Tríduo Pascal: diferenças entre revisões

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'''*O que celebramos?'''
Paixão – Morte – Ressurreição
Três dias em que solenemente celebramos a paixão, morte e ressurreição de Jesus.
O tríduo pascal “começa com a Missa vespertina da Ceia do Senhor, possui o seu centro na Vigília Pascal e encerra-se com as vésperas do domingo da Ressurreição.”
Na Quinta-feira Santa à tarde ou à noite celebra-se a instituição da Eucaristia e do sacerdócio, com a cerimônia do Lava-pés. Depois da Missa o Santíssimo é levado para outro lugar, ficando o sacrário vazio. Diante do Santíssimo, os fiéis fazem adoração.
A Sexta-feira Santa, dia de jejum e abstinência de carne, é o único dia do ano litúrgico em que não se celebra Missa. Nesse dia celebra-se a Paixão do Senhor. A celebração começa com o silêncio e prostração de quem preside. Após a Liturgia da Palavra, na qual ouvimos o relato da Paixão, fazemos a Prece Universal e honramos a cruz de Jesus, pois foi nela que Ele nos salvou. Recebemos a Comunhão e nos retiramos em silêncio após uma oração de bênção.
 
'''*Por que celebramos?'''
Porque cumprimos a ordem dada por Jesus na última Ceia: “Façam isto para celebrar a minha memória...”. Lc 22,19
Celebramos, pois, o Mistério Pascal, o mistério central da vida de Cristo, sua paixão, morte e ressurreição. Quando se fala em mistério pascal não se deve pensar somente em Jesus. A páscoa de Jesus está unida à páscoa do povo de Deus. A páscoa é páscoa do Cristo total: cabeça e membros.
O que faz a Liturgia? A Liturgia celebra a páscoa do Senhor e a páscoa do seu povo. Celebra os sofrimentos, a morte, a ressurreição-glorificação de Jesus; mas celebra também, por um lado, as lutas, as dores, as angústias e a morte do nosso povo, e por outro lado, celebra suas conquistas, alegrias e esperanças, em vista de uma sociedade fundada na justiça e na fraternidade.
Nossa celebração é Ação Memorial!
A ação litúrgica “faz memória”, isto é, torna presente, traz para o momento atual os acontecimentos de salvação. Vejamos:
Após a narrativa da última ceia, na liturgia eucarística, o presidente anuncia solenemente: “Eis o mistério da fé!” E qual é o mistério da fé que é proclamado no coração da liturgia? “Anunciamos, Senhor, a vossa morte! Proclamamos a vossa ressurreição! Vinde, Senhor Jesus!” ou “Todas as vezes..
É o anúncio da Páscoa! È a memória da paixão, morte e ressurreição!” Fazemos memória da paixão do corpo crucificado, sacrificado na cruz. Fazemos memória da ressurreição do corpo incorruptível, cheio de força, corpo espiritual. Fazemos memória do sangue derramado na cruz e da vida que nasceu do lado aberto. Fazendo memória, trazemos presente, atualizamos. O fato passado acontece HOJE, para nós. É por isso que estas aclamações fazem memória da páscoa de Jesus e a tornam presente na celebração.
Proclamando a morte-ressurreição do senhor, proclamamos também este mesmo mistério de nossa fé acontecendo em nossa realidade atual.
Também a realidade futura é evocada e tornada presente: “Até que Ele venha!” Não podemos nos contentar com este mundo do jeito que está! A Eucaristia é para nós fonte de engajamento para uma sociedade justa e fraterna, em direção ao mundo que há de vir...
 
'''*Como celebramos?'''
 
O que é o Ano Litúrgico?
 
O Ano Litúrgico é a celebração da vida de Jesus Cristo ao longo de um ano. A cada ano, os cristãos revivem as etapas mais importantes da vida de nosso Senhor: seu nascimento, a morte, ressurreição, ascensão e o envio do Espírito Santo... No ano civil, somos orientados pelas estações (primavera, verão) e pelas festas cívicas (Carnaval, Tiradentes, Independência); no Ano Litúrgico, nossa caminhada de fé é marcada pelos momentos fortes da vida do Senhor.
 
