Teatro de Santa Isabel: diferenças entre revisões
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O '''Teatro de Santa Isabel''' é um [[teatro]] localizado na cidade do [[Recife]]. É um exemplo de [[arquitetura]] [[neoclássica]] predominante no [[século XIX]] brasileiro.
== História ==
=== Projeto ===
A ideia de construir um teatro público no [[Recife]] foi do então presidente da província de [[Pernambuco]], [[Francisco do Rego Barros]], barão, visconde e depois conde da Boa Vista.
Em [[30 de abril]] de [[1839]], ele assinou a Lei número 74, autorizando a construção de um teatro público para a cidade.
A Província não dispunha, na época, de profissionais qualificados, como engenheiros e arquitetos, nem sequer pedreiros ou carpinteiros especializados. Os poucos engenheiros que existiam tinham formação militar.
Para viabilizar o seu projeto de Governo, Rego Barros promoveu a vinda de inúmeros profissionais europeus, engenheiros, matemáticos, técnicos e operários, entre eles, [[Louis Léger Vauthier]], o engenheiro responsável pela execução do projeto do novo teatro, que chegou ao Recife, em setembro de [[1840]].
O primeiro projeto elaborado por Vauthier, cujo orçamento era de 400 contos, foi rejeitado devido ao seu alto custo. O projeto definitivo, estimado em 240 contos, foi aprovado em fevereiro de [[1841]], sendo as obras iniciadas no mês de abril. O local escolhido foi o então chamado Campo do Erário, onde só havia areia. Atualmente é a [[Praça da República (Recife)|Praça da República]].
=== Construção ===
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Durante todo o período de construção era chamado de Teatro de Pernambuco. Só pouco antes da sua inauguração, em [[18 de maio]] de [[1850]] o seu nome foi mudado para Teatro de Santa Isabel, em homenagem à [[Princesa Isabel]], filha do [[Pedro II|Imperador Pedro II]]. A sugestão para a homenagem partiu do então governador da Província de Pernambuco, [[Honório Hermeto Carneiro Leão]], o Marquês do Paraná. A peça apresentada no dia da inauguração foi ''O Pajem de Aljubarrota'', do escritor português [[Mendes Leal]].
O Teatro de Santa Isabel era a grande casa de espetáculos da cidade, lugar de divertimento, convivência social e também de exercício da cidadania. Segundo [[Joaquim Nabuco]], foi no Santa Isabel que se ganhou a causa da [[Abolicionismo|Abolição]], referindo-se a seus discursos e eventos lá realizados.
No [[século XIX]], as companhias que se apresentavam no Teatro de Santa Isabel eram, na sua maioria, administradas por empresários, que firmavam contratos por longas temporadas. O teatro também recebia companhias líricas estrangeiras, entre as quais, a Companhia Lyrica Italiana G. Marinangelli, que apresentou a ópera [[La Traviata]], em [[1858]].
Em [[1859]], o teatro recebeu seu mais ilustre convidado, o Imperador Pedro II, que, visitando as províncias do Norte, passou seu aniversário no Recife e foi ali homenageado com um espetáculo de gala.
=== Reconstrução ===
No dia [[19 de setembro]] de [[1869]], o teatro foi quase que totalmente destruído por um incêndio, que deixou de pé apenas as paredes laterais, o alpendre e o pórtico, sendo construído, em madeira, como uma substituição temporária, no [[Palácio do Campo das Princesas|Campo das Princesas]], o Pavilhão Santa Isabel.
A orientação vinha de Louis Léger Vauthier, que, mesmo estando em Paris, teve as suas recomendações respeitadas pelo engenheiro [[José Tibúrcio Pereira de Magalhães]], responsável pelas obras de reconstrução do teatro. O Santa Isabel foi reinaugurado no dia [[16 de dezembro]] de [[1876]].
=== Reformas ===
Em [[1916]], no governo de [[Manuel Borba]], houve mais uma intervenção com a instalação de luz elétrica, reforma total da canalização de gás, substituição do pano de boca por um importado da Inglaterra e reparos gerais de conservação do prédio.
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Em [[1936]], também houve novas reformas gerais, assim como as que foram feitas por ocasião do seu centenário, em [[1950]], quando era governador de Pernambuco, [[Alexandre José Barbosa Lima Sobrinho|Barbosa Lima Sobrinho]], prefeito do Recife, [[Moraes Rego]], e diretor do teatro, [[Valdemar de Oliveira]]. O Santa Isabel pertenceu ora ao estado ora ao município, sendo que, a partir de [[1949]], foi tombado pelo [[Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional]], como propriedade da Prefeitura do Recife.
Houve ainda obras de restauração nos anos de [[1970]] e [[1977]] e entre [[1983]] e [[1985]] inúmeros benefícios foram realizados no Santa Isabel.
Em 2000 foi iniciada uma outra reforma que exigiu intervenções para assegurar a preservação do prédio, retomar algumas feições originais, dar mais segurança aos seus freqüentadores e mais espaços e recursos para a realização dos espetáculos. Dessa última reforma, a [[Fundação Joaquim Nabuco]] participou, através do trabalho de técnicos do seu Laboratório de Pesquisa, Conservação e Restauração de Documentos e Obras de Arte - Laborarte.
== {{Ver também}} ==
* [[Lista de teatros do Brasil]]
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[[Categoria:Teatros de Pernambuco|Santa Isabel]]
[[Categoria:Monumentos do Recife
[[Categoria:Patrimônio histórico de Pernambuco]]
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