Forças de Autodefesa do Japão: diferenças entre revisões

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{{Info/Forças Armadas
|país = [[Japão]]
|nome = Forças de Autodefesa do Japão
|nome_nativo = 日本国自衛隊
|imagem = [[Ficheiro:Flag_of_JSDF.svg|300px]]
|forças_armadas = [[Ficheiro:Japan_Air_Self-Defense_Force_roundel.svg|30px]] [[Força Aérea de Autodefesa do Japão]]<br />[[Ficheiro:Flag_of_JSDF.svg|30px]] [[Força Terrestre de Autodefesa do Japão]]<br />[[Ficheiro:Japan_Air_Self-Defense_Force_roundel.svg|30px]] [[Força Marítima de Autodefsa do Japão]]
<!-- Liderança -->
<!-- Mão-de-obra -->
|idade = 18 a 49 anos de idade
|disponível = Homens entre 19 e 49 anos: 27.003.112 ([[2005]] est.)
|disponível_f = 26.153.482
|apto = Homens entre 19 e 49 anos: 22.234.663 ([[2005]] est.)
|apto_f = 21.494.947
|atingindo = Homens: 683.147 ([[2005]] est.)
|atingindo_f = 650.157
|ativo = 239.430 ([[2006]]) - [[Anexo:Lista de países por número de tropas ativas|18º]]
|posição =
|reserva = 57.899 ([[2006]])
|mobilizados =
<!-- Despesas -->
|orçamento = [[Dólar|US$]] 48,8 bilhões ([[2008]])- ([[Anexo:Lista de países por gastos militares|13º]])
|percentual_PIB= 1% ([[2006]])
<!-- Industrial -->
|fornecedores_nacionais =[[Mitsubishi Heavy Industries]]<br>[[Mitsubishi Electric]]<br>[[NEC]]<br>[[Kawasaki Heavy Industries]]<br>[[Toshiba]]<br>[[Fujitsu]]<br>[[Fuji Heavy Industries]]<br>[[IHI Corporation]]<br>[[Komatsu Limited]]<br>[[Japan Steel Works]]<br>[[Hitachi Ltd.]]<br>[[Daikin Industries]]<br>[[Oki Electric Industry]]<ref>{{cite news |title= Procurement equipment and services |publisher=Escritório de Obtenção e Construção de Equipamento do Ministério da Defesa |url=http://www.epco.mod.go.jp/en/overview/chapter2/chapter2-6.htm}}</ref> <br>[[ShinMaywa]]<br/>[[Howa]]<br/>[[Sumitomo Heavy Industries]]
|fornecedores_estrangeiros = {{flag|United States}}<br>{{flag|United Kingdom}}<br>{{flag|Germany}}<br>{{flag|Italy}}<br>{{flag|Switzerland}}<br>{{flag|France}}<br>{{flag|Sweden}}
}}
 
As '''Forças de Autodefesa''' (em [[Língua japonesa|japonês]]: 自衛隊, ''Jieitai'') '''do Japão''' ('''FAJ''') são as [[forças armadas]] do [[Japão]], criadas com o fim da [[Ocupação americana do Japão|ocupação]] dos [[Estados Unidos]] posterior à [[Segunda Guerra Mundial]]. Ao longo da maior parte do período pós-guerra a atuação das FAJ esteve confinada às ilhas japonesas, e suas tropas não podiam ser empregadas em território estrangeiro; recentemente, no entanto, elas voltaram a estar envolvidas em operações internacionais de [[manutenção de paz]].<ref>{{citar web| url=http://www.globalsecurity.org/military/world/japan/intro.htm|título=Japan - Introduction| publicado =Globalsecurity.org| acessodata =5-3-2006}}</ref> Tensões recentes, em especial com a [[Coreia do Norte]],<ref>{{cite news |title= Japan fires on 'intruding' boat |date=22 de dezembro de 2001|publisher=[[BBC News]] |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/1724913.stm}}</ref> reacenderam o debate acerca do status das FAJ e de sua relação com a sociedade japonesa.<ref>{{cite news |title=Japan Mulls Constitutional Reform |date=15 de dezembro de 2006 |publisher=VOA News |url=http://www.voanews.com/english/2006-02-15-voa12.cfm}}</ref>
 
