Condensado de Bose-Einstein: diferenças entre revisões

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O primeiro "verdadeiro" condensado de Bose-Einstein foi criado por [[Eric Cornell]], [[Carl Wieman]] e colegas no [[Joint Institute for Laboratory Astrophysics|JILA]] a [[5 de Junho]] de [[1995]]. Este feito foi conseguido arrefecendo um vapor diluído de aproximadamente 2000 átomos de [[rubídio|rubídio-87]] até atingir temperaturas abaixo dos 170 nK usando uma combinação de [[arrefecimento a laser]] (uma técnica que valeu aos seus inventores [[Steven Chu]], [[Claude Cohen-Tannoudji]] e [[William D. Phillips]] o [[Prémio Nobel da Física]] em [[1997]]) e arrefecimento por evaporação magnética. Cerca de quatro meses depois, um projeto independente conduzido por [[Wolfgang Ketterle]] no [[Massachusetts Institute of Technology|MIT]] criou um condensado formado por [[sódio|sódio-23]]. O condensado de Ketterle era constituído por trezentas vezes mais átomos, o que lhe permitiu obter vários resultados importantes como a observação de [[interferência]] [[mecânica quântica|quanto-mecânica]] entre dois condensados diferentes. Cornell, Wieman e Ketterle ganharam o Prémio Nobel em [[2001]] pelo seu trabalho.
 
A condensação de Bose-Einstein também se aplica a [[quasipartículasquasepartículas]] em materiais [[sólido]]s. Um [[mágnon]] num [[antiferromagneto]] possui [[spin]] 1 e portanto obedece à estatística de Bose-Einstein. A densidade de [[mágnon]]s é controlada por um campo magnético externo, que desempenha o papel de "[[potencial químico]]" do [[mágnon]]. Esta técnica permite o acesso a uma ampla faixa de densidades de bósons, desde o limite de um gás de Bose diluído até ao de líquido de Bose fortemente interativo. Um ordenamente magnético observado no ponto de condensação é o análogo da [[superfluidez]]. Em [[1999]], a condensação de Bose para [[mágnon]]s foi demonstrada no TICuCl3<ref>^ Nikuni, T., M. Oshikawa, A. Oosawa, and H. Tanaka, (1999). "[http://dx.doi.org/10.1103/PhysRevLett.84.5868 Bose–Einstein Condensation of Dilute Magnons in TlCuCl3]". Physical Review Letters 84: 5868.</ref>. A condensação foi observada a temperaturas tão altas quanto 14 K. Uma temperatura de transição tão alta (relativamente àquela dos gases atómicos) deve-se a uma densidade maior obtenível com [[mágnon]]s e a uma massa menor (aproximadamente igual à massa do elétron).
 
== Características invulgares ==