Batalha de Lipantitlán: diferenças entre revisões

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|local=Forte Lipantitlán, próximo à [[San Patricio (Texas)|San Patricio]]
|resultado=Vitória texiana
|combatente1=[[Ficheiro:Previous flag of Texas.svg|23px]] Insurgentes [[texiano|texanos]]s
|combatente2=[[Ficheiro:Flag of Mexico 1823-1864.png|23px]] [[Exército Mexicano]]
|comandante1=[[Ira Westover]]
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|campanha =Revolução do Texas
}}
A '''batalha de Lipantitlán''' foi um enfretamento entre o [[Exército Mexicano]] e insurgentes [[texiano|texanos]]s, como parte da [[Revolução do Texas]], ocorrido em [[4 de novembro]] de [[1835]]. O combate aconteceu na margem leste do [[Rio Nueces]] a três milhas da localidade de [[San Patricio (Texas)|San Patricio]], no atual estado do [[Texas]], e em frente ao Forte Lipatintlán, que deu nome à batalha.
 
Após a vitória texiana na [[Batalha de Goliad]], restaram no Texas apenas duas guarnições [[México|mexicanas]]: Forte Lipantitlán, perto de San Patricio, e [[Alamo|Misión Alamo]], em [[San Antonio de Béxar]]. O comandante texianotexano [[Philip Dimmitt]] temia que Lipantitlán pudesse ser usada como base para o exército mexicano retomar [[Goliad]] e, por isso, ordenou ao capitão [[Ira Westover]] que capturasse o forte.
 
Do lado mexicano, o comandante do Forte Lipantitlán, Nicolás Rodríguez, foi ordenado a assediar as tropas texianas em Goliad. Ele reuniu a maior parte de seus homens e partiu. As tropas inimigas não se cruzaram neste primeiro momento e os insurgentes chegaram antes a seu destino, San Patricio. Em [[3 de novembro]], um homem local convenceu a guarnição mexicana a se render, e no dia seguinte os texianostexanos desmantelaram o forte.
 
Antes de chegar em Goliad, Rodríguez foi informado que o forte havia sido tomado e retornou. Mas em frente ao forte, houve o encontro dos mexicanos quando os texianostexanos já deixavam o local e faziam a travessia do rio. Os soldados mexicanos atacaram, porém o maior [[alcance]] dos [[Fuzil|rifles]] texianostexanos rapidamente os forçaram a recuar. Um insurgente foi ferido, 3 a 5 soldados mexicanos foram mortos e 14 a 17 foram feridos.
 
Os soldados mexicanos feridos foram autorizados a procurar tratamento médico em San Patricio, e os demais recuaram para [[Matamoros]]. Os texianostexanos agora tinham total controle da costa do Golfo do Texas, o que significava que as tropas estacionadas em San Antonio de Béxar poderiam receber reforços e suprimentos apenas via terrestre. O historiador Bill Groneman acredita que isso contribuiu para eventual derrota mexicana no [[cerco de Béxar]], no qual foram expulsas todas as tropas mexicanas do Texas. O antigo local do forte é agora um sítio histórico no Texas.
 
== Antecedentes ==
{{Mais informações|[[Texas Mexicano]]}}
 
O Forte Lipantitlán foi construído sobre o terreno de um antigo assentamento ao longo da margem oeste do [[rio Nueces]], na [[Golfo do México|costa do Golfo do Texas]]. O local foi ocupado inicialmente por uma [[Nomadismo|tribo nômade]] [[Apaches|apache]] [[Lipan]] durante suas estadias periódicas.<ref name=hardin41/> Depois que os apaches abandonaram a área, o acampamento era frequentemente usado por [[missionário]]s, militares e comerciantes que faziam a rota entre povoados do [[México]] e do [[Texas]].<ref name=huson96>Huson (1974), p. 96.</ref><ref name=huson97>Huson (1974), p. 97.</ref> Em [[1825]] ou [[1826]], oficiais mexicanos construíram uma [[Fortaleza (arquitetura militar)|fortaleza]] improvisada no local, chamada depois de Lipantitlán pelos apaches Lipan.<ref name=hardin41>Hardin (1994), p. 41.</ref><ref name=huson96/> De acordo com o texianotexano John J. Linn, o forte "era um simples amontoado de terra, envolto por um cercado para manter a sujeira no local, e teria respondido razoavelmente bem, talvez, por um chiqueiro de segunda categoria".<ref name=hardin44>Hardin (1994), p. 44.</ref> O aterro era cercado por uma grande [[trincheira]]; próximas a esta havia [[cabana]]s de [[madeira]] para os funcionários e suas famílias.<ref name=huson97/>
 