==Pessoal e organização==
As FAJ contavam, em 2005, com um total de 239.430 pessoas, das quais 147.737 estão na Força Terrestre de Autodefesa, 44.327 da Força Marítima de Autodefesa, 45.517 na Força Aérea de Autodefesa, e 1.489 no Gabinete do Estado-Maior, com 57.899 indivíduos na reserva.<ref>{{citar web|url=http://www.jda.go.jp/j/defense/jda-sdf/kousei/index.html|título=Personnel of JSDF|publicado=Agência de Defesa do Japão|acessodata=23-4-2006}}</ref>
[[Ficheiro:070907-jgsdf2.jpg|thumb|right|200px|Cadetes oficiais japoneses.]]
[[Ficheiro:Standard of the Prime Minister of Japan.svg|thumb|200px|Padrão do primeiro-ministro.]]
[[Ficheiro:Japan Defense Agency.jpg|thumb|200px|[[Ministério da Defesa (Japão)|Ministério da Defesa]].]]
 
===Cadeia de comando===
====Operacional====
*[[Primeiro-ministro do Japão]]
**[[Ministro da Defesa (Japão)|Ministro da Defesa]]
***Vice-ministro sênior da Defesa
****Chefe do Estado-Maior Conjunto
 
====Administrativa====
*Ministro da Defesa
**Vice-ministro sênior da Defesa
***Chefes do Estado-Maior dos Ramos
 
===Ramos militares===
[[Ficheiro:Tank type74 ja02.jpg|thumb|right|250px|Um [[Tanque de combate|tanque]] [[Type 74]] japonês.]]
*'''[[Força Terrestre de Autodefesa]]''' ([[Exército]]) [[Ficheiro:Flag of JSDF.svg|25px|]]
*'''[[Força Marítima de Autodefesa]]''' ([[Marinha]]) [[Ficheiro:Naval Ensign of Japan.svg|25px|]]
*'''[[Força Aérea de Autodefesa]]''' ([[Aeronáutica]]) [[Ficheiro:Japan Air Self-Defense Force roundel.svg|25px|]]
 
===Unidades militares===
*Cinco exércitos,
*Cinco distritos marítimos, e
*Três forças aéreas de defesa.
[[Ficheiro:JMSDF crew.jpg|thumb|left|180px|[[Marinheiro]]s japoneses a bordo do ''JDS Kongo''.]]
O resultado foi um sistema militar único. Todo o pessoal das FAJ são, tecnicamente, civis; os fardados são classificados como funcionários especiais civis, subordinados aos funcionários civis que gerem o [[Ministério da Defesa (Japão)|Ministério da Defesa]].
 
==Política de defesa==
{{principal|Segurança nacional do Japão}}
<!--[[Ficheiro:JGDSF Soldiers.jpg|thumb|right|200px|Soldados japoneses da 8ª Regimento de [[Infantaria]] executando uma salva de rifles.]]-->
A ''Política Básica do Japão para a Defesa Nacional'' estipula as seguintes políticas:<ref name=jda2005>{{citar web |url=http://www.jda.go.jp/e/publications/overview/english.pdf| título =Overview of Japan's Defense Policy 2005 | publisher=Agência de Defesa do Japão | acessodata=5-3-2006|formato=PDF}}</ref>
#Manter uma política exclusivamente orientada para a [[Defesa (militar)|defesa]].
#Evitar se tornar uma potência militar que possa causar ameaça ao mundo.
#Evitar o desenvolvimento de [[armas nucleares]], e recusar-se a permitir que armas nucleares entrem em território japonês.
#Assegurar o controle civil das forças armadas.
#Manter acordos de segurança com os [[Estados Unidos]].
#Ampliar as capacidades de defesa dentro de limites moderados.
 
