Atos de violência organizada no Rio de Janeiro em 2010: diferenças entre revisões

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|autor=|título=Governador do Rio pede apoio à Marinha em entrevista à TV‎|data=25 de novembro de 2010|publicado=O Estado de S. Paulo|acessodata=25 de novembro de 2010}}</ref> e o [[Ministério da Defesa (Brasil)|Ministro da Defesa]] [[Nelson Jobim]] lhe assegurou esse direito em nome do [[Presidente do Brasil|Presidente]], [[Luiz Inácio Lula da Silva]], que estava de viagem à [[Guiana]]. Recorrer à Marinha foi uma decisão inédita no país em se tratando de combate ao tráfico e aos criminosos nas [[favela]]s<ref name="inedito">{{citar web|url=http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/11/defesa-diz-que-pode-avaliar-envio-de-tropas-ao-rio-se-estado-pedir.html|autor=|título=Defesa diz que pode avaliar envio de tropas ao Rio se estado pedir‎|data=25 de novembro de 2010|publicado=G1|acessodata=25 de novembro de 2010}}</ref><ref name="ineditomarinha">{{citar web|url=http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/rj/a+gente+sabe+onde+quer+chegar+diz+beltrame/n1237838968143.html|autor=|título='A gente sabe onde quer chegar', diz Beltrame|data=25 de novembro de 2010|publicado=G1|acessodata=25 de novembro de 2010}}</ref>. No dia seguinte, o Ministério da Defesa informou que, a pedido do Governo do Rio de Janeiro, seriam enviados oitocentos homens da [[Brigada de Infantaria Paraquedista]] do [[Exército Brasileiro]] para auxiliarem a polícia no combate aos ataques, além de dois [[helicóptero]]s e tripulação da [[Força Aérea Brasileira]] e dez blindados de transporte. Com a chegada dos militares, as operações se desdobraram em novas estratégias.
 
No dia [[25 de novembro]], deu-se a maior ofensiva da [[Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro|Polícia Militar do Rio de Janeiro]], com seu [[Batalhão de Operações Policiais Especiais (PMERJ)|Batalhão de Operações Policiais Especiais]], (BOPE), atuando ao lado da [[Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro|Polícia Civil do Rio de Janeiro]], encabeçada pela [[Coordenadoria de Recursos Especiais]] (CORE) e em parceria com o [[Corpo de Fuzileiros Navais]], que disponibilizou seis [[Carro de combate|blindados]] do [[Batalhão de Blindados de Fuzileiros Navais]] e um grupamento de [[fuzileiros navais]] da mesma unidade para ampararemapoio a logísticalogístico da operação, que resultou na tomada do território da [[Vila Cruzeiro]], região da cidade que até então estava em poder dos narcotraficantes[[narcotraficante]]s do [[Comando Vermelho]]. Cerca de quinhentos policiais participaram da ação, que logrou êxito em ocupar o espaço emno dia [[26 de novembro]],. que passará a ser ocupada emA meadospartir de [[2011]], a área deverá ser ocupada por uma [[Unidade de Polícia Pacificadora|unidade de polícia pacificadora]], a fim de pacificar e eliminar resíduos do tráfico na região.
 
Durante a ocupação, os narcotraficantes da região puderam escapar para o vizinho "[[Complexo do Alemão]]", ocupado por uma quadrilha da mesma facção crimonosa, uma região constituída pelo conjunto de treze [[favela]]s, que foram [[cerco|cercadas]] pelas polícias civil, militar e federal, com o apoio das [[Forças Armadas do Brasil|Forças Armadas]]<ref name="beltrameagradece">{{citar web|url=http://www.estadao.com.br/noticias/geral,beltrame-agradece-marinha-por-carros-blindados,645277,0.htm|titulo=Beltrame agradece Marinha e diz que operações no Rio vão continuar|autor=|data=25 de novembro de 2010|publicado=O Estado de S. Paulo|acessodata=25 de novembro de 2010}}</ref><ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/11/25/com-marinha-policia-ocupa-reduto-de-criminosos-no-rio-923115134.asp|titulo=Com Marinha, polícia ocupa reduto de criminosos no Rio‎|autor=|data=25 de novembro de 2010|publicado=O Globo|acessodata=25 de novembro de 2010}}</ref>. Em [[27 de novembro]], depois de uma ordem emitida pelos policiais ordenar aos envolvidos que se entregassem "até o pôr do sol", trinta e um traficantes se renderam.
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[[Ficheiro:Complexo alemao rj.jpg|thumb|left|O [[Complexo do Alemão]], zona para onde o bando de [[Vila Cruzeiro]] fugiu após a Marinha apoiar a polícia.]]
 