Entre 80 e 125 soldados da 2ª Companhia de Cavalaria de Tamaulipas foram guarnecidos no forte.<ref name=huson97/> Eles coletavam impostos alfandegários<ref name=roell41>Roell (1994), p. 41.</ref> e davam proteção a [[San Patricio (Texas)|San Patricio]], um pequeno povoado a cerca de 3 milhas (4,8 km) ao sul.<ref name=groneman37>Groneman (1998), p. 37.</ref><ref name=huson97/> Pequenas tropas foram alocadas em Copano Bay e [[Refugio (Texas)|Refugio]], com uma força maior estacionada no [[Presidio La Bahía]] em [[Goliad]].<ref name=handbook>{{citation|last=Roell|first=Craig H.|title=Goliad Campaign of 1835|url=http://www.tshaonline.org/handbook/online/articles/GG/qdg1.html|accessdate=14/07/2008|publisher=[[Handbook of Texas]]}}</ref>
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|}
 
Em [[1835]], [[Federação|federalistas]] de vários estados mexicanos se rebelaram contra o governo cada vez mais centralista do presidente mexicano [[Antonio López de Santa Anna]].<ref name=todish6>Todish ''et al.'' (1998), p. 6.</ref> Os texianostexanos encenaram uma pequena revolta contra os impostos cobrados em junho,<ref name=roell36>Roell (1994), p. 36.</ref> e colonos preocupados logo começaram a formar [[milícia]]s ostensivamente para proteger-se.<ref name=huson4>Huson (1974), p. 4.</ref> Temendo que medidas duras fossem necessárias para acalmar a agitação, o presidente Santa Anna ordenou ao general [[Martín Perfecto de Cos]] que chefiasse uma grande força no Texas;<ref name=roell36/> Cos chegou ao Texas em 20 de setembro.<ref name=huson5>Huson (1974), p. 5.</ref>
 
A [[Revolução do Texas]] começou oficialmente em [[2 de outubro]] na [[Batalha de Gonzales]]. Em poucos dias, os insurgentes texianostexanos [[Batalha de Goliad|tomaram Presidio La Bahía]], situado em Goliad.<ref name=hardin41/> Vinte mexicanos conseguiram escapar, se abrigaram por pouco tempo em Copano e Refugio e logo depois se juntaram a uma força maior no Forte Lipantitlán.<ref name=handbook/> Os soldados mexicanos em Lipantitlán começaram a melhorar as defesas da sua pequena fortaleza.<ref name=hardin42>Hardin (1994), p. 42.</ref> Na condição de única guarnição remanescente da costa do Texas, o Forte Lipantitlán era uma ligação vital entre o interior do México e San Antonio, o centro político do Texas, que abrigava Cos e as únicas tropas mexicanas no Texas.<ref name=roell41/>
 
O Capitão [[Philip Dimmitt]] assumiu o comando dos texianostexanos em Presidio La Bahía.<ref name=handbook/> Em uma carta ao general [[Stephen Fuller Austin]] datada de 15 de outubro, Dimmitt propõe um ataque ao Forte Lipantitlán, cuja captura teria como finalidade "proteger a fronteira, oferecer uma posto vital para defesa, criar instabilidade entre os centralistas e encorajar federalistas mexicanos".<ref name=hardin41/> A maioria dos federalistas em San Patricio temia represálias se desafiassem abertamente a política centralizadora de Santa Anna. Eles também foram relutantes em realizar eleições para delegados da ''[[Consultation]]'', que iria decidir se os texianostexanos lutariam pela restauração da [[Constituição mexicana de 1824|Constituição de 1824]] ou pela a independência total do México.<ref name=roell42>Roell (1994), p. 42.</ref> Soldados em Lipantitlán também prenderam dois dos homens de Dimmitt, John Williams e John Toole, que tentavam entregar missivas aos líderes federalistas em San Patricio em 10 e 11 de outubro. Dimmitt esperava libertar estes homens após a captura do Forte Lipantitlán.<ref name=hardin17>Hardin (1994), p. 17.</ref>
 