O orçamento militar do Japão deve ser mantido a um patamar de apenas 3% do orçamento total do país. Cerca de 50% é gasto com as tropas, e o resto é dividido entre mantimentos, novas armas, melhorias, etc.<ref>{{cite paper | title=The Front Line |publisher=[[Forbes]] | year=2005 | url=http://www.forbes.com/home/free_forbes/2005/0919/154.html}}</ref>
 
Um reflexo da tensão no que diz respeito ao status legal das Forças de Autodefesa, o termo [[Língua japonesa|japonês]] ''gun'' (軍. {{IPA2|ɡuɴ}}), que se refere a uma força armada, e os termos [[Língua inglesa|ingleses]] ''"military"'' ("força armada"), ''"army"'' ("exército"), ''"navy"'' ("marinha") e ''"air force"'' ("aeronáutica") nunca são usados em referências oficiais às FAJ.
 
===Artigo 9===
Na teoria, o rearmamento do Japão depois da [[Segunda Guerra Mundial]] foi proibido pelo [[Artigo 9 da Constituição do Japão|Artigo 9]] da [[Constituição do Japão|constituição japonesa]], que firma: ''"O povo japonês renuncia para sempre à guerra, como direito soberano da nação, e à ameaça ou ao uso da força como meio de resolver disputas internacionais"''; também declara: ''"forças terrestres, marítimas e aéreas, bem como outras com potencial bélico, jamais serão mantidas."'' Na prática, no entanto, a [[Dieta do Japão|Dieta]] (Parlamento), que o artigo 41 da mesma constituição define como "o mais elevado órgão de poder do Estado", estabeleceu as Forças de Autodefesa em [[1954]]. Devido ao debate constitucional relacionado ao status das FAJ, qualquer tentativa de ampliar as suas capacidades e o seu orçamento tendem a ser controversas. AS FAJ, portanto, têm capacidades muito limitadas de operar fora do Japão, têm poucas capacidades ofensivas, tais como [[mísseis terra-terra]], [[reabastecimento aéreo]], [[fuzileiro naval|fuzileiros navais]], [[Guerra anfíbia|unidades anfíbias]] ou grandes estoques de [[munição]]. As [[regras de engajamento]] são definidas com rigor pelo Ato das Forças de Autodefesa, também de 1954.
 
===Reformas e desenvolvimentos recentes===
[[Ficheiro:SM3 from JDS Kongo.jpg|left|thumb|180px|Um SM-3 é lançado a partir do [[destróier]] [[Sistema de Combate Aegis|Aegis]] ''JDS Kongo''.]]
O teste realizado pela [[Coreia do Norte]] com um míssil balístico [[Taepodong-1]] sobre o [[espaço aéreo]] japonês,<ref>{{cite paper | author=Wright, D. | title=An Analysis of the North Korean Missile Launch of 31 August 1998 | publisher=International Network of Engineers and Scientists Against Proliferation | year=1998 | url=http://www.inesap.org/bulletin16/bul16art10.htm}}</ref> em agosto de 1998, além dos diversos testes posteriores,<ref>{{cite news|date=13 de março de 2003|title=
N Korea's missile programme|publisher=[[BBC News]] |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/2564241.stm}}</ref> bem como outras questões, contribuíram para o aumento das tensões entre os dois países,<ref>{{citar web | título =NORTH KOREA: U.S.-Japan Relations| obra =Background Q&A | publicado =[[Council on Foreign Relations]] | url=http://www.cfr.org/publication.html?id=7746 | acessodata=15-5-2003}}</ref> o que causou o aumento do interesse, no Japão, por um sistema de [[defesa contra mísseis balísticos]] (DMB). O Japão está em curso de empregar um sistema de DMB de múltiplas camadas, composto de embarcações [[Sistema de Combate Aegis|Aegis]] e mísseis [[MIM-104 Patriot|Patriot PAC-3]]. Uma legislação que permita às autoridades derrubar um míssil balístico direcionado ao país também está sendo considerada. Em dezembro de 2004 o Japão e os Estados Unidos assinaram um memorando que criou uma estrutura de cooperação geral para o desenvolvimento conjunto de um sistema de DMB a partir do mar.<ref name=jda2005/>
 