Na manhã do dia 26, por volta das 9h50m, policiais do [[Batalhão de Operações Policiais Especiais (PMERJ)|BOPE]] invadiram lentamente o [[Complexo do Alemão]], enquanto outros fizeram "varredura" e busca na parte de baixo da [[Vila Cruzeiro]].<ref name="igbuscascercocomplexo">{{citar web|url=http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/rj/policia+cerca+complexo+do+alemao+e+faz+buscas+na+vila+cruzeiro/n1237839724791.html|titulo=Polícia invade Complexo do Alemão e faz buscas na Vila Cruzeiro|autor=Anderson Ramos e Daniel Gonçalves,|data=26 de novembro de 2010|publicado=IG RJ|acessodata=26 de novembro de 2010}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.estadao.com.br/noticias/geral,bope-faz-varredura-na-parte-de-baixo-da-vila-cruzeiro-rj,645579,0.htm|titulo=Bope faz varredura na parte de baixo da Vila Cruzeiro-RJ|publicado=O estadão Online|acessodata=26 de novembro de 2010}}</ref> Segundo o titular da 26º DP (Todos os Santos), Jader Amaral, o objetivo do cerco era evitar a saída de criminosos que fugiram da Vila Cruzeiro para o Morro do Alemão.<ref name="igbuscascercocomplexo" /> Por volta da 10h30m da manhã, um policial militar levou um tiro de raspão na cabeça enquanto acessava o complexo, na [[Estrada do Itararé]], e imediatamente foi socorrido e levado ao hospital ainda consciente.<ref>{{citar web|url=http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4812718-EI17320,00-Rio+moradores+comecam+a+deixar+o+Complexo+do+Alemao.html|titulo=Rio: moradores começam a deixar o Complexo do Alemão|autor=|data=26 de novembro de 2010|publicado=Terra|acessodata=26 de novembro de 2010}}</ref>
 
Com a chegada dos paraquedistas[[paraquedista]]s, as operações se desdobraram em dois comandos distintos: o primeiro, continuando por responsabilidade da secretaria de segurança pública do estado, com o auxilio da Marinha para as incursões, como já vinha sendo, e o segundo por parte do Comando Militar do Leste, patrulhando todos os caminhos (cerca de quarenta) que dão acesso aos morros da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/836795-exercito-comandara-operacao-de-acessos-a-favelas-no-rio-estado-comanda-incursoes.shtml|titulo= Exército comandará operação de acessos a favelas no Rio; Estado comanda incursões|autor=RÖTZSCH, Rodrigo|publicado=Folha.com}}</ref>.
 
