Fraude de Taxil: diferenças entre revisões

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[[Image:Masons baphomet.jpg|thumbnail|Invocação de [[Baphomet]] pelos maçons segundo Taxil]]
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Após esta encíclica, Taxil submeteu-se a público, convertendodizendo converter-se ao [[catolicismo]] romano, e anunciou a sua intenção de reparar o dano que ele tinha feito para a verdadeira fé. Talvez por motivo de vingança por ter sido expulso da Maçonaria em [[1885]], ou por uma brincadeira, criou uma ordem maçônica satânica imaginária de nome [[Palladium]], cujo objetivo principal seria de dominar o mundo.
 
O objetivo de Taxil era desmistificar tal ordem, revelando seus segredos e ações à sociedade.
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Para tornar a farsa mais credível, Taxil misturou elementos do ritual Maçônico com elementos fantasiosos de sua invenção. Em particular, sobre as várias imagens doravante famosas, reutilizou o símbolo do 18º do [[Rito Escocês Antigo e Aceito]], substituindo o [[cordeiro pascal]] <ref>{{ouvrage|auteur=Irène Manguy|titre=De la symbolique des chapitres en franc-maçonnerie|éditeur=Dervy|année=2005|isbn=2-84454-363-4}}, p.471</ref> inspirado por um [[bode]] pelo [[Baphomet]], figura simbólica concebida e divulgada a partir de [[1854]] pelo [[ocultismo|ocultista]] francês [[Eliphas Levi]].<ref>Voir l'illustration à l'article [[Baphomet]]</ref>.
 
O primeiro livro produzido por Taxil após a sua suposta conversão católica era um quarto-volume da história da Maçonaria, que continha verificações fictícias de uma testemunha da sua participação no [[satanismo]]. Com um colaborador que publicou como "Dr. Karl Hacks", escreveu outro livro chamado ''Devil in the Nineteenth Century'', que introduziu um novo personagem, [[Diana Vaughan]], uma suposta descendente do [[alquimia|alquimista]] [[Rosacruz]] [[Thomas Vaughan]]. O livro continha muitos contos sobre seus supostos encontros com [[demônio]]s encarnados, um dos quais supostamente escreveu [[profecia]]s sobre a sua volta com sua cauda, e outro que tocava [[piano]], sob a forma de um [[crocodilo]].
 
Diana foi envolvida na maçonaria satânica, mas foi resgatada quando um dia ela professou admiração por [[Joana d'Arc]] (ainda não canonizada na época), cujo nome pôs os demônios em fuga. Como Diana Vaughan, Taxil publicou um livro chamado ''Eucharistic Novena'', uma coleção de orações que foram elogiadas pelo [[Papa]].
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Taxil alegou que Albert Pike, Grande Comendador do Supremo Conselho de Jurisdição do Sul do Rito Escocês antigo e aceito, era um "Papa Luciferianista", o líder supremo de todos os Maçons do mundo, e que ele admitiu que toda sexta-feira às três horas conferia com o próprio [[Satanás]]. Monsenhor Northrop, [[bispo]] de [[Charleston]] ([[Carolina do Sul]]), foi especialmente para [[Roma]], a este respeito a fim de garantir a [[Leão XIII]] que os maçons da sua cidade episcopal são pessoas dignas, e seu templo não adornava qualquer estátua de Satanás. <ref>''Encyclopédie de la Franc-maçonnerie'', La Pochothèque, France, 2000, ''Albert Pike'', page 666.</ref>.
 
Leo Taxil convenceu muitos católicos com a sua históriafarsa - tanto que em [[1887]] foi recebido em audiência pelo [[Papa Leão XIII]], que acreditou nele, e não no bispo de Charleston. Entretanto, suas declarações passariam a ser cada vez mais denunciadas como uma farsa pelos adeptos da ordem maçônica.
 
Em [[19 de abril]] de [[1897]], Taxil chama uma conferência de imprensa organizada na [[Sociedade de Geografia]] (a chamada Conferência de Leo Taxil), na qual afirmou suas revelações sobre os maçons eram fictícias; admitiu que Diana Vaughan não existia, pelo contrário, que o nome tinha sido emprestado de sua secretária; revelou que tal ordem Paládio não existia; agradeceu ao [[clero]] por sua assistência em dar publicidade às suas alegações selvagens; <ref name=Confession>