Em novembro de 2005 foram propostas revisões constitucionais que criariam um Ministério de Defesa, a nível governamental, enquanto ainda mantinham as antigas cláusulas que mantinham a posição oficial de não-agressão. Sob as revisões propostas, as FAJ também seriam designadas formalmente como uma força militar pela primeira vez desde sua criação. O texto proposto dizia: ''"De modo a assegurar a paz e a independência de nosso país, bem como a segurança do Estado e do povo, as forças militares para a autodefesa devem ser mantidas com o primeiro-ministro do gabinete como comandante supremo."'' A emenda vem ganhando cada vez mais apoio da opinião pública nos últimos anos.<ref>{{cite news |title=Majority of Japanese want constitution amended but support pacifism - poll |date=5 de março de 2006 |publisher=AFX News |url=http://www.forbes.com/finance/feeds/afx/2006/03/05/afx2570983.html}}</ref>
Em 8 de junho de 2006 o gabinete do Japão aprovou um projeto de lei que elevou a Agência de Defesa a Ministério de Defesa. O projeto foi aprovado pela Dieta em dezembro do mesmo ano.<ref>{{cite news |title=Japan creates defense ministry |date=15 de dezembro de 2006 |publisher=[[BBC News]] |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/6182087.stm}}</ref>
[[Ficheiro:070907-jgsdf.jpg|thumb|right|200px|Soldado japonês com dispositivo para visão noturna.]]
O Japão também aprofundou seus laços militares e de segurança com a [[Austrália]], e os líderes dos dois países têm mantido conversas a respeito da formação de um pacto militar na [[Ásia]], semelhante à [[OTAN]].<ref>{{cite paper | author=Nazemroaya, Mahdi Darius | title=Global Military Alliance: Encircling Russia and China | publisher=Centre for Research on Globalization | date=10 de maio de 2007 | url=http://www.globalresearch.ca/index.php?context=viewArticle&code=NAZ20070510&articleId=5605}}</ref>
 
