Consonância e dissonância: diferenças entre revisões
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* quarta aumentada e quinta diminuta (trítono).
Portanto, a história da música ocidental pode ser interpretada como iniciando com uma definição bastante limitada de consonância e progredindo em direção a uma definição cada vez mais ampla. Na história antiga, apenas os intervalos baixos na série de ''sobretons''<ref>DUARTE, Pedro, '''Percepção e Multimédia-A Base Acústica da Escala: A Série Harmónica e Temperamento igual''', http://www.citi.pt/estudos_multi/pedro_duarte/10.html, acesso em 26/03/07.</ref> eram considerados dissonâncias. À medida
Apesar desta idéia da progressão histórica da aceitação de níveis cada vez maiores de dissonância ser algo simplificada e excluir desenvolvimentos importantes na história da música ocidental, a idéia geral se mostrou atraente a muitos compositores modernistas do século XX e é considerada uma [[metanarrativa]] do [[Música moderna|modernismo musical]].
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Os estilos musicais são como idiomas no sentido de que certos fatos físicos, fisiológicos e neurológicos criam conexões que afetam enormemente o desenvolvimento de todas as linguagens. Não obstante, culturas e tradições diferentes têm incorporado as possibilidades e limitações criadas por tais fatos neurológicos e físicos a uma vasta gama de sistemas vivos da linguagem humana. Não se deve minimizar a importância dos fatos subjacentes, nem a importância da cultura, ao atribuir um significado específico a esses fatos.
Por exemplo, duas notas tocadas simultaneamente mas com freqüências ligeiramente diferentes produzem um [[Batimentos|batimento]] sonoro perfeitamente audível. Alguns estilos musicais consideram esse efeito objetável ("desafinado") e fazem todos os esforços para eliminá-lo. Outros estilos musicais
A dissonância sensorial e sua manifestações perceptivas (batimento sonoro e aspereza) estão intimamente relacionadas às flutuações de amplitude do sinal sonoro. Flutuações na amplitude descrevem variações no valor máximo do sinal sonoro (amplitude) em relação a um ponto de referência e são resultantes da interferência entre as ondas sonoras. O princípio da
As variações de amplitude podem ser enquadradas em três categorias perceptíveis, superpostas, relacionadas às taxa de variação da flutuação. Flutuações lentas da amplitude (≈≤20 por segundo) são percebidas como variações de sonoridade chamadas de batimentos sonoros. À medida
Supondo que, conforme indicado pela lei acústica de Ohm (ver Helmholtz, 1885; plomp, 1964), o ouvido realize uma análise de freqüência dos sinais que chega até ele, as categorias perceptuais descritas acima podem ser diretamente relacionadas à largura de banda de filtros de análise hipotéticos (Zwicker et al. 1957; Zwicker 1961). Por exemplo, no caso mais simples de flutuações de amplitude resultantes da adição de dois sinais senoidais com freqüências ''f''<sub>1</sub> and ''f''<sub>2</sub>, a velocidade de variação das freqüências (taxa de variação) é igual à diferença entre os dois senos |''f''<sub>1</sub>-''f''<sub>2</sub>| (largura de banda do filtro hipotético), e as afirmações a seguir podem ser consideradas válidas:
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As sensações de batimento sonoro e aspereza, associadas a certos sinais complexos são, portanto, frequentemente entendidas em termos de interações do componente senoidal dentro da mesma faixa de freqüência do filtro auditivo hipotético, chamado de [[banda crítica]].
{{Audio|Dissonance-M2-to-unison.ogg|Dois tons movendo-se de uma 2ª maior para um uníssono.}}<ref>Este arquivo ilustra a rudeza e as oscilações do batimento sonoro que gradualmente diminuem à medida
* Razões entre freqüências: Razões com números inteiros maiores são mais dissonantes do que as razões com números menores (Pitágoras)
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* No ouvido humano o efeito dessas razões diferentes podem ser percebidas por meio de um dos seguintes mecanismos:
** Fusão ou coincidência de padrões: as freqüências fundamentais podem ser percebidas por meio de uma coincidência de padrões dos parciais analisados separadamente para melhor se ajustar a um modelo harmônico exato (Gerson & Goldstein, 1978) ou sub-harmônico (Terhardt, 1974); ou os harmônicos podem ser perceptivelmente fundidos, transformando-se numa entidade única, com as dissonâncias sendo os intervalos menos propensos a serem confundidos com o uníssono, os intervalos imperfeitos, devido às múltiplas estimativas, nos intervalos perfeitos, dos fundamentais, para um tom harmônico (Terhardt, 1974). Segundo essas
** '''Duração do período ou coincidência com o disparo neural''': coincidência com a duração do disparo neural periódico, resultante do estímulo feito por duas ou mais ondas: números inteiros maiores criam períodos maiores ou menos coincidência entre o disparo neural e, portanto, disssonância (Patternson, 1986; Boomsliter & Creel, 1961; Meyer, 1898; Roederer, 1973, p. 145-149). Tons puros estimulam o cérebro (disparo neural), que responde exatamente com o mesmo período ou com múltiplos do período do tom puro produzido.
* Dissonância também é definida como a quantidade de batimento sonoro entre dois harmônicos não comuns ou parciais (''sobretons'') (Helmholtz, 1877/1954). Terhardt (1984) chama isso de "dissonância sensorial". Segundo esta definição, a dissonância não depende apenas da qualidade do intervalo entre duas notas, mas dos harmônicos e, portanto, da qualidade ([[timbre]]) dessas notas. A dissonância sensorial, isto é, a presença de batimento sonoro e/ou rudeza no som, é associada à inabilidade do ouvido interno resolver plenamente os componentes espectrais com padrões de excitação que se sobreponham às bandas críticas.
A [[cadência]] [[Homofonia (música)|homofônica]] (harmônica), a cadência autêntica, que vai da
== {{Ver também}} ==
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