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=== Portugal ===
[[Imagem:Regimento de Infantaria da Corte.jpg|thumb|right|250px|Oficial e soldados fuzileiros do [[Regimento de Infantaria Nº 1|Regimento de Infantaria da Corte]] do Exército Português, em [[1762]].]]
Com a introdução da espingarda em substituição do mosquete e do pique, a designação "fuzileiro" passou a ser usada como título do soldado comum de infantaria do [[Exército Português]], à semelhança da generalidade dos outros exércitos europeus. Durante o século XVIII, na maioria das organizações do Exército, os fuzileiros constituiam nove das dez companhias dos regimentos de infantaria, sendo a restante de granadeiros. As companhias de fuzileiros eram também designadas "companhias ordinárias", por oposição à de granadeiros, considerada a "companhia graduada".
Os Fuzileiros Navais Portugueses têm origem directa na mais antiga unidade militar permanente de Portugal, o Terço da Armada da Coroa de Portugal, criado em 1621. De notar, no entanto, que já desde 1585 existiam tropas especializadas para guarnecer a artilharia e a fuzilaria nos navios de guerra portugueses. O Terço da Armada foi logo considerado uma unidade de elite, ficando inclusive responsável pela guarda pessoal do Rei de Portugal.
 
Em [[1796]], os regimentos de infantaria são reorganizados, sendo uma das companhias de fuzileiros substituída por uma da caçadores. Com a criação de batalhões de caçadores independentes em [[1808]], a companhia de caçadores irá ser substituída por uma segunda companhia de granadeiros.
No princípio do século XVIII a força foi reorganizada, ficando estruturada em dois regimentos: o 1º e o 2º Regimentos da Armada. Mais tarde foi acrescentado um Regimento de Artilharia de Marinha.
 
Em [[1834]], a segunda companhia de granadeiros dos regimentos de infantaria será substituída por uma de atiradores. Nos sucessivos uniformes introduzidos a partir desse ano, os fuzileiros passarão a distinguir-se pelo uso de um penacho branco na sua cobertura, enquanto que os granadeiros e os atiradores usam, respetivamente, penachos vermelhos e verdes. Para além disso, os fuzileiros usam estrelas como [[emblema]]s, usando os granadeiros e atiradores, respetivamente, granadas e cornetas.
No final do século XVIII, no reinado de D. Maria I, todos os regimentos da marinha foram fundidos na nova Brigada Real da Marinha, a qual passou a incluir três divisões: Fuzileiros, Artilheiros e Lastradores.[1] Em 1808, quando da ocupação napoleónica de Portugal, a Brigada Real embarcou, na sua maioria, com a Família Real para o Brasil, dando aí origem ao Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil.
 
No final da [[década de 1860]], em virtude de estar já generalizada a tática de atiradores a toda a infantaria, acaba a distinção entre fuzileiros, granadeiros e atiradores, passando todos a ser genericamente designados como "infantaria". No [[século XX]], em virtude da tática usada, todos os soldados de infantaria do Exército Português passarão a ser designados "atiradores".
Em meados do século XIX, dá-se a militarização de todo o pessoal da Armada Portuguesa. Até então os marinheiros não eram militares, só o sendo os Oficiais e os membros da Brigada Real. Com essa militarização é decidido deixar de manter uma unidade permanente de infantaria de marinha, sendo extinta a Brigada Real. A partir dessa data, as forças de infantaria de marinha são organizadas com os marinheiros militares (que passam a receber treino de infantaria) retirados das guarnições dos navios, sempre que existe a necessidade de realizar operações anfíbias. São assim organizados os vários Batalhões e Forças de Marinha que participam nas diversas campanhas coloniais nos sécs. XIX e XX, bem como na Primeira Guerra Mundial.
 
O título "fuzileiros" era também usado para designar os soldados das companhias ordinárias dos regimentos de infantaria da Armada. Em [[1797]], os dois regimentos de infantaria e o regimento de infantaria da Marinha são fundidos na Brigada Real de Marinha, uma unidade composta por tropas de infantaria, de artilharia e de artífices navais. As tropas de infantaria formam um regimento designado "Divisão de Fuzileiros Marinheiros". Durante o século XIX e início do século XX, a infantaria da Marinha será reorganizada várias vezes, com diversas designações. Em [[1961]], as forças de infantaria naval são reativadas a título permanente, sendo criados destacamentos de fuzileiros especiais para ações ofensivas e companhias de fuzileiros navais para ações defensivas. Em [[1975]], as diversas unidades de fuzileiros da Marinha foram agrupadas no [[Corpo de Fuzileiros]].
Em 1924 volta a ser criada uma unidade permanente de infantaria de marinha, a Brigada da Guarda Naval que no entanto é extinta em 1934.
 
Hoje em dia, nas [[Forças Armadas Portuguesas]], a designação "fuzileiro" é apenas aplicada aos soldados de elite da infantaria da Marinha.
A infantaria naval só volta existir com carácter de permanência a partir de 1961 com o início da Guerra do Ultramar. Nessa altura são criados os Destacamentos de Fuzileiros Especiais (DFE) vocacionados para missões de assalto anfíbio e as Companhias de Fuzileiros Navais (CFN) para patrulhamento e defesa de embarcações e instalações navais. Durante essa guerra e até 1975 mais de 14.000 fuzileiros combatem nos teatros de operações da Guiné, Angola e Moçambique.
 
Em [[1961]], as forças de infantaria naval são reativadas a título permanente, sendo criados destacamentos de fuzileiros especiais para ações ofensivas e companhias de fuzileiros navais para ações defensivas. Em [[1975]], as diversas unidades de fuzileiros da Marinha foram agrupadas no [[Corpo de Fuzileiros]].
 
Hoje em dia, nas [[Forças Armadas Portuguesas]], a designação "fuzileiro" é apenas aplicada aos soldados de elite da infantaria da Marinha.
 
=== Países Baixos ===