O povo da primeira Aliança, o povo judeu, também tinha (e tem) seu Ano Litúrgico, diferente do nosso. No começo, o ritmo da vida deles era marcado pelas festas ligadas à terra (animais e lavoura): mudança de uma pastagem a outra (páscoa), primeiros frutos, colheita da cevada, ceifa do trigo etc. Com o passar do tempo, incorporaram a essas festas fatos da vida nacional, criando outras celebrações: a Páscoa se tornou comemoração da libertação do Egito; Pentecostes celebrava o dia em que Deus entregou a Lei a Moisés; Tendas ainda hoje recorda o tempo de Moisés, no deserto, quando o povo viveu em cabanas etc.
 
A expressão "Ano Litúrgico" começou a ser usada no século XIX, quando surgiu o Movimento Litúrgico. Esse Movimento para a renovação da Liturgia foi coroado no século passado, no Concílio Ecumênico Vaticano II. Seu primeiro grande fruto foi a constituição Sacrosanctum Concilium, sobre a Liturgia. Antes de se chamar "Ano Litúrgico", recebera outros nomes, por exemplo, "Ano da Igreja" e
 
 
 Como celebramos?
 O que é o Ano Litúrgico?
 O Ano Litúrgico é a celebração da vida de Jesus Cristo ao longo de um ano. A cada ano, os cristãos revivem as etapas mais importantes da vida de nosso Senhor: seu nascimento, a morte, ressurreição, ascensão e o envio do Espírito Santo... No ano civil, somos orientados pelas estações (primavera, verão) e pelas festas cívicas (Carnaval, Tiradentes, Independência); no Ano Litúrgico, nossa caminhada de fé é marcada pelos momentos fortes da vida do Senhor.
 O povo da primeira Aliança, o povo judeu, também tinha (e tem) seu Ano Litúrgico, diferente do nosso. No começo, o ritmo da vida deles era marcado pelas festas ligadas à terra (animais e lavoura): mudança de uma pastagem a outra (páscoa), primeiros frutos, colheita da cevada, ceifa do trigo etc. Com o passar do tempo, incorporaram a essas festas fatos da vida nacional, criando outras celebrações: a Páscoa se tornou comemoração da libertação do Egito; Pentecostes celebrava o dia em que Deus entregou a Lei a Moisés; Tendas ainda hoje recorda o tempo de Moisés, no deserto, quando o povo viveu em cabanas etc.
 A expressão "Ano Litúrgico" começou a ser usada no século XIX, quando surgiu o Movimento Litúrgico. Esse Movimento para a renovação da Liturgia foi coroado no século passado, no Concílio Ecumênico Vaticano II. Seu primeiro grande fruto foi a constituição Sacrosanctum Concilium, sobre a Liturgia. Antes de se chamar "Ano Litúrgico", recebera outros nomes, por exemplo, "Ano da Igreja" e
"Ano cristão".
 
 Como se divide o Ano Litúrgico?
 Sendo a celebração da vida de nosso Senhor ao longo de um ano, o Ano Litúrgico tem etapas, e com elas nós avançamos e somos introduzidos no coração do projeto de Deus.
 Há dois modos de perceber a organização do Ano Litúrgico.
 
 Tempos
 Outro modo de perceber a organização do Ano Litúrgico é por tempos.
• Tempo do Advento (4 domingos antes do Natal),
• Tempo do Natal (até o Batismo do Senhor),
• Tempo da Quaresma (5 domingos mais Semana Santa),
• Tempo Pascal (da Páscoa até Pentecostes) e
• Tempo Comum (34 domingos, assim distribuídos: da festa do Batismo do Senhor até o início da Quaresma; de Pentecostes até o 34° Domingo Comum).
 
 Quando começa e quando termina o Ano Litúrgico?
 O Ano Litúrgico não segue o calendário civil. Começa antes e, portanto, termina antes. Sendo celebração da vida de nosso Senhor ao longo de um ano, é lógico começar pela preparação ao seu nascimento. Por isso, o primeiro domingo do Advento marca o início do Ano Litúrgico. E, conseqüentemente, a última semana do Tempo Comum é também a última semana do Ano Litúrgico. No 34° domingo do Tempo Comum celebra-se, todos os anos, a solenidade de nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. É a coroa do Ano Litúrgico, que parte da encarnação e termina na glorificação.
 
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