José Maria Lisboa: diferenças entre revisões

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Como "articulista de fundo", no jargão jornalístico daquele tempo, o jornal contava com [[Aristides Lobo]], que proporcionou ao jornal o "furo" nacional da [[Lei Áurea]], já na edição vespertina de [[14 de maio]] de [[1888]], um feito para a época.
 
Foi no ''Diário Popular'' fundado por José Maria Lisboa que [[Aristides Lobo]] escreveu o famoso registro jornalístico sobre a ausência de participação popular na [[ProclamçãoProclamação da República]]: ''O povo assistiu àquilo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava. Muitos acreditaram seriamente estar vendo uma parada'', em artigo escrito no próprio dia 15, e publicado no "Diário Popular" de [[18 de novembro]] de [[1889]].
 
Com a [[Proclamação da República]], [[Américo de Campos]] foi nomeado cônsul do Brasil em [[Nápoles]] Assim, Sales e Campos venderam sua parte na sociedade a Lisboa e tomaram rumos essencialmente políticos, deixando o jornalismo.
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Jornal simples, caracterizava-se pela inclusão de inúmeros pequenos anúncios, voltados para a procura de empregos e empregados e oferta de negócios menores, fato que garantiu independência de grandes anunciantes. Fazia jus ao seu nome e tinha razoável tiragem e uma reputação de diário descomprometido, honesto e financeiramente sólido. Tanto que o historiador [[Afonso de Freitas]] indica-o como ''"o mais popular de todos os periódicos da capital, principalmente entre as classes menos favorecidas"''. Os argumentos do historiador são o preço e a facilidade de acesso às colunas do jornal quando se tratava da desfesa de idéias "justas". (FREITAS, Affonso Antônio de. A imprensa periódica de São Paulo desde os seus primórdios em 1823 até 1914. São Paulo, Typ. do Diário Oficial, 1915, p. 290)
 
Com essa linha editorial, o jornal manteve-se manteve na quarta posição entre os jornais paulistanos até a década dos 1980, como asseverou [[Alberto Dines]], no seu Observatório da Imprensa, em edição de 2001. Em [[1988]], Rodrigo Lisboa Soares, bisneto de José Maria Lisboa, o fundador, vendeu o jornal ao grupo empresarial do político [[Orestes Quércia]]. Em [[2001]], mudou novamente de mãos, sendo adquirido pela empresa que edita ''[[O Globo]]'' e rebatizado com o nome de [[Diário de S. Paulo]], título que antes pertencia aos [[Diários Associados]].
 
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