Dízimo: diferenças entre revisões

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O Dízimo nas religiões Abraâmicas foi instituído na Lei de [[Moisés]], estipulado para manter os sacerdotes e a tribo de Levi, que mantinha o [[Tabernáculo]] e depois o Templo, já que eles não poderiam possuir herdades e territórios como as outras tribos. Também o dinheiro era usado para assistir os órfãos, viúvas e os pobres. Depois da destruição do Templo no ano 70 DC a classe sacerdotal e os sacrifícios foram desmantelados, assim os rabinos passaram a recomendar que os judeus contribuissem em obras caritativas.
 
Para o sociólogo [[Émile Durkheim]] em "Lições de Sociologia", o dízimo teria origem no [[pensamento mítico]], primeiramente como sacrifícios e ofertas aos deuses e divindades para obter "permissão" divina para o bom cultivo de bens mundanos, seja na pesca, coleta, agricultura, etc. Transmutou-se em dízimo em certas religiões, e por fim, transmutou-se em impostos, que seria a versão [[secular]] do dízimo.
[http://pt.wikisource.org/w/index.php?title=Ferreira_de_Almeida_Atualizada/Malaquias/III&oldid=65605 Malaquias 3:10]
 
Para o sociólogo [[Émile Durkheim]] em "Lições de Sociologia", o dízimo teria origem no [[pensamento mítico]], primeiramente como sacrifícios e ofertas aos deuses e divindades para obter "permissão" divina para o bom cultivo de bens mundanos, seja na pesca, coleta, agricultura, etc. Transmutou-se em dízimo em certas religiões, e por fim, transmutou-se em impostos, que seria a versão [[secular]] do dízimo.
 
== Dízimo sob a ótica Protestante ==
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A primeira menção de dízimo na Bíblia está registrado no livro [[Gênesis]], capítulo 14, referindo-se à uma atitude voluntariosa de Abraão, ora Abrão, quando depois de uma guerra, ele "deu o dízimo de tudo" a um sacerdote de quem pouco se sabe, chamado Melquisedeque. Um segundo relato, ainda pré Mosaico, é registrado sob a forma de promessa voluntária. Após uma noite em que teve um sonho que julgou revelador, Jacó, neto de Abraão, também comprometeu-se voluntariamente a dar dízimos - "oferecerei o dízimo de tudo que me deres" - caso Deus o guardasse e protegesse.
 
Posteriormente, a lei Mosaica prevêprevia um imposto de 10dez por cento (dízimas) dos animais e colheitas recolhidos uma vez ao ano, registrado em [[Levítico]] 27. Há também um aspecto mais abrangente desse imposto, relatado em Deuteronômios 14, onde percebem-se alguns aspectos que não foram explicitados em Levítico, como: razão de culto, interação familiar e auxílio a classe sacerdotal. Também está registrado no contexto, que a cada três anos, esses dízimos deveriam ser instrumentos de auxílio social, notadamente para os levitas (sacerdotes), estrangeiros, órfãos e viúvas.
 
Os próprios sacerdotes, devido a um afroxamento no rigor de cumprir a Lei e desvios na conduta dos homens que cuidavam do serviço sacerdotal, foram avisados e amaldiçoados por Deus, no ministério do profeta Malaquias. E foram advertidos que se não mudassem de comportamento em relação às ofertas e ao dízimo, Deus tornaria as suas bênçãos em maldição Malaquias 2 e mandaria o anjo do Senhor para preparar os Seus caminhos afim de que viesse Jesus Cristo com uma nova doutrina.
 
Desde a [[Reforma]] as igrejas protestantes tradicionais creêm que sob a [[Graça]] o dízimo não é válido visto que o Sacrifício de Cristo cumpriu a [[Torá]], houve o fim do templo, e a crença no sacerdócio universal anulava a existência de uma casta sacerdotal. As igrejas protestantes tradicionais (reformadas, luteranas, anabatistas) utilizam-se várias formas para a manutenção, como subscrições, ofertas voluntária e em alguns casos fundos estatais. Mas mesmo assim a prática do dízimo é empregada hoje por várias denominações pentecostais ou neo-pentecostais, principalmente na América Latina.