Mesmo depois da repercussão, da intervenção da Marinha e da ocupação pela polícia da [[Vila Cruzeiro]], ao menos sete outros veículos foram incendiados no Rio de Janeiro na madrugada do dia 25 para o dia 26. Entre eles encontram-se dois ônibus, um na [[Rodovia Presidente Dutra]], na pista sentido [[São Paulo]], e o outro em [[São João de Meriti]], na [[Baixada Fluminense]].<ref name="madrugada" /> Por volta da 1h da madrugada, policiais do 7º BPM em [[São Gonçalo]] localizaram uma [[kombi]] incendiada na rua Joá, no bairro do [[Colubandê]], e bombeiros do quartel do município conseguiram controlar as chamas.<ref>{{Citar web |url=http://jornal.ofluminense.com.br/editorias/policia/mais-dois-veiculos-foram-encontrado-em-chamas-em-sao-goncalo |título=Dois veículos são incendiados em SG; PM descarta ataque de traficantes |língua=português |publicado=O Fluminense |acessodata=27 de novembro de 2010}}</ref> Dois menores foram presos na Zona Sul, quando criminosos atearam fogo num carro na rua Farme de Amoedo, em [[Ipanema]].<ref>{{Citar web |url=http://www.rockapneia.com.br/post/Default.aspx?id=1082729 |título=Dois menores são presos pela policia após atearem fogo em um Fiat Punto estacionado na Rua Farme de Amoedo, em Ipanema |língua=português |publicado=rockapneia.com.br |acessodata=27 de novembro de 2010}}</ref> Na Zona Norte, na [[Avenida Brasil]], um automóvel também foi incendiado, mas ninguém ficou ferido.<ref>{{Citar web |url=http://www.sidneyrezende.com/noticia/110817+apesar+da+acao+da+policia+ataques+criminosos+continuam+no+rio |título=Apesar da ação da polícia, ataques criminosos continuam no Rio |língua=português |publicado=SRZD |acessodata=27 de novembro de 2010}}</ref>
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Mais cedo, um suspeito morreu baleado enquanto tentava atear fogo num veículo na rua Carolina Machado, próximo ao [[Madureira Shopping]], no subúrbio da cidade, e, de acordo com policiais do 41º BPM, em [[Irajá]], três comparsas que o acompanhavam fugiram. A polícia conseguiu apreender do suspeito um isqueiro, um galão de gasolina, uma granada e uma pistola. O caso foi encaminhado à 28ª DP de [[Campinho (Rio de Janeiro)|Campinho]].<ref name="Fetranspor">{{citar web|url=http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/11/fetranspor-diz-que-toda-frota-de-onibus-circula-normalmente-no-rio.html|titulo=Fetranspor diz que toda a frota de ônibus circula normalmente no Rio|autor=|data=26 de novembro de 2010|publicado=G1 RJ|acessodata=26 de novembro de 2010}}</ref>
 
Bandidos do Complexo do Alemão atiraram em um helicóptero da [[Polícia Civil]] que sobrevoava o local, pela manhã. Policiais militares, civis e federais faziam a vigilância dos acessos à comunidade.<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/11/26/bandidos-do-complexo-do-alemao-na-zona-norte-do-rio-disparam-contra-helicoptero-da-policia-923116929.asp|titulo=Bandidos do Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, disparam contra helicóptero da polícia|autor=|data=26 de novembro de 2010|publicado=O Globo|acessodata=26 de novembro de 2010}}</ref> Durante todo o dia, inúmeras famílias foram vistas deixando o bairro, dominado pela facção criminosa do [[Comando Vermelho]] e para onde fugiram cerca de duzentos traficantes da Vila Cruzeiro, tomada pela força policial no dia anterior.<ref>{{citar web|url=http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2010/11/26/policias-militar-civil-e-federal-cercam-complexo-do-alemao-e-sao-alvos-de-disparos-de-traficantes.jhtm|titulo=Polícias Militar, Civil e Federal cercam Complexo do Alemão; traficantes disparam contra helicóptero|autor=Arthur Guimarães; Daniel Milazzo|data=26 de novembro de 2010|publicado=UOL Notícias|acessodata=26 de novembro de 2010}}</ref>
 
Duas pessoas ficaram feridas, incluindo o fotógrafo da agência de notícias [[Reuters]], Paulo Whitaker, baleado no ombro, e um motorista da imprensa, que se escondia em um bar e foi atingido por estilhaços. Até a tarde do dia 26, 36 pessoas já tinham sido mortas durante a onda de violência no Rio.<ref>[http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4813817-EI17320,00-Acao+no+Complexo+do+Alemao+deixa+mais+dois+feridos.html Fotógrafo da 'Reuters' é atingido no ombro em confronto no Rio]. ''[[Terra(portal)|Terra]]'', 26 de novembro de 2010.]</ref>
 
Na noite do dia 26, quatro carros foram incendiados no [[município]] de [[Nova Iguaçu]], na [[Baixada Fluminense]]. Três estavam na estrada Adrianópolis e outro foi achado na rua Andréia, ambas no bairro Botafogo da cidade. Houve também um carro incendiado no acesso à [[favela]] do [[Jacarezinho]]. E, ainda na noite de sexta, um carro em chamas foi encontrado em [[Anchieta (Rio de Janeiro)|Anchieta]], no mesmo subúrbio. Três suspeitos, incluindo dois menores, foram detidos com garrafas de gasolina em Cascadura. Eles estavam na linha do trem e reagiram à prisão<ref>[http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/11/quatro-carros-sao-incendiados-em-nova-iguacu-diz-pm.html Quatro carros são incendiados em Nova Iguaçu, diz PM]. Portal G1, acessado em 27 de novembro de 2010.</ref>.
 
