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“Fréhel constantemente evocava seu próprio passado nas suas músicas, filmes e entrevistas. Ela carrega consigo em cada performance a terrível infância, as memórias douradas, (...)” (CONWAY: 2004, pág. 95, tradução minha)
 
Seu verdadeiro nome é Marguerite Boulc’h. Ela nasceu em Paris em 1891 e morreu também em Paris em 1951. Fréhel teve uma infância complicada e pobre. Ela foi uma criança de rua e na idade de cinco anos cantava acompanhada de um cego. Com quinze anos, Fréhel torna-se vendedora de produtos de beleza de porta em porta, aonde ela conhece Belle Otero, rainha do music-hall na época. Belle Otero admira e acredita na cantora e a “batiza” com o nome artístico de “Pervenche”. Em 18 de novembro de 1907, Fréhel casa-se com Robert Hollard, um jovem comediante e amador do music-hall, aonde ela conhece na taverna de Olympia. O casal teve um filho que morreu de forma prematura e seu marido acaba abandonando-a pela cantora Damia. O divórcio sai em 1910. Em seguida, Fréhel teve um breve relacionamento amoroso com o cantor [[Maurice Chevalier]] que, por desaprovar a sua dependência em cocaína, decide deixá-la pela cantora [[Mistinguett]]. O término do relacionamento com [[Chevalier]] teve um impacto muito grande em Fréhel e por causa disso ela tentará suicídio . Por não aceitar ter sido “trocada” por [[Mistinguett]] ela ameaçará tanto [[Chevalier]] quanto [[Mistinguett]] de morte e por algum tempo levará uma faca consigo para se vingar, caso os encontrasse juntos. Apesar da enorme fama, Fréhel teve uma vida sentimental desastrosa (no filme “Pépé le Moko” de 1936, com Jean Gabin no papel principal, faz uma referência ao passado da cantora).
 
Depois dessa série de desapontamentos, Fréhel afunda-se no álcool e nas drogas e deixa a França para viver por mais de dez anos no leste europeu, na Turquia e na Rússia. Nos anos 30 ela aparece em vários filmes em pequenos papéis como cantora. Uma importante interpretação de Fréhel foi no filme Coeur de Lilas (1931), em que ela encena uma personagem chamada “la Douleur”, ou seja, a Dor – fazendo assim uma referência à vida da cantora, característica do universo realista. Em 1935, ela casa em Paris com Georges Boettgen. Fréhel jamais se restabelecerá de seus dramas passados. Ela morre em 1951 em um quarto de um hotel ambíguo na rua Pigalle. Uma multidão vai ao seu enterro. Posteriormente, vários cantores reclamaram a sua influência: Charles Trénet, Mano Solo, Jacques Higelin. A discografia de Fréhel se estende de 1908 a 1939. Ela grava seu primeiro disco no Ódeon em junho de 1908 com o nome de Pervenche-Fréhel. Seu último disco foi “La Java bleue”.