Exílio galego: diferenças entre revisões

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Em grande medida, a não aprovação polas Cortes espanholas do Estatuto de Autonomia da Galiza e a urgência inerente ao funcionamento de um governo no exílio fizeram com que a política do nacionalismo galego estivesse largamente vinculada com o processo político do exílio espanhol. En 1945, após ter-se oposto ao governo de [[José Giral]], o [[Partido Comunista da Espanha]] repensa a sua estratégia de alianças e, para ingressar naquele governo, dissolve a Unión Nacional Española (UNE) e a Frente Libertadora Galega (grupo integrado na UNE), criando o [[Bloco Republicano Nacional Galego]] (BRNG) com as figuras de [[Enrique Líster|Henrique Líster]] e [[Manuel Portela Valladares]], que se convertia no seu candidato para um ministério no governo estatal no exílio. Frente ao BRNG, a [[Junta Galega de Aliança Democrática]] (JGAD) e os nacionalistas galegos em América candidataram Castelao como ministro. Conversas entre Ramón Piñeiro pela JGAD e Líster pelo BRNG terminaram com Giral a anunciar Castelao como ministro, com o apoio da CNT, do [[nacionalismo catalão]] e do [[nacionalismo basco]].
 
==Cultura no exílio==
===Literatura galega do exílio===
Embora a língua castelhana ter naquela altura uma determinada presença na Galiza (que logo seria muito alargada com a política cultural e linguística do regime franquista), um dos principais problemas dos exiliados galegos na sua chegada aos diferentes países americanos foi o idioma. Ainda, uma grande parte da diáspora que já morava naqueles países tinha adotado o castelhano como idioma das suas relações sociais e pessoais. Isto explica a praxe linguística e cultural dos exiliados, inclusive do exílio nacionalista: [[Luís Seoane]], por exemplo, não só editará autores galegos, como também reeditará aqueles galegos que como [[Concepción Arenal]] escreveram em espanhol. Contudo, no exílio foram publicadas numerosas obras em galego impublicáveis na Galiza. Entre elas destacam o ''[[Sempre en Galiza]]'' de [[Castelao]], ''[[A Esmorga]]'' de [[Eduardo Blanco Amor]], editados ambos em [[Buenos Aires]], onde também se organizou a Mostra do livro galego de 1948 e onde surgiram diversas companhias teatrais em galego-português. Na produção cultural galega no exílio destacará a criação poética, nomeadamente de novo em Buenos Aires, onde moravam [[Luís Seoane]], [[Emílio Pita]] ou [[Lourenço Varela]].
 
 
==Notas==