=== 27 de novembro ===
Na madrugada do dia [[27 de novembro]] (sábado), a [[Polícia Militar]] anunciou que o número de mortos subiusubira para 35 desde segunda-feirao dia 22, e a Secretaria da Saúde informou que, entre quarta-feirao dia 24 e a tarde dedo dia sexta-feira26, o número de feridos foifora de 33 no [[Hospital Estadual Getúlio Vargas (Rio de Janeiro)|Hospital Estadual Getúlio Vargas]], que fica perto das duas áreas de conflito. Seis morreramtinham morrido e seis permaneciam internados. A secretaria não especificou o número de moradores e de criminosos feridos nos conflitos. Conforme a polícia, desdeo dia 21 domingotinham foramsido registrados 96 veículos incendiados e apreendidas 48 armas emais oito [[granada]]s apreendidas , além de grande quantidade de [[droga]]s e material inflamável.<ref>[http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/11/numero-de-mortos-em-operacoes-no-rio-chega-35-diz-pm.html Número de mortos em operações no Rio chega a 35, diz PM]. Portal G1, acessado em 27 de novembro de 2010.</ref>
Os ataques diminuíram depois das estratégias policiais. Cerca de quatro outros carros foram incendiados na madrugada do sábado de [[27 de novembro]] na [[Baixada Fluminense]] e, segundo a Polícia Militar, os atentados aconteceram em pontos diferentes do município de [[Nova Iguaçu]].<ref name="maisquatroincedios">{{citar web|url=http://www.redebomdia.com.br/Noticias/Dia-a-dia/38168/Mais+quatro+carros+sao+incendiados+na+madrugada|titulo=Mais quatro carros são incendiados no Rio de Janeiro|autor=|data=27 de novembro de 2010|publicado=Rede Bom Dia|acessodata=27 de novembro de 2010}}</ref> Os bombeiros foram acionados às 1h30m por meio de três chamadas na [[Estrada Adrianópolis]] e outra na [[Rua Andreia]], ambas no [[Bairro Botafogo]], porém em nenhum desses quatro casos foram registrados feridos.<ref name="maisquatroincedios" />
 
Os ataques diminuíram depois das estratégias policiais., Cercamas depelo menos quatro outros carros foram incendiados na madrugada do sábadodia de [[27 de novembro]], na [[Baixada Fluminense]] e, segundo a Polícia Militar, os atentados aconteceram em pontos diferentes do município de [[Nova Iguaçu]].<ref name="maisquatroincedios">{{citar web|url=http://www.redebomdia.com.br/Noticias/Dia-a-dia/38168/Mais+quatro+carros+sao+incendiados+na+madrugada|titulo=Mais quatro carros são incendiados no Rio de Janeiro|autor=|data=27 de novembro de 2010|publicado=Rede Bom Dia|acessodata=27 de novembro de 2010}}</ref> Os bombeiros foram acionados às 1h30m por meio de três chamadas na [[Estrada Adrianópolis]] e outra na [[Rua Andreia]], ambas no [[Bairro Botafogo]], porém em nenhum desses quatro casos foram registrados feridos.<ref name="maisquatroincedios" />
 
