53 625
edições
m (Revertidas edições por 187.34.152.28, para a última versão por GoEThe) |
|||
== Análise ==
=== Sátira social ===
Esta obra tem dado margem a leituras muito redutoras, que grosseiramente só nela vêem uma [[farsa]]. Mas se [[Gil Vicente]] fez a impiedosa das [[moléstia]]s que [[Corrosão|corroíam]] a sociedade em que viveu, não foi para se ficar aí, como nas farsas, mas para propor um caminho decidido de transformação em
Normalmente classificada como uma moralidade, muitas vezes ela aproxima-se da farsa; o que indubitavelmente fornece ao leitor é uma visão, ainda que parcelar, do que era a sociedade portuguesa do [[século XVI]]. Apesar de se intitular ''Auto da Barca do Inferno'', ela é mais o auto do julgamento das almas.{{carece de fontes|data=Dezembro de 2008}}
*'''Frade''': Uma Moça (Florença),uma espada, um escudo, um capacete e o seu hábito. Estes elementos representam a vida mundana do [[Clero]], e a dissolução dos seus costumes.
* '''Alcoviteira''':Virgo postiços,arcas de feitiços,almários de mentir, jóias de vestir, guarda-roupa, casa movediça, estrado de cortiça, coxins e moças. Estes elementos representam a exploração interesseira dos outros, para seu próprio lucro e a sua actividade de alcoviteira ligada à prostituição.
* '''Judeu''': bode. Este elemento
*'''Corregedor''' e '''Procurador''': processos, vara da Justiça e livros. Estes elementos simbolizam a magistratura.
*'''Enforcado''': não traz elementos cénicos, mas em todas as ilustrações ele carrega a corda com que fora enforcado, que significa a sua vida terrena vil e corruptível.
|