Ocupações soviéticas: diferenças entre revisões
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[[File:EasternBloc BorderChange38-48.svg|right|thumb|300px]]
Durante a Segunda Guerra Mundial, a União Soviética anexou vários países como [[Repúblicas da União Soviética|Repúblicas Socialistas Soviéticas]], que originalmente foram efetivamente cedidos a ela pela [[Alemanha nazista]] em protocolos secretos do [[Pacto Molotov-Ribbentrop]]. Estes incluíram a [[Polônia]] Oriental (incorporadas em [[Territórios polacos anexados pela União Soviética|dois diferentes RSS]]) <ref name="stalinswars43">{{Harvnb|Roberts|2006|p=43}}</ref>, [[Letônia]] (tornou-se [[RSS da Letônia]]) <ref name="wettig20">{{Harvnb|Wettig|2008|p=21}}</ref><ref name="senn">Senn, Alfred Erich, ''Lithuania 1940 : revolution from above'', Amsterdam, New York, Rodopi, 2007 ISBN 9789042022256</ref>, a [[Estónia]] (tornou-se [[RSS da Estônia]]) <ref name="wettig20"/><ref name="senn"/>, da [[Lituânia]] (tornou-se [[RSS da Lituânia]]) <ref name="wettig20"/><ref name="senn"/>, parte da [[Finlândia]] Oriental (tornou-se [[RSS Carelo-Finlandesa]]) <ref name="ckpipe">Kennedy-Pipe, Caroline, ''Stalin's Cold War'', New York : Manchester University Press, 1995, ISBN 0719042011</ref> e o leste da [[Romênia]] (tornou-se o [[RSS da Moldávia]]).
=== Bessarábia e Bucovina do Norte ===
{{Ver artigo principal|[[Ocupação soviética da Bessarábia e Bucovina do Norte]]}}
A União Soviética, que não reconhece a soberania da Roménia sobre a [[Bessarábia]] pois a [[União da Bessarábia com a Romênia|união de 1918]], emitiu um ultimato de [[28 de junho]] de [[1940]] exigindo a retirada dos militares romenos e administração do território contestado, bem como a parte norte da província romena de [[Bucovina]] <ref name="ultimatum">{{cite web |url=http://www.unibuc.ro/eBooks/istorie/istorie1918-1940/13-4.htm |title=, ''Istoria Românilor între anii 1918-1940'' Soviet Ultimata and Replies of the Romanian Government in Ioan Scurtu |author= Theodora Stănescu-Stanciu |coauthor=Georgiana Margareta Scurtu |language=Romanian |publisher= University of Bucharest |date=2002}}</ref> com uma ameaça implícita de invasão em caso de não-cumprimento.
{{-}}
=== Estados Bálticos ===
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Após o [[colapso da União Soviética]], a luta pela independência dos Estados bálticos chegou a uma conclusão, as soberanias dos países foram restauradas em [[1991]]. As últimas tropas soviéticas se retiraram dos Estados Bálticos em Agosto de [[1994]].<ref>[http://www.globalsecurity.org/military/world/russia/vo-baltic.htm Baltic Military District] globalsecurity.org</ref>
[[Image:Terijokipakten.jpg|thumb|right|200px|Molotov assina um acordo entre a União Soviética e o [[Estado fantoche]] de curta duração a [[República Democrática da Finlândia]], que existiu em todos os territórios ocupados durante a [[Guerra de Inverno]]. ]]
Embora a União Soviética, condenasse o [[Pacto Molotov-Ribbentrop]] de [[1939]] - o precursor imediato da ocupação -, a partir de [[2007]] a política da [[Rússia]] passou a negar que os eventos envolvidos
=== Território finlandês ===
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[[Image:Finnish areas ceded in 1944.png|thumb|200px|left|Áreas cedidas pela Finlândia à União Soviética. [[Porkkala]] voltou para a Finlândia em 1956.]]