Na manhã do dia [[27 de novembro]] (sábado), dois menores se recusaram a parar em Fazendinha, comunidade que faz parte do conjunto de favelas do Alemão, na Penha, na zona norte do Rio, e foram baleados. Eles foram levados ao [[Hospital Estadual Getúlio Vargas]]. Horas antes, traficantes atiraram contra o Batalhão de Choque da PM no Alemão. <ref name="doissaobaleados">[http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/11/dois-sao-baleados-em-favela-do-conjunto-do-alemao-neste-sabado.html Dois são baleados em favela do conjunto do Alemão neste sábado]. Portal G1, acessado em 27 de novembro de 2010</ref> O comandante-geral da PM, ao comentar a iminência da ocupação, fez um apelo pela rendição dos traficantes<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/11/estamos-do-lado-de-fora-por-pouco-tempo-diz-pm-do-rio-sobre-alemao.html|titulo= 'Quem quiser se entregar, faça-o agora', diz PM do Rio sobre Alemão|publicado=G1|data=27 de novembro de 2010|acessodata 27 de novembro de 2010}}</ref>. Segundo o relações públicas da polícia, foi montado um local dentro da comunidade para que fossem feitas as capitulações.<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/11/policia-prepara-local-para-rendicao-de-traficantes-no-alemao.html|titulo= Polícia prepara local para rendição de traficantes no Alemão|publicado=G1 RJ|data=27 de novembro de 2010|acessodata 27 de novembro de 2010}}</ref>
 
===28 de novembro===
No dia [[28 de novembro]], as forças de segurança, incluindo a Polícia Civil encabeçada pela [[Coordenadoria de Recursos Especiais]], a [[Polícia Militar]] pelo BOPE, a [[Polícia Federal]] pelo [[Comando de Operações Táticas]] e o Exército, através da [[Brigada de Infantaria Paraquedista|Brigada Paraquedista]], entraram no conjunto de [[favela]]s e assumiram o controle da comunidade em menos de duas horas, prendendo trinta criminosos e apreendendo dezenas de armas e dez toneladas de [[droga]]s. A operação começou às oito horas da manhã e às 13h22min as bandeiras [[bandeira do Brasil|do Brasil]] e [[Bandeira do Rio de Janeiro|do Rio de Janeiro]] foram hasteadas no alto do [[teleférico]] do morro do Alemão. Os [[traficante]]s não reagiram, em vez disso fugiram e tentaram se esconder nas casas da comunidade, obrigando a polícia a fazer uma busca. Um dos bandidos presos foi [[Elizeu Felício de Souza]], responsável pela morte do [[jornalista]] [[Tim Lopes]]<ref>[http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/rio-contra-o-crime/noticia/2010/11/no-3-dia-de-cerco-policia-passa-ocupar-o-conjunto-do-alemao.html Polícia ocupa favelas do Alemão, prende traficantes a apreende drogas]. Portal G1, acessado em 28 de novembro de 2010.</ref>.
 
