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[[ImagemFicheiro:Axel Oxenstierna.jpeg|right|200px|thumb|Axel Oxenstierna.]]
'''Axel Gustafsson Oxenstierna af Södermöre''' ([[Fånö]], [[16 de Junho]] de [[1583]] – [[Estocolmo]], [[28 de Agosto]] de [[1654]]) foi um [[nobre]] e [[político]] [[Suécia|sueco]], [[conde de Södermöre]], membro do Conselho Real desde [[1609]] e [[Alto Chanceler da Suécia|Alto Chanceler]] de [[1612]] até à sua morte.
 
Foi um dos mais próximos colaboradores tanto do rei [[Gustavo II Adolfo da Suécia|Gustavo Adolfo]] como da sua filha, a rainha [[Cristina da Suécia|Cristina]], e é considerado um dos mais importantes personagens da história da Suécia, em grande parte devido ao seu importantíssimo papel político desempenhado durante a [[Guerra dos Trinta Anos]] ([[1618]] - [[1648]]), especialmente depois da morte do rei Gustavo Adolfo em [[1632]], e pela sua contribuição para os fundamentos do sistema administrativo sueco; foi ainda governador geral da [[Prússia]], ocupada pelos suecos durante a guerra.
 
== Juventude e educação ==
Oxenstierna nasceu em [[Fånö]], na província sueca de [[Uppland]], perto de [[Uppsala]], filho de Gustav Oxenstierna (Gabrielsson) ([[1551]] - [[1597]]) e Barbro Bielke (Axelsdotter) ([[1556]] - [[1624]]). Junto com os seus irmãos foi educado nas universidades de [[Rostock]], [[Jena]] e [[Wittenberg]]; depois do seu regresso em [[1603]] foi nomeado ''kammarjunker'' ([[pajem]]) do rei [[Carlos IX da Suécia|Carlos IX]]. Em [[1606]] foi-lhe confiada a sua primeira missão diplomática, em [[Mecklemburgo]], e durante a sua ausência foi nomeado membro do Conselho Real, convertendo-se num dos mais fiéis colaboradores do soberano. Em [[1610]] mudou-se para [[Copenhaga]] com o intuito de provocar um conflito com a [[Dinamarca]], mas não conseguiu o seu objectivo; esta missão selou o início de uma série de manobras diplomáticas levadas a cabo por Oxenstierna contra os dinamarqueses, os quais considerou sempre como os mais formidáveis dos inimigos do seu país.
 
== Nomeação como Chanceler ==
Com a morte de Carlos IX em [[1611]], Oxenstierna tornou-se membro do Conselho de Regência do novo soberano, Gustavo Adolfo, que tinha apenas 17 anos. Como membro da aristocracia teria querido reduzir os poderes reais, mas Gustavo não estava disposto a ceder em seu poder ou a colocar-se sob a influência de ninguém, pelo que Oxenstierna aceitou servir-lo como conselheiro. A [[6 de Janeiro]] de [[1612]] torna-se Alto Chanceler (''Rikskansler'') do Conselho Real, e cedo se faz evidente a sua influência em muitíssimos aspectos da administração e da diplomacia sueca.
[[ImagemFicheiro:Axel Oxenstierna painted by Jacob Heinrich Elbfas 1626.jpg|right|200px|thumb|Axel Oxenstierna por [[Jacob Heinrich Elbfas]] ([[1626]]).]]
Em [[1613]] foi plenipotenciário sueco na assinatura do [[Tratado de Knäred]], que punha termo à [[Guerra de Kalmar]] contra a [[Dinamarca]], serviços pelos quais obteve uma grande recompensa monetária. Durante as frequentes viagens de Gustavo Adolfo à [[Livónia]] e [[Finlândia]] actuou como [[vice-rei]], demonstrando uma grande habilidade e versatilidade. Em [[1620]] comandou a brilhante missão diplomática dirigida a Berlim para estipular o contrato matrimonial entre Gustavo e [[Maria Leonor de Brandeburgo]].
 
Durante a guerra contra a [[Rússia]] e a [[República das Duas Nações|Confederação Polaco-Lituana]] esteve no aprovisionamento do exército e da frota sueca, incluindo também a recolha de dinheiro e de novos recrutas. O seu papel tinha-se convertido já em algo tão importante que Gustavo Adolfo, em [[1622]], o ordenou a acompanhá-lo à [[Livónia Sueca]], nomeando-o Governador Geral e comandante da cidade de [[Riga]]; os seus serviços valeram-lhe, como recompensa, a propriedade de quatro castelos e a totalidade do bispado de [[Wenden]], na actual [[Lituânia]]. No ano seguinte obteve novo êxito diplomático, quando, durante as negociações de paz que conduziram à trégua com a [[Polónia]], conseguiu, através de hábeis manobras, evitar uma possível ruptura com a Dinamarca; estas negociações culminaram, em [[1629]], com a assinatura da [[Trégua de Altmark]] com a Confederação Polaco-Lituana, que incluía termos muito vantajosas para Suécia; no ano anterior Oxenstierna tinha sido nomeado Governador Geral das novas possessões suecas na [[Prússia]].
 
