fronteira, que é atualmente controlada pelo Egito e pela [[Autoridade Nacional Palestina]]. Israel continuará a controlar a costa de Gaza e o espaço aéreo, reservando-se o direito de realizar operações militares, quando necessário. (Art 3.1). O Egito controlará a sua fronteira com Gaza. Israel continuará a prover Gaza com água, comunicação, eletricidade e rede de esgotos (Art 8); os acordos alfandegários existentes &mdash; segundo os quais as importações de Israel para Gaza não são tributadas, exportações de Gaza para Israel são tributadas, e Israel recebe direitos alfandegários sobre produtos estrangeiros que entram em Gaza&mdash;permanecerão vigentes e a moeda de Israel (o [[shekel]]) continuará a ser usada (Art 10).
 
Como a Autoridade Palestina em Gaza não acredita ter suficiente controle sobre a área atualmente, observadores estrangeiros como o [[Comitê Internacional da Cruz Vermelha]] <ref>[http://comment.independent.co.uk/commentators/article306129.ece Independant.co.uk]</ref> Human Rights Watch<ref>[http://www.hrw.org/english/docs/2004/10/29/isrlpa9577.htm HRW.org]</ref> e diferentes especialistas em direito<ref>[http://www.ihlresearch.org/opt/feature.php?a=55 IHLresarch.org]</ref> declararam que a retirada não exime Israel de responsabilidade legal como força ocupante em Gaza. Israel e Egito concluíram um acordo segundo o qual o Egito pode aumentar o policiamento do seu lado da fronteira, enquanto as forças de Israel se retiram o lado de Gaza. O texto do acordo ainda não é público.<ref>[http://news.yahoo.com/s/nm/20050831/wl_nm/mideast_israel_vote_dc Yahoo.com]</ref>
Linha 103 ⟶ 106:
* [[Segunda Intifada]] ([[2000]])
* [[Acordo de Paz de Oslo]] - 1993
* [[Road map for peace]] - 2002
* [[Muro da Cisjordânia]] - 2004