==História==
[[Ficheiro:Japanese Type 90 Tank - 1.jpg|thumb|left|200px|Tanque [[Type 90]], o [[principal tanque de batalha]] do Japão.]]
[[Ficheiro:JGSDF 81mm Mortar L16.JPG|thumb|right|200px|[[Morteiro]] de 81mm utilizado pela [[Força Terrestre de Autodefesa do Japão]].]]
A [[Forças Armadas Imperiais Japonesas|conduta das Forças Armadas Imperiais Japonesas]] até a derrota do país na [[Segunda Guerra Mundial]] teve um impacto profundo e duradouro nas atitudes da nação a respeito de guerras, forças armadas, bem como do envolvimento militar na política. Estas atitudes ficam aparentes imediatamente na aceitação do público não apenas da desmobilização e do desarmamento total e da remoção de todos os líderes militares de cargos públicos depois da guerra, mas também do banimento constitucional a qualquer tipo de rearmamento. Sob o [[general]] [[Douglas MacArthur]], do [[Exército dos Estados Unidos]], que servia como Comandante-Supremo das [[Potências Aliadas]], as autoridades de ocupação aliadas estavam comprometidas à desmilitarização e [[democratização]] do Japão. Todos os clubes, escolas e sociedades associadas com as forças armadas e as [[artes marciais]] foram eliminadas; a própria prática das artes marciais chegou a ser banida. O estado-maior foi abolido, juntamente com os ministérios do [[Ministério da Guerra do Japão|exército]] e da [[Ministério da Marinha do Japão|marinha]], bem como o [[Exército Imperial Japonês|exército]] e a [[Marinha Imperial Japonesa|marinha]] imperiais. As indústrias que serviam às forças armadas também foram desativadas.
[[Ficheiro:Two JASDF F-15J take off in formation.JPEG|thumb|left|200px|[[Caça (avião)|Caças]] [[F-15 Eagle|F-15]] da [[Força Aérea de Autodefesa do Japão]].]]
O trauma da perda da guerra produziu fortes sentimentos [[Pacifismo|pacifistas]] no país, que encontraram expressão na [[Constituição do Japão|constituição de 1947]], escrita pelos governo americano, que, sob o seu nono artigo, renunciou perpetuamente à guerra como um instrumento para resolver disputas internacionais, e declarou que o Japão jamais manteria novamente "forças armadas aéreas, marítimas ou terrestres ou qualquer outro potencial bélico". Governos posteriores, no entanto, não interpretaram estas palavras uma negação do direito inerente da nação à autodefesa, e, com o apoio dos Estados Unidos, desenvolveram as FAJ, passo a passo. A opinião pública [[Antimilitarismo|antimilitarista]], no entatno, permaneceu uma força de oposição a qualquer questão relacionada à defesa do país. A legitimidade constitucional das FAJ foram questionadas na década de 1970, e, na década seguinte, o governo atuou com cautela em assuntos relacionados, para evitar que o antimilitarismo residual se agravasse e gerasse uma reação contrária.<ref name=Worden>{{citar livro | autor = Dolan, Ronald e Worden, Robert | título =Japan : A Country Study | editora =Divisão Federal de Pesquisa, [[Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos|Biblioteca do Congresso]] | url=http://lcweb2.loc.gov/frd/cs/jptoc.html | ano =1992 | id = ISBN 0-8444-0731-3 | capítulo =8}} Ver seção 2: "The Self Defense Forces"</ref>
 
===Desenvolvimento===
Privado de qualquer poderio militar após 1945, o Japão dependia das forças de ocupação e duma pequena força doméstica de polícia para fazer sua segurança. As crescentes tensões da [[Guerra Fria]] na [[Europa]] e na [[Ásia]], aliadas a [[greve]]s e [[demonstração|demonstrações]] de inspiração [[esquerdista]] fizeram com que alguns líderes mais [[Conservadorismo|conservadores]] questionassem a renúncia unilateral de todas as capacidades militares. Estes sentimentos se intensificaram em 1950, quando a maior parte das tropas de ocupação foram transferidas para o teatro da [[Guerra da Coreia]] (1950-53), deixando o Japão praticamente sem defesa, e muito consciente da necessidade de iniciar uma relação de defesa mútua com os Estados Unidos visando garantir a segurança externa do país. Encorajado pelas autoridades de ocupação americanas, o governo japonês autorizou, em julho de 1950, a criação de uma Reserva Nacional de Polícia, que consistia de uma [[infantaria]] leve formada por 75.000 homens.
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[[Ficheiro:Japanese Submarine Oyashio SS590.JPEG|thumb|left|[[Submarino classe Oyashio]].]]
Embora a posse de [[armas nucleares]] não seja proibida explicitamente na constituição, o Japão, como único país a ter sofrido a devastação de um ataque nuclear, expressou desde cedo seu repúdio a este tipo de armas e a sua determinação em nunca adquiri-las. A Lei Básica de Energia Atômica de 1956 limita a pesquisa, o desenvolvimento e a utilização da [[energia nuclear]] apenas para usos pacíficos, e, desde 1956, a política nacional incorporou os "três princípios não-nucleares" - que proíbem a nação de possuir ou manufaturar armas nucleares ou permitir que elas entrem em seus territórios. Em 1976 o Japão ratificou o [[Tratado de Não-Proliferação Nuclear|Tratado sobre a Não-Proliferação das Armas Nucleares]], adotado pelo [[Conselho de Segurança das Nações Unidas]] em 1968, e reiterou sua intenção de nunca "desenvolver, utilizar ou permitir o transporte de armas nucleares em seu território." Ainda assim, e devido ao seu nível geralmente alto de tecnologia e grande número de [[usina nuclear|usinas nucleares]] em operação, o Japão é geralmente considerado um país de "capacidade nuclear", isto é, capaz de desenvolver uma arma nuclear utilizável num curto espaço de tempo, se a situação política mudar significativamente.<ref name=Worden />
 