Em 20 de outubro, [[James Power]], um ''[[empresario]]'' na área de San Patricio, soube que os soldados de Lipantitlán tinham sido ordenados a retomar Presidio La Bahia.<ref name=roell42>Roell (1994), p. 42.</ref> Duzentos cavaleiros eram esperados para reforçar a guarnição Lipantitlán antes do ataque, com um adicional de 200 a 300 soldados esperados mais tarde. Embora Dimmitt tenha repassado essa informação para o General Austin, não lhe foi dada autorização para atacar. O atraso custou caro para Williams e Toole, que foram levados para o interior do México, além do alcance da texianostexanos.<ref name=hardin42/> De acordo com a carta furiosa de Dimmitt para Austin, Toole implorou para que seus captores o matassem, em vez de enviá-lo à marcha, que ele acreditava que resultaria na sua morte. Dimmitt concluiu; "esta notícia, depois da clemência mostrada com os prisioneiros aqui, não poderia deixar de criar uma emoção forte e reavivada. Os homens sob o meu comando clamam por retaliação".<ref name=huson98>Huson (1974), p. 98.</ref>
 
== Prelúdio ==
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Ao invés de se dirigir diretamente a sudoeste para a fortaleza, [[Ira Westover|Westover]] viajou a sudeste de [[Refugio (Texas)|Refugio]].<ref name=hardin43>Hardin (1994), p. 43.</ref> Esta rota alternativa provavelmente teve a intenção de sugerir ao inimigo que a expedição partiu de [[Baía de Copano|Copano Bay]].<ref name=huson101>Huson (1974), p. 101.</ref> Um número desconhecido de homens se juntou à expedição em Refugio; o historiador Craig Roell acredita que a expedição cresceu em pelo menos 20 homens,<ref name=roell42/> e o historiador Bill Groneman estima que a força de Westover era de 60 a 70 homens quando chegou a San Patricio.<ref name=groneman35>Groneman (1998), p. 35.</ref>
 
Entretanto, o comandante da guarnição em Forte Lipantitlán, o Capitão Nicolás Rodríguez, recebeu ordens para perseguir os texianostexanos no [[Presidio La Bahía]]. Em 31 de outubro, à medida que Rodríguez e seus homens se aproximavam de [[Goliad]], eles souberam que uma força texiana tinha deixado o forte mais cedo naquele dia. Os soldados mexicanos logo refizeram sua rota. Eles não encontraram nenhum soldado texianotexano durante a sua marcha e chegaram na fortaleza em [[1 de novembro]] sem serem molestados.<ref name=huson106>Huson (1974), p. 106.</ref> Incerto sobre o que o que os insurgentes pretendiam fazer, Rodríguez e grande parte de sua guarnição (cerca de 80 homens), voltaram para Goliad para tentar interceptar os texianostexanos.<ref name=roell42/><ref name=huson106/> Entre 21 e 27 soldados, armados com dois canhões, permaneceram para defender a fortaleza.<ref name=groneman36>Groneman (1998), p. 36.</ref>
 
== A batalha ==
Rodríguez esperava que os texianos[[texiano|texanos]] tomassem um caminho direto, por isso seus homens patrulharam as fronteiras ao norte do forte. Os homens de [[Ira Westover|Westover]], no entanto, se aproximaram pelo leste, confundindo as patrulhas mexicanas.<ref name=hardin43/> A cinco [[milha]]s (8 km) de San Patricio, Westover recebeu a notícia de que Rodríguez estava à caça dos texianostexanos. Ele obrigou os homens a acelerar o ritmo da marcha,<ref name=huson103>Huson (1974), p. 103.</ref> e chegaram a San Patricio 30 minutos após o pôr do sol de 3 de novembro.<ref name=hardin43/> Westover posicionou dois pequenos grupos de homens para proteger a travessia do rio Nueces, a cerca de 64 metros do forte.<ref name=huson102>Huson (1974), p. 102.</ref> E enquanto o restante dos texianostexanos preparava um assalto na madrugada, dois moradores de San Patricio vagavam pelo acampamento.<ref name=huson103/> Westover prendeu um deles, James O'Riley, por "ajudar e informar o inimigo".<ref name=hardin43/> Em troca de sua liberdade, O'Riley ofereceu-se para convencer a guarnição mexicana a se render. Os historiadores não têm registros sobre quais os métodos utilizados por O'Riley, mas, às 11 horas da noite, os soldados mexicanos se renderam sem disparar um tiro. Eles foram liberados imediatamente, desde que prometessem não lutar novamente durante a Revolução do Texas. Os texianostexanos capturaram dois canhões de 4 [[Libra (massa)|libra]]s (1,8 [[Quilograma|kg]]), 18 [[espingarda]]s, e 3 a 4 libras (1,4 a 1,8 kg) de [[pólvora]].<ref name=hardin44/> Eles também libertaram vários texianostexanos que haviam sido feitos prisioneiros no forte.<ref name=huson102>Huson (1974), p. 102.</ref>
 