A União Soviética exigiu um acordo em que a [[Finlândia]] move-se a fronteira mais longe de [[Leningrado]]. Também exigia que da Finlândia a anexação da [[Península Hanko]] (ou território similar na entrada do [[Golfo da Finlândia]]) para a URSS para a criação de uma base naval ali.
Quando as hostilidades recomeçaram na [[Guerra da Continuação]], a União Soviética ocupou Petsamo mais uma vez em [[1944]], mas em outro lugar seu avanço foi interrompido antes que pudessem entrar em território finlandês. Desta vez, Petsamo todo foi cedido à União Soviética pela Finlândia no [[Armistício de Moscou]].
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A [[Polônia]] foi o primeiro país a ser ocupado pela União Soviética durante a época da II Guerra Mundial.
Sob o [[Pacto Molotov-Ribbentrop]], a aliança da União Soviética e a Alemanha nazi designou a Polônia para ser dividida em dois conjuntos durante a [[invasão da Polônia]].
Após o término da II Guerra Mundial, a União Soviética manteve a maior parte dos territórios ocupados em 1939, enquanto os territórios com uma área de 21.275
As tropas soviéticas (o [[Grupo das Forças do Norte]]) ficaram estacionados na Polônia a partir de 1945 até [[1993]]. Foi somente em [[1956]], que os acordos oficiais entre o regime comunista na Polônia criados pelos próprios soviéticos e a União Soviética reconheceram a presença dessas tropas, daí muitos estudiosos poloneses aceitaram o uso do termo "ocupação" para o período de 1945 a 1956.
=== Romênia===
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Já em março de [[1939]], sob a "pesada pressão das circunstâncias" o [[Reino da Romênia]], assinou um tratado de comércio com o [[Terceiro Reich]], que, segundo a [[Revista Time]] "finalmente deverá reduzir, se não acabar com todo o comércio entre a [[Romênia]] e outros Estados". "Em nenhum momento dos tempos modernos um Estado fez tais concessões econômicas humilhantes de longo alcance para o outro como o [[Anexo:Lista de reis da Romênia|rei da Romênia]] [[Carlos II da Romênia|Carlos II]] fez em [[Bucareste]], na semana passada para o Dr. [[Helmuth Wohlthat]], o intermediário ambulante do [[Führer]] [[Hitler]]." <ref>{{cite news | title = Foreign News: Killing | url = http://www.time.com/time/magazine/article/0,9171,771596,00.html | work = [[Time magazine]] | date = 3 April 1939 | accessdate = 30 June 2009 }}</ref> Para conter a ocupação da União Soviética da [[Bessarábia]] e [[Bucovina]] do Norte, que começou com um ultimato de [[26 de junho]] de [[1940]], a Roménia procurou outras alianças que as tradicionais garantias de segurança francesas e britânicas, ou seja, com a Alemanha, que acabaram por se mostrar ilusórias.
[[Image:Romania WWII.png|thumb|200px|left|Mapa da Roménia, após a Segunda Guerra Mundial, indicando perdas de territórios.]]
Em [[1 de julho]] de 1940, a Romênia renunciou à garantia anglo-francesa que data de [[13 de abril]] de 1939, e três dias depois o primeiro-ministro da Roménia [[Ion Gigurtu]] tornou-se pró-alemão; em [[11 de julho]] retirou a Roménia da [[Liga das Nações]], e em 13 de Julho anunciou seu desejo de entrar para o [[Eixo]] <ref>[http://books.google.com/books?id=ytc-muwFT_IC&pg=PA314&dq=Romania+Ion+Gigurtu&lr=lang_en|lang_fr|lang_ro&as_brr=3 Joseph Rothschild, ''East Central Europe between the two World Wars'', University of Washington Press, Seattle, 1977. ISBN 0925953578, p.314]</ref>. A partir de [[5 de julho]] de [[1940]], a Roménia aliou-se com a Alemanha nazista, apenas para ser invadida entre 1940 a 1941 pelo seu "aliado" como parte da estratégia de Hitler para criar uma ampla Frente Oriental contra a União Soviética.