==Uniformes, patentes e insígnias==
Os [[uniforme]]s dos três ramos das Forças de Autodefesa do Japão são semelhantes, em estilo, aos utilizados pelas [[Forças Armadas dos Estados Unidos]]. Os uniformas das Forças Terrestres de Autodefesa, anteriormente de cor azul-cinzenta, agora são verde-oliva; os integrantes das Forças Marítimas de Autodefesa trajam os tradicionais uniformes azuis, branco e [[Caqui (cor)|caqui]]; e os integrantes das Forças Aéreas de Autodefesa trajam o tom mais claro de azul utilizado pela [[Força Aérea dos Estados Unidos]]. A FTA e a FMA utilizam os mesmos uniformes de campo [[Camuflagem|camuflados]], semelhantes ao ''[[flecktarn]]'' da [[Bundeswehr]] [[Alemanha|alemã]] - embora com tonalidades mais claras de marrom e verde - enquanto a FAA tem seu próprio uniforme camuflado, que consiste de um padrão semelhante ao padrão de camuflagem das [[Forças Armadas dos Países Baixos]], em tonalidades de marrom.
 
O ramo de serviço a qual os membros das forças terrestres pertencem é indicado pela insígnia deste ramo e pela distribuição das cores que o distinguem: para a [[infantaria]], vermelho; [[artilharia]], amarelo; [[forças blindadas]], laranja; [[Engenharia militar|engenheiros]], violeta; os encarregados de suprimentos, verde-claro; os [[médico]]s, verde; [[aviação do exército]], azul-claro; [[comunicações]], azul; [[intendente]]s, marrom; transporte, violeta-escuro; e os outros, azul-escuro. A insígnia nos [[quepe]]s da FTA é uma ''[[sakura]]'' ([[cerejeira]] em flor), bordejada por dois galhos de [[Hera (planta)|hera]], com uma única [[asna]] centrada entre as bases dos galhos; a insígnia do quete da FMA consiste de uma [[âncora]] sob uma cerejeira em flor bordejada aos lados e embaixo por ramos de hera; enquanto a insígnia do quete da FAA apresenta uma [[águia]] [[heráldica]] sob a qual estão uma [[estrela]] e um [[crescente]], bordejada por [[asa]]s estilizadas.
 
Existem nove [[patente militar|patentes]] de [[Oficial (militar)|oficiais]] ativos nas FAJ, juntamente com uma patente de oficial subalterno, cinco patentes de suboficiais, e três patentes de oficiais aliastados. A patente mais alta dos suboficiais, primeiro-sargento, foi criada em 1980 para oferecer mais oportunidades de promoção e temporadas mais curtas de serviço; no sistema anterior, o suboficial era promovido em média apenas duas vezes em aproximadamente trinta anos de serviço, e permanecia no cargo mais alto por quase dez anos.<ref name=Worden>{{citar livro | autor = Dolan, Ronald e Worden, Robert | título =Japan : A Country Study | editora =Federal Research Division, Library of Congress | url=http://lcweb2.loc.gov/frd/cs/jptoc.html | ano =1992 | id = ISBN 0-8444-0731-3 | capítulo=8}} Ver seção 2.7: "Uniforms, Ranks, and Insignia"</ref>
 
{{referências}}