Exílio galego: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 8:
Nos primeiros meses, tendo em conta que na Galiza não houve confronto bélico, mas apenas [[repressão]] desde o início, o exílio galego está protagonizado polos denominados "fugidos". São pessoas de perfil político, altamente comprometido com os ideais da [[Segunda República espanhola]] e da esquerda, que se desprazam por via marítima ou atravessando as amplas zonas de floresta até chegar a território controlado polo regime democrático, onde se incorporam ao exército e às colunas de milicianos que fazem parte das forças republicanas. Após a queda de [[Catalunha]] e com o fim da guerra, esses "fugidos" seguem o caminho dos exiliados do resto do Estado espanhol. Outro grupo de pessoas "fugidas", porém, jamais alcançou o território republicano e sobreviveu na floresta até durante anos, em ocasiões fazendo parte da guerrilha que após a vitória de Franco tentou destruir o novo regime ditatorial.
 
Outro grupo de exiliados abandonou Galiza pola via marítima nos primeiros momentos da guerra. A diferença do grupo já referido, o destino não era o território republicano, mas diversos portos da [[França]], de [[Inglaterra]] e de [[Portugal]]. Segundo distintos cálculos foram 40<ref>García Durán, J. (2001): ''Pola liberdade. A loita antifranquista de Luís Costa, Vigo, A Nosa Terra''.</ref> barcos os que saíram de portos como [[A Corunha]], [[Muros]], [[Noia]], [[A Pobra do Caramiñal|Póvoa do Caraminhal]], [[Malpica de Bergantiños|Malpica de Bergantinhos]], [[Carinho]], [[Ferrol]] ou [[Ares]].
 
Outra tipologia é a fugida a Portugal pola via terrestre, com perigo de os exiliados serem detidos pola Guarda de Fronteiras e polo [[PVDE]] [[salazarismo|salazarista]]. Neste caso, o sucesso ou o fracasso da fugida dependia largamente dos contatos que os fugidos tivessem ao sul do [[rio Minho]], e inclusive dos contatos com o contrabando que existia amplamente na fronteira luso-galega. Porém, o regime salazarista, afim à sublevação militar no Estado espanhol, fazia com que o maior número de exiliados embarcassem logo com destino à França e à América.