A "Ocupação soviética" se refere ao período entre [[1944]] e [[1958]], quando as tropas soviéticas estavam estacionadas neste país.
Os termos do Acordo de Armistício cessaram em [[15 de Setembro]] de [[1947]], quando as condições do [[Tratado de Paz de Paris]] entraram em vigor. O novo tratado estipulava a retirada de todas as forças aliadas da Romênia, com uma isenção importante que essa retirada fosse "sem prejuízo do direito da União Soviética, de manter em território romeno, tais como as forças armadas que sejam necessárias para a manutenção das linhas de comunicação do Exército Soviético com a zona de ocupação soviética na Áustria. "
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Em [[1955]], a República foi declarada pela União Soviética como sendo plenamente soberana, no entanto, permaneceram as tropas soviéticas, com base no [[Acordo de Potsdam]] das quatro potências. Enquanto as tropas da [[OTAN]] mantiveram-se em [[Berlim Ocidental]] e na [[Alemanha Ocidental]], a Alemanha Oriental e Berlim, em particular tornou-se focos de tensões da [[Guerra Fria]].
A [[barreira de separação]] entre a Alemanha Oriental e a Alemanha Ocidental, o [[Muro de Berlim]] conhecido na União Soviética e no Leste da Alemanha como o "Plataforma de Proteção Anti-Fascista",
O [[Tratado Dois Mais Quatro|Tratado sobre a resolução final a respeito da Alemanha]], assinado em Moscou, mandatou a retirada de todas as forças soviéticas da Alemanha até o final de [[1994]]. A conclusão da resolução final abriu o caminho para a [[reunificação da Alemanha]] Oriental e Ocidental. A união política formal ocorreu em [[3 de Outubro]] de [[1990]].
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{{Ver artigo principal|[[Zonas ocupadas pelos Aliados na Áustria]]}}
[[Image:Austria 1945-55.svg|thumb|250px|Zonas de ocupação em Austria]]
A ocupação soviética da Áustria ocorreu entre [[1945]] a [[1955]].
Em [[15 de maio]] de 1955, o [[Tratado do Estado Austríaco]] foi assinado, que institui oficialmente a independência e a soberania da Áustria. O tratado foi promulgado em [[27 de julho]], e as últimas tropas aliadas deixaram o país em [[25 de Outubro]].
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=== Checoslováquia ===
{{Ver artigo principal|[[Primavera de Praga]] e [[Ocupação soviética da Checoslováquia]]}}
Em [[1948]], o [[Partido Comunista da Checoslováquia]], ganhou uma grande parcela dos votos na política da [[Checoslováquia]], levando a um período comunista sem a presença militar soviética imediata. A [[década de 1950]] foi caracterizada como um período repressivo na história do país, mas por [[1960]], a liderança local socialista tinha feito um curso em direção a reformas econômicas, sociais e políticas. No entanto, um número significativo de comunistas checos, juntamente com a agência de segurança checa, conspiraram contra a introdução limitada dos sistemas de mercado, as liberdades pessoais e de renovação das associações civis (''ver: [[Primavera de Praga]]''), aproveitando o apoio russo para reforçar as posições do Partido Comunista.
[[Leonid Brejnev]], Secretário geral do [[Partido Comunista da União Soviética]], reagiu a estas reformas, ao anunciar a [[Doutrina Brejnev]], em [[21 de agosto]] de [[1968]], cerca de 750.000 tropas do [[Pacto de Varsóvia]], a maior parte da União Soviética, [[Polônia]], [[Bulgária]], [[Alemanha Oriental]] e [[Hungria]], com tanques e metralhadoras ocuparam a Checoslováquia; milhares de pessoas foram deportadas e rapidamente descarrilou todas as reformas. A maioria das grandes cidades foram, individualmente, invadidas, porém, a atenção primária à invasão concentrou-se em [[Praga]], em especial aos órgãos do Estado, a televisão e a rádio checa.
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