Exílio republicano espanhol: diferenças entre revisões

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As operações militares na chamada frente do Norte, que viram progredir às unidades [[Franquismo|franquistas]] de Biscaia para Santander na Primavera de [[1937]] provocaram uma nova onda de milhares de exilados, com uma parte significativa de crianças, esta vez exclusivamente republicanos<ref>(Bartolomé Bennassar (2004)]], p.356)</ref> para [[Bordéus]], [[La Rochelle]] e [[Lorient]]. Em [[1938]], após a batalha da [[bolsa de Bielsa]] e a retirada da [[43ª Divisão do Exército Popular]], aconteceu um novo deslocamento de pessoas em Aragão que se refugiaram diretamente do outro lado da fronteira.<ref>(Bartolomé Bennassar (2004)]], " L'épisode aragonais, 1938 ")</ref> Em finais de [[1938]], estima-se que em solo francês permaneciam 40 mil emigrados embora se considerava que mantinham uma situação de deslocamento provisório.<ref>(Bartolomé Bennassar (2004)]], pp. 362-363)</ref><ref>(Denis Peschanski]], [http://histoire-sociale.univ-paris1.fr/Denis.htm thèse], 2001.</ref>
 
A maior avalancha aconteceu por ocasião da perda de Barcelona pela República (fevereiro de 1939). Nesses momentos mais de meio milhão de pessoas fugiram para França. Sobretudo nos primeiros momentos uma grande parte foi internada nos campos que o governo francês de Daladier habilitou para o caso. As condições nesses campos eram deploráveis, como no caso do [[Campo de Gurs|Campocampo de concentração de Gurs]]. Nesses primeiros meses regressaram para Espanha (já inteiramente dominada pelos franquistas) por volta da metade dos refugiados inicialmente na França.
 
Poucas semanas antes do fim da guerra, o "relatório Valière" realizado a pedido do Governo francês estimava a [[9 de março]] de [[1939]] a presença de uns 440 mil refugiados na França, dos quais 170 mil eram mulheres, crianças e anciãos, 220 mil soldados e milicianos, 40 mil inválidos e 10 mil feridos<ref>VVAA, ''Exilio'', pag. 24, Ed. fundação Pablo Iglesias, 2002, ISBN 84-95886-02-2</ref>