Águia-cinzenta: diferenças entre revisões
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A '''águia-cinzenta''' (''Harpyhaliaetus coronatus'') é uma [[águia]] campestre que ocorre da [[Argentina]] à [[Bolívia]] e geralmente no [[Brasil]] central. Tal espécie chega a medir até 66 cm de comprimento, com coloração cinzenta-escura, partes inferiores mais claras, topete nucal proeminente e cauda escura com uma faixa transversal branca. É uma espécie ameaçada de extinção.
Nome em inglês: Crowned Eagle
Ordem: Falconiformes
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Alimentação: Aves, Répteis e mamiferos
A Águia-cinzenta é um dos maiores falconiformes encontrados no Brasil e também um dos mais raros. Tal espécie mede de 75 a 85 cm e pode pesar até 3 kg. O adulto apresenta uma plumagem geral cinza-chumbo, tendo penacho em forma de coroa e cauda curta com uma única faixa cinza, bem visível quando em vôo (Mikich & Bérnils, 2004). Brown (1970) pensou que Harpyhaliaetus era estreitamente relacionada ao grupo das Águias harpias "harpy". Entretanto, os estudos moleculares de Lerner e Mindell (2005) e Amaral et al (2006) mostraram que esta espécie é mais relacionada ao gênero Buteogallus do que outras águias dos gêneros Aquila, Spizaetus e Harpia.
Atualmente essa espécie encontra-se bastante ameaçada, constanto nos livros vermelhos de animais ameçados de extinção de todos os estados que ela ocorre, inclusive encontra-se na atual lista de espécies ameaçadas de extinção elaborada pelo MMA (Ministério do Meio Ambiente). A nível internacional de acordo com a lista vermelha da IUCN (International Union for Conservation of Nature) está na categoria de vulnerável (Albuquerque, et al. 2006).
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Vive solitariamente ou em casais, habitando os Campos Naturais, o Cerrado e a Caatinga. Passa a maior parte do dia pousada em cercas, cupinzeiros, postes, etc. Geralmente emite vocalizações e reluta em abandonar seu poleiro quando perturbada (Brown & Amadon, 1989). rata-se de um falconiforme naturalmente raro, além de ser espécie de porte avantajado, que necessita de presas grandes e significativas áreas para constituir territórios de alimentação e reprodução. Por preferir habitats abertos ou semiflorestados, torna-se alvo fácil de caça, uma vez que é considerado prejudicial à criação de certos animais domésticos. Sobrevoa veredas e matas ciliares do cerrado. Pousa no alto de buritis, onde emite uma fina voz de alarme. Fora do período reprodutivo vive solitariamente. Costuma ficar à espreita em um galho no alto das árvores para caçar (Mikich & Bérnils, 2004; Sick, 1997).
▲ • REFERÊNCIAS:
▲ Amaral, F.S.R., M.J. Miller, L.F. Silveira, E., Bermingham, and A. Wajntal. 2006. Polyphyly of the hawk genera Leucopternis and Buteogallus (Aves, Accipitridae): multiple habitat shifts during the Neotropical buteonine diversification. BMC Evolutionary Biology 6:1-10.
▲ Albuquerque, J.L.B. ; GHIZONI-JR, I. R. ; Silva, E. S. ; TRANNINI, G. ; Fraz, I ; BARCELLOS, A. ; HASSDENTEUFEL, Clarissa Britz ; AREND, F. L. ; MARTINS-FERREIRA, C. . Águia-cinzenta (Harpyhaliaetus coronatus) e o Gavião-real-falso (Morphnus guianensis) em Santa Catarina e Rio Grande do Sul:prioridades e desafios para sua conservação.. Ararajuba. Revista Brasileira de Ornitologia, v. 14, p. 411-415, 2006.
▲ Brown, L., and D. Amadon. 1989. Eagles hawks and falcons of the word. The Wellfleet Press, New Jersey, USA.
▲ IUCN. 2004. 2004 IUCN red list of threatened species. IUCN Species Survival Commission, Gland, Suiça e Cambridge, Reino Unido. Disponível em <http://www.iucnredlist.org/> Acesso em junho 2007.
▲ IBAMA/MMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). 2003. Lista das espécies da fauna ameaçada de extinção. Instrução Normativa n° 3, de 27 de maio de 2003. Ibama, Ministério do Meio Ambiente. Brasília.
▲ Ferguson-Lees, J. e D. A. Christie (2001) Raptors of the World. New York: Houghton Mifflin Company.
▲ Lerner, H.R., and D.P. Mindell. 2005. Phylogeny of eagles, Old World vultures, and other Accipitridae based on nuclear and mitochondrial DNA. Molecular Phylogenetics and Evolution 37:327-346.
▲ Mikich, S.B. & R.S. Bérnils. 2004. Livro Vermelho da Fauna Ameaçada no Estado do Paraná. Disponível em: > http://www.pr.gov.br/iap Acessado em: 09 mar 2010.
▲ Sick, H. Ornitologia brasileira. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 862p. 1997.
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