== Participação na Guerra dos Trinta Anos ==
A primeira participação de Oxenstierna no conflito teve lugar em [[1628]], quando chegou a um acordo com a Dinamarca para a ocupação conjunta do importante porto de [[Stralsund]], na [[Pomerânia]], com o fim de evitar a sua queda nas mãos das forças [[Sacro Império Romano Germânico|imperiais]]. A Suécia, potência protestante, sentia-se abertamente ameaçada pela crescente hegemonia política dos [[Habsburgo]] e católica do [[Sacro Império Romano-Germânico]], pelo que Gustavo Adolfo se decidiu a intervir no conflito, inaugurando a chamada fase sueca.
[[ImagemFicheiro:Autograf, Axel Oxenstierna, Nordisk familjebok.png|right|200px|thumb|Assinatura de Axel Oxenstierna.]]
Depois da grande vitória sueca na [[Batalha de Breitenfeld (1631)|Batalha de Breitenfeld]] de [[1631]], Oxenstierna recebeu ordens para assistir o rei no território imperial. Enquanto Gustavo conduzia as operações na [[Francónia]] e na [[Baviera]], em [[1632]] administrou, com o título de "legado", o sector [[Renânia|renano]], exercendo uma plena autoridade sobre todas as forças suecas e aliadas; embora Oxenstierna não tenha combatido nunca em nenhuma batalha, revelou-se como um brilhante estratega, e com as suas disposições frustrou várias tentativas por parte das forças espanholas para recuperar as posições perdidas na área. As suas capacidades militares ficaram plenamente evidentes com o envio por si de um corpo de reforço para Gustavo através de [[Alemanha]] central no Verão de [[1632]]. Mas a verdadeira alteração na sua carreira e no seu poder teve lugar, nesse mesmo ano, com a morte de Gustavo Adolfo na [[Batalha de Lützen (1632)|Batalha de Lützen]].
 
== Da morte de Gustavo Adolfo à Paz de Vestfália ==
Com a morte de Gustavo Adolfo, o trono passou para a sua filha [[Cristina da Suécia|Cristina]] de apenas seis anos de idade; Oxenstierna assumiu, portanto, o controlo da política, da estratégia bélica e da administração do país. Em [[12 de Janeiro]] de [[1633]] foi confirmado como plenipotenciário sueco em território imperial, com a faculdade de administrar e controlar todas as forças suecas e o território controlado pelas mesmas. O seu primeiro objectivo foi o reforço da aliança com os príncipes protestantes alemães desmoralizados depois da morte do rei, com a criação, em [[1634]], da [[Liga de Heilbronn]], que contava ademais com a participação de [[França]].
 
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Apesar da necessária cooperação com as forças de [[Richelieu]], Oxenstierna recusou-se no Congresso de [[Compiègne]] de [[1635]] a subordinar o esforço bélico sueco aos interesses franceses, consciente que cada um dos contendentes necessitava da ajuda do outro, mas assinou, no ano seguinte, o [[Tratado de Wismar]], pelo qual a França outorgava um substancial subsídio aos seus aliados. Nesse mesmo ano Oxenstierna voltou à Suécia, tomando o seu lugar no Conselho de Regência, no qual, durante o resto do conflito, exerceu todo o seu poder, especialmente no que se refere à política externa. Em particular ocupou-se dos planos da chamada [[Guerra de Torstenson]] contra a Dinamarca ([[1643]] - [[1645]]), brilhantemente conduzida pelo general [[Lennart Torstenson]], em consequência da qual a Dinamarca foi obrigada a ceder importantes territórios aos suecos, vendo assim muito redimensionado o seu papel no [[Mar Báltico]].
 
== Últimos anos de vida ==
Com a assinatura da [[Paz de Vestfália]] de [[1648]], a Suécia terminava vitoriosamente o conflito, mas os últimos anos de vida de Oxenstierna foram tormentosos devido aos ciúmes da jovem reina Cristina, que o obstaculizava de qualquer forma; em troco, acusava-a da exiguidade do lucro sueco no conflito, causado segundo ele pelas interferências da soberana.
 
Apesar de todas estas desavenças, opôs-e à abdicação da rainha em [[1654]], temendo que a Suécia poderia perigar pela natureza aventureira do novo rei [[Carlos X da Suécia|Carlos X]], mas as considerações mostradas pelo soberano para com ele levaram-no a reconciliar-se. Oxenstierna morreu em [[Estocolmo]] em [[28 de Agosto]] de [[1654]], com 71 anos.
 
== Bibliografia ==
* Este artigo contém texto da décima-primeira edição da [[Enciclopédia Britânica]], de dominio público
 
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[[Categoria:Políticos da Suécia]]
[[Categoria:Diplomatas da Suécia]]
 
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