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[[Imagem:Walsingham.jpg|thumb|right|250px|Francis Walsingham]]
''Sir'' '''Francis Walsingham''' ([[1530]] em Scadbury Park, [[Chislehurst]], [[Kent]] - [[6 de abril]] de [[1590]], Seething Lane, [[Londres]], [[Inglaterra]]) ocupou vários cargos públicos importantes na [[Inglaterra]] do [[século XVI]], mas é lembrado pela história principalmente por ter sido o chefe da rede de [[espionagem]] da rainha [[Elizabeth I de Inglaterra|Elizabeth I]].
 
==Biografia==
 
Francis Walsingham nasceu em Scadbury Park, no condado de [[Kent]], supõe-se que em 1530, filho de William Walsingham e de Joyce Denny. Seu pai morreu no ano seguinte e mais tarde sua mãe casou-se com um nobre chamado John Carey.
 
Walsingham estudou no [[King's College]], em [[Cambridge]], a partir de [[1548]] com muitos professores protestantes mas não chegou a se formar. Em [[1550]], de acordo com o costume contemporânero, viajou para o exterior e retornou em [[1552]] para registrar-se na '''Gray's Inn''' (espécie de associação de advogados). A morte de [[Eduardo VI de Inglaterra|Eduardo VI]] e a ascensão da rainha católica [[Maria I de Inglaterra|Maria I]] levaram-no a viajar novamente para fora do país, desta vez como um estudante de [[direito]] em [[Pádua]]. Também estudou idiomas e fez contatos que dariam forma mais tarde a sua rede do espionagem no continente. Entre abril de [[1556]] e novembro de [[1558]] visitou a [[Suíça]].
 
Quando Elizabeth I ascendeu ao trono, Walsingham voltou para a Inglaterra e, através do apoio dado por ''sir'' William Cecil, foi eleito membro da [[Câmara dos Comuns]], representando a cidade de Banbury em [[1559]] e depois de Lyme Regis em [[1563]]. Foi o mesmo ''sir'' Cecil que o imbuiu da missão de desmascarar a [[Conspiração de Ridolfi]]. Nessa época se casou com uma viúva chamada Ann Carteill que morreu dois anos depois. Em [[1566]] casou novamente agora com Ursula St. Barbe, com quem teve uma filha, Frances.
 
Nos anos seguintes, Walsingham começou a ajudar os [[Huguenote]]s franceses buscando apoio junto ao clero inglês e começou a organizar sua famosa rede de inteligência. Entre seus espiões estava [[Christopher Marlowe]], dramaturgo e intelectual, e empregou também o [[Criptografia|criptógrafo]] [[Thomas Phelippes]]. Treinou agentes para interceptar e decifrar cartas, falsificar escrita e quebrar e reparar selos de forma indetectável.
 
Em [[1570]] William Cecil, na época o principal conselheiro da rainha, escolheu Walsingham para negociar e representar os huguenotes nas negociações com [[Carlos IX de França|Carlos IX]], quando se estipulava o [[tratado de Blois]]. Em seguida sucedeu ''sir'' Henry Norris como o [[Diplomacia|embaixador]] da Inglaterra na França. Após o [[Massacre da noite de São Bartolomeu]], sua casa em [[Paris]] tornou-se um santuário provisório de refugiados protestantes. Retornou à Inglaterra em abril de [[1573]].
 
Walsingham foi tão bem sucedido que lhe foi confiada uma função de maior prestígio, tornando-se secretário de estado adjunto em companhia de Thomas Smith. Em 1 de dezembro de [[1577]], Walsingham recebeu o título de [[cavaleiro]]. Passou os anos de [[1578]] e [[1583]] engajado em várias missões diplomáticas e estabeleceu sua rede de espiões através de toda a Europa. Ele pagava as despesas de pelo menos cinquenta de seus agentes com parte de suas próprias riquezas.
 
Walsingham esteve por trás da descoberta da [[conspiração de Throckmorton]] e da [[conspiração de Babington]]. Esta última levou à execução de [[Maria I da Escócia|Mary Stuart]], rainha da Escócia, em [[1587]]. Ela foi uma das cabeças da conspiração. Antes do ataque da [[Armada Espanhola]], Walsingham recebeu vários relatórios de alerta de seus agentes nas comunidades mercantis e também das cortes estrangeiras.
 
Walsingham também ocupou um assento na câmara, representando Surrey, cargo que manteve até sua morte. Ele indicou alguns de seus empregados para posições influentes. Recebeu também os títulos honorários de chanceler da [[Ordem da Jarreteira]] e chanceler do [[Ducado de Lancaster]].
 
Embora fosse um protestante devoto e um conselheiro de quem Elizabeth veio a depender durante a meio de seu reinado, Walsingham recebeu poucas recompensas materiais da rainha. Obteve concessões de terra, concessões para a exportação de cerveja e tecidos, e aluguéis de inquilinos dos postos avançados do norte e do oeste. Entretanto, gastou uma quantidade considerável de sua renda para manter sua rede da inteligência no continente. Depois de [[1579]] passou a morar em Barn Elms e depois de [[1589]] teve que cobrir débitos de seu genro já morto, ''sir'' [[Philip Sidney]].
 
Francis Walsingham morreu em 6 de abril de 1590, deixando uma dívida considerável. Sua filha Frances recebia apenas 300 libras anuais.
PANELEIROS
 
==Frases Célebres==