No dia seguinte, os texianostexanos incendiaram as cabanas de madeira ao lado do forte e desmantelaram os aterros.<ref name=groneman36/> Por volta das três horas da tarde, eles reuniram 14 [[cavalo]]s e se preparavam para levar os [[Canhão|canhões]] de volta à Goliad. Nesse meio tempo, Rodriguez já havia percorrido quase todo o caminho para Goliad. Mas antes de chegar ao Presidio La Bahía, um de seus [[Espião|espiões]] trouxe a notícia de que os texianostexanos haviam tomado o Forte Lipantitlán. Rodriguez e seus homens, incluindo 10 colonos de San Patricio, marcharam de volta em direção ao forte, chegando lá cerca de quatro horas da tarde.<ref name=hardin44/><ref name=hardin45>Hardin (1995), p. 45.</ref>
 
Os texianostexanos usaram uma pequena embarcação para o transporte dos homens através do Rio Nueces, e quando os soldados mexicanos foram avistados apenas metade do contingente texianotexano havia atravessado para a margem leste do rio.<ref name=huson102/> Ao serem atacados pelos soldados mexicanos, os texianostexanos se abrigaram em um bosque de árvores.<ref name=huson102/> A vegetação impedia a aproximação da cavalaria, então os homens de Rodriguez desmontaram dos cavalos e tentaram o ataque de ambos os lados. Os rifles texianostexanos tinha um [[alcance]] muito maior que os [[mosquete]]s [[Brown Bess]] dos mexicanos - 70 [[jarda]]s (64 m) destes, contra 200 jardas (180 m) daqueles.<ref name=hardin45/> Após trinta minutos de combate, os mexicanos se retiraram, deixando para trás oito cavalos e vários feridos.<ref name=huson102/> O único texianotexano ferido foi o tenente William Bracken, que perdeu três dedos.<ref name=hardin45/> O soldado texianotexano A. J. Jones escreveu mais tarde para [[James Fannin|Fannin]] que três mexicanos morreram e 14 ficaram feridos, embora o historiador Stephen Hardin acredita que esse número teria sido de cinco mortos e 17 feridos.<ref name=hardin46>Hardin (1994), p. 46.</ref> A carta de Jones menciona ainda que três dos feridos foram o [[alcaide]], o juiz e o [[xerife]] de San Patricio.<ref name=hardin46/>
 
== Consequências ==
Sem [[Besta de carga|animais de tração]], os texianos[[texiano|texanos]] não tinhatinham nenhum meio eficaz para transportar a [[artilharia]].<ref name=hardin46/> Quando a noite se aproximava, uma chuva fria começou a cair, desencorajando os homens. [[Ira Westover|Westover]], [[James Kerr (Texas)|Kerr]], Linn e [[James Power|Power]] concordaram em jogar a artilharia no rio, em vez de continuar a lutar com ela.<ref name=huson103>Huson (1974), p. 103.</ref> Os texianostexanos também descartaram os [[Munição|caches de munição]] e [[mosquete]]s capturados no rio; na opinião deles, os suprimentos eram inúteis.<ref name=hardin47/>
 
A maioria dos texianostexanos passou a noite em [[San Patricio (Texas)|San Patricio]], abrigados pelos simpáticos habitantes locais. Os soldados mexicanos acamparam ao ar livre perto do local da batalha. Ao amanhecer, Westover concordou em permitir que os soldados feridos do [[México]] fossem transportados a San Patricio para receberem tratamento.<ref name=hardin46/> No dia seguinte, um dos soldados feridos, o tenente mexicano Marcellino Garcia, morreu.<ref name=huson103/> Garcia era amigo pessoal de Linn, e os texianostexanos deram-lhe um enterro com honras.<ref name=huson105>Huson (1974), p. 105.</ref>
 