== Combate e reação do governo ==
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Na noite da quinta-feira do dia 25, o [[Ministério da Defesa do Brasil|Ministério da Defesa]] informou que, a pedido do governo do Rio de Janeiro, seriam enviados ao estado oitocentos militares da brigada de Infantaria Paraquedista do Exército Brasileiro para auxiliarem a polícia no combate aos ataques, além de dois helicópteros da [[Força Aérea Brasileira]] e dez blindados de transporte.<ref name="oitocentos">{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/11/25/ministerio-da-defesa-libera-envio-de-800-militares-ao-rio-de-janeiro-923115842.asp|titulo=Ministério da Defesa libera envio de 800 militares ao Rio de Janeiro|autor=|data=25 de novembro de 2010|publicado=O Globo Online|acessodata=26 de novembro de 2010}}</ref> Para auxiliarem as operações à noite, foram providenciados óculos especiais com visão noturna.<ref name="oitocentos" /> O Presidente Lula autorizou o envio dos militares e concedeu aval a Jobim para mandar "toda ajuda que o Rio de Janeiro pedir".<ref>{{citar web|url=http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4812015-EI17320,00-Lula+da+aval+a+Jobim+para+mandar+toda+ajuda+que+Rio+pedir.html|titulo=Lula dá aval a Jobim para mandar toda ajuda que Rio pedir|autor=|data=25 de novembro de 2010|publicado=Notícias Terra|acessodata=26 de novembro de 2010}}</ref><ref>{{citar web|url=http://extra.globo.com/geral/casodepolicia/posts/2010/11/25/everdade-presidente-lula-autoriza-envio-de-800-homens-do-exercito-344086.asp|titulo=Presidente Lula autoriza envio de 800 homens do Exército|autor=Bruno Rohde|data=25 de novembro de 2010|publicado=Extra Online|acessodata=26 de novembro de 2010}}</ref>
{{double image|left|Exército dá apoio a ocupação no Complexo do Alemão - Blindado.jpg|200|Conflitos no Rio de Janeiro em 2010 (a).jpg|200|Blindado do Exército Brasileiro dá apoio aos policiais no Complexo do Alemão. <small>Foto da [[Agência Brasil]], 28/11/2010.</small>|[[Caveirão|Caveirões]] da Polícia Civil (DRFC) utilizados na operação de ocupação pela polícia da [[Vila Cruzeiro]], na [[Penha (bairro do Rio de Janeiro)|Penha]], na [[zona norte do Rio de Janeiro]], que era considerada uma fortaleza do tráfico. <small>Reprodução de imagens da [[TV Brasil]] ([[Agência Brasil|ABr]]).</small>||}}
Na manhã do dia 26, por volta das 9h50m, policiais do [[Batalhão de Operações Policiais Especiais (PMERJ)|BOPE]] invadiram lentamente o [[Complexo do Alemão]], enquanto outros fizeram "varredura" e busca na parte de baixo da [[Vila Cruzeiro]].<ref name="igbuscascercocomplexo">{{citar web|url=http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/rj/policia+cerca+complexo+do+alemao+e+faz+buscas+na+vila+cruzeiro/n1237839724791.html|titulo=Polícia invade Complexo do Alemão e faz buscas na Vila Cruzeiro|autor=Anderson Ramos e Daniel Gonçalves,|data=26 de novembro de 2010|publicado=IG RJ|acessodata=26 de novembro de 2010}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.estadao.com.br/noticias/geral,bope-faz-varredura-na-parte-de-baixo-da-vila-cruzeiro-rj,645579,0.htm|titulo=Bope faz varredura na parte de baixo da Vila Cruzeiro-RJ|publicado=O estadão Online|acessodata=26 de novembro de 2010}}</ref> Segundo o titular da 26º DP (Todos os Santos), Jader Amaral, o objetivo do cerco era evitar a saída de criminosos que fugiram da Vila Cruzeiro para o Morro do Alemão.<ref name="igbuscascercocomplexo" /> Por volta da 10h30m da manhã, um policial militar levou um tiro de raspão na cabeça enquanto acessava o complexo, na [[Estrada do Itararé]], e imediatamente foi socorrido e levado ao hospital ainda consciente.<ref>{{citar web|url=http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4812718-EI17320,00-Rio+moradores+comecam+a+deixar+o+Complexo+do+Alemao.html|titulo=Rio: moradores começam a deixar o Complexo do Alemão|autor=|data=26 de novembro de 2010|publicado=Terra|acessodata=26 de novembro de 2010}}</ref>
 
Com a chegada dos paraquedistas, as operações se desdobraram em dois comandos distintos: o primeiro, continuando por responsabilidade da secretaria de segurança pública do estado, com o auxilio da Marinha para as incursões, como já vinha sendo, e o segundo por parte do Comando Militar do Leste, patrulhando todos os caminhos (cerca de quarenta) que dão acesso aos morros da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/836795-exercito-comandara-operacao-de-acessos-a-favelas-no-rio-estado-comanda-incursoes.shtml|titulo= Exército comandará operação de acessos a favelas no Rio; Estado comanda incursões|autor=RÖTZSCH, Rodrigo|publicado=Folha.com}}</ref>.
 
Na madrugada do dia [[27 de novembro]], a [[Polícia Militar]] anunciou que o número de mortos subiu para 35 desde segunda-feira e a Secretaria da Saúde informou que, entre quarta-feira e a tarde de sexta-feira, o número de feridos foi de 33 no [[Hospital Estadual Getúlio Vargas (Rio de Janeiro)|Hospital Estadual Getúlio Vargas]], que fica perto das duas áreas de conflito. Seis morreram e seis permaneciam internados. A secretaria não especificou o número de moradores e criminosos feridos nos conflitos. Conforme a polícia, desde domingo foram registrados 96 veículos incendiados e apreendidas 48 armas e oito [[granada]]s, além de grande quantidade de [[droga]]s e material inflamável.<ref>[http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/11/numero-de-mortos-em-operacoes-no-rio-chega-35-diz-pm.html Número de mortos em operações no Rio chega a 35, diz PM]. Portal G1, acessado em 27 de novembro de 2010.</ref>
 