Westover enviou um mensageiro à Rodriguez com o pedido de "''mais um encontro cordial''".<ref name=hardin46/> Rodriguez recusou a oferta e se retirou de [[Matamoros]] com os seus homens remanescentes.<ref name=hardin47>Hardin (1994), p. 47.</ref> Com a sua partida, restou apenas um grupo de soldados mexicanos no Texas, aqueles sobre o comando do [[Martín Perfecto de Cos|General Cos]] em [[San Antonio|Béxar]].<ref name=groneman37/><ref name=hardin53>Hardin (1994), p. 53.</ref> Os texianostexanos agora controlavam a costa do golfo, e, portanto, toda a comunicação entre o general Cos e o interior do México tinha que ser transferida por terra. A longa distância resultava num grande atraso na entrega na entrega de mensagens e recebimento de suprimentos e reforços. De acordo com Groneman, isso provavelmente contribuiu para a derrota de Cos no [[cerco de Béxar]], episódio no qual foram expulsos os últimos soldados mexicanos no [[Texas]].<ref name=groneman37/>
 
Em seu retorno à Goliad, o grupo de Westover encontrou [[Agustín Viesca]], o governador recém-deposto do estado de [[Coahuila y Tejas]]. Vários meses antes, Viesca tinha sido preso pelo [[exército mexicano]] por ter desafiado as tentativas de [[Antonio López de Santa Anna|Santa Anna]] de dissolver o [[Poder legislativo|legislativo]] estadual. Ele e os membros de seu gabinete tinham sido libertados por soldados aliados e imediatamente viajaram para o Texas para recriar o governo estadual. Westover e seus homens providenciaram uma escolta militar para Goliad, chegando em 12 de novembro. [[Philip Dimmitt|Dimmitt]] acolheu Viesca, mas se recusou a reconhecer sua autoridade como governador. Isso causou um alvoroço na guarnição, muitos apoiaram o governador, enquanto outros acreditavam que o Texas deveria ser um país independente e, portanto, não reconheciam o governador mexicano.<ref name=huson113120>Huson (1974), pp. 113&ndash;120.</ref>
 
Dimmitt mais tarde criticou Westover por não seguir as ordens durante a expedição.<ref name=hardin47/> Westover se recusou a fazer um relatório oficial a Dimmitt. Em vez disso, ele enviou um relatório escrito a [[Sam Houston]], o comandante-em-chefe do exército regular.<ref name=huson108>Huson (1974), p. 108.</ref> Houston elogiou "a coragem e a conduta dos oficiais e homens que têm tão generosamente se absolvido no caso e por isso merecidamente ganham reputação para si e para glória do seu país".<ref name=hardin48>Hardin (1994), p. 48.</ref> Este foi o primeiro conflito armado desde a luta na [[Batalha de Goliad]], segundo o historiador Hobart Huson, e a vitória "renovou a moral do povo".<ref name=huson109>Huson (1974), p. 109.</ref> Notícias sobre a batalha se espalharam nos [[Estados Unidos]], e os texianostexanos foram amplamente elogiados nos jornais americanos.<ref name=huson109/>
 
A remoção da fiscalização do exército mexicano incentivou [[Federação|federalistas]] em San Patricio. Estes homens logo ganharam o controle do governo municipal, formaram uma [[milícia]], e elegeram delegados para representá-los na ''[[Consultation]]''.<ref name=hardin47/> No entanto, a cidade ficou dividida, muitos ainda apoiavam o governo centralista do México. Depois de alcançar [[Matamoros]], Rodriguez enviou uma carta aos líderes da cidade. A carta alertava que o exército mexicano iria retomar a cidade e encorajava o povo de San Patricio a repudiar a rebelião. Um dos federalistas em San Patricio escreveu mais tarde a Dimmitt: "Não temos nem homens nem meios para suportar toda a força que pode ser enviada contra nós".<ref name=hardin48/> Os texianostexanos optaram por não deixar homens da guarnição em San Patricio ou em suas redondezas. Em [[1836]], na [[Campanha de Goliad|invasão do Texas por Santa Anna]], o General [[José de Urrea]] levou as forças mexicanas ao longo da costa do Texas e retomou San Patricio em [[27 de fevereiro]].<ref name=hardin48/>
 
Em [[1937]], o terreno que compreende o antigo local do Forte Lipantitlán foi doado para o estado do Texas. O ''[[Texas Parks and Wildlife Department]]'' ganhou o controle sobre o local em [[1949]]. Agora chamado de ''Lipantitlan State Historic Site'', o parque abrange cinco [[Acre (unidade)|acres]] no [[condado de Nueces]]. Um marco de pedra indica o local do antigo forte.<ref>{{citar web|url=http://www.tpwd.state.tx.us/spdest/findadest/parks/lipantitlan/|titulo=Lipantitlan State Historic Site|autor=|data=|publicado=|acessodata=4 de agosto de 2010|obra=[[Texas Parks and Wildlife Department]]|lingua2=en}}</ref>