Na manhã do dia [[27 de novembro]] (sábado), dois menores se recusaram a parar em Fazendinha, comunidade que faz parte do conjunto de favelas do Alemão, na Penha, na zona norte do Rio, e foram baleados. Eles foram levados ao [[Hospital Estadual Getúlio Vargas]]. Horas antes, traficantes atiraram contra o Batalhão de Choque da PM no Alemão. <ref name="doissaobaleados">[http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/11/dois-sao-baleados-em-favela-do-conjunto-do-alemao-neste-sabado.html Dois são baleados em favela do conjunto do Alemão neste sábado]. Portal G1, acessado em 27 de novembro de 2010</ref> O comandante-geral da PM, ao comentar a iminência da ocupação, fez um apelo pela rendição dos traficantes<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/11/estamos-do-lado-de-fora-por-pouco-tempo-diz-pm-do-rio-sobre-alemao.html|titulo= 'Quem quiser se entregar, faça-o agora', diz PM do Rio sobre Alemão|publicado=G1|data=27 de novembro de 2010|acessodata 27 de novembro de 2010}}</ref>. Segundo o relações públicas da polícia, foi montado um local dentro da comunidade para que fossem feitas as capitulações.<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/11/policia-prepara-local-para-rendicao-de-traficantes-no-alemao.html|titulo= Polícia prepara local para rendição de traficantes no Alemão|publicado=G1 RJ|data=27 de novembro de 2010|acessodata 27 de novembro de 2010}}</ref>
 
{{double image|right|Policiais ocupam Complexo do Alemao.JPG|200|Policiais ocupam Complexo do Alemao (2).JPG|200|No dia 28, policiais e militares ocuparam o [[Complexo do Alemão]].|Blindado da Polícia Militar, com a ajuda dos blindados da Marinha, entram no Morro do Alemão no dia 28.||}}
Na tarde do dia 27, dez [[blindado]]s do [[Exército]] entraram no [[Complexo do Alemão]] e os criminosos receberam um ultimato para se renderem até o pôr do sol. Às 17h25min, o tiroteio recomeçou e um helicóptero foi atingido. Uma lanchonete pegou fogo e os moradores corriam pela favela. Todo o complexo continuava cercado por cerca de 800 policiais e militares<ref>[http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/11/um-dia-apos-o-cerco-policia-e-forcas-armadas-entram-no-alemao.html Blindados entram no Alemão]. Portal G1, acessado em 27 de novembro de 2010.</ref>. O comando da [[Polícia Militar]] disse que a invasão do conjunto de favelas só poderia ser feita de dia. Dezesseis pessoas estavam presas no começo da noite, inclusive um criminoso conhecido como Mister M, que seria o braço direito de Pezão, chefe do tráfico, além de ter sido o executor do ex-chefe do Alemão, Tota. Dois homens foram baleados e presos ao tentarem furar o cerco e um homem foi preso com uma mochila que continha trinta mil dólares. Dez presos envolvidos com o [[narcotráfico]] foram transferidos para presídios federais<ref>[http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/11/incursao-no-alemao-devera-ser-feita-de-dia-diz-batalhao-de-choque-da-pm.html ‘Incursão no Alemão deverá ser feita de dia’, diz Batalhão de Choque da PM]. Portal G1, acessado em 27 de novembro de 2010.</ref>.
 
No dia [[28 de novembro]], as forças de segurança, Polícia Civil encabeçada pela [[Coordenadoria de Recursos Especiais]], [[Polícia Militar]] pelo BOPE, [[Polícia Federal]] pelo [[Comando de Operações Táticas]] e Exército através da Brigada Paraquedista entraram no conjunto de [[favela]]s e assumiram o controle da comunidade em menos de duas horas, prendendo trinta criminosos e apreendendo dezenas de armas e dez toneladas de [[droga]]s. A operação começou às oito horas da manhã e às 13h22min as bandeiras [[bandeira do Brasil|do Brasil]] e [[Bandeira do Rio de Janeiro|do Rio de Janeiro]] foram hasteadas no alto do [[teleférico]] do morro do Alemão. Os [[traficante]]s não reagiram, em vez disso fugiram e tentaram se esconder nas casas da comunidade, obrigando a polícia a fazer uma busca. Um dos bandidos presos foi [[Elizeu Felício de Souza]], responsável pela morte do [[jornalista]] [[Tim Lopes]]<ref>[http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/rio-contra-o-crime/noticia/2010/11/no-3-dia-de-cerco-policia-passa-ocupar-o-conjunto-do-alemao.html Polícia ocupa favelas do Alemão, prende traficantes a apreende drogas]. Portal G1, acessado em 28 de novembro de 2010.</ref>.
 
{{double image|right|Policiais ocupam Complexo do Alemao.JPG|200|Policiais ocupam Complexo do Alemao (2).JPG|200|No diaDia 28,: policiais e militares ocuparamocupam o [[Complexo do Alemão]]...|Blindado... e um blindado da Polícia Militar, com a ajuda dos blindados da Marinha, entramentra no Morro do Alemão no dia 28.||}}
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== Suspeitos e causas dos ataques ==
 
De acordo com especialistas, a causa dos ataques teria sido a implantação de [[Unidade de Polícia Pacificadora|Unidades de Polícia Pacificadora]] (UPPs) em muitas [[favela]]s do Rio de Janeiro, tirando várias áreas de [[narcotráfico]] dos criminosos.<ref>[http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/11/ministerio-da-defesa-libera-envio-de-800-militares-ao-rj.html Ministério da Defesa libera envio de 800 militares do Exército ao RJ]. Portal G1, acessado em 26 de novembro de 2010.</ref> Segundo esses especialistas e a polícia, quem comandou os ataques foram bandidos e/ou traficantes presos que se comunicavam com bandos livres das [[favela]]s por telefones e outros meios.{{Carece de fontes}}
 
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=== Efeitos sobre os cariocas ===
 
Os atos violentos afetaram a população carioca. Acrescentado ao fato de vários comérciosestabelecimentos comerciais terem permanecido fechados e as ruas vazias, no dia 25 diversos setores e serviços públicos foram interrompidos. Entre os mais afetados, estavam os transportes,: cerca de 115 ônibus não circularam na região da Vila Cruzeiro e o [[Metrô do Rio de Janeiro|Metrô Rio]] fez [[triagem]] de passageiros nas estações Uruguaiana, Cinelândia e Carioca para evitar a lotação nosdos trens.<ref>{{Citar web |url=http://www.sidneyrezende.com/noticia/110730+maioria+dos+onibus+nao+estao+circulando+na+vila+cruzeiro |título=Maioria dos ônibus não estão circulando na Vila Cruzeiro |língua=português |publicado=SRZD |acessodata=27 de novembro de 2010}}</ref> Também as escolas e as instituições de ensino foram afetadas: segundo números daa Secretaria Municipal de SegurançaEducação, 135 escolas e creches - a maioria na Zona Norte, Oeste e no subúrbio da cidade - não funcionaram no dia 26, deixando mais de 47 mil estudantes sem aula.<ref>{{Citar web |url=http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2010/11/26/por-precaucao-escolas-creches-universidades-fecham-923117378.asp |título=Por precaução, escolas, creches e universidades fecham |língua=português |publicado=O Globo |acessodata=27 de novembro de 2010}}</ref>
 
A [[Centro Universitário Augusto Motta|Universidade Unisuam]] suspendeu suas aulas em algumas unidades na cidade, oassim mesmocomo fez o [[Instituto Federal do Rio de Janeiro|Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro]] (IFRJ). O [[Hospital Estadual Getúlio Vargas]], na [[Penha (bairro do Rio de Janeiro)|Penha]], dedicou-se a atender qualquer tipo de indivíduopessoas com ferimentos causados pelo conflito, enquantoe foram suspensas todas as cirurgias eletivas da rede pública de saúde, parade atenderemmodo a possibilitar o atendimento a possíveis emergências relacionadas aos atos de violência no Rio<ref name="social">{{citar web|url=http://www.sidneyrezende.com/noticia/110788+guerra+no+rio+paralisa+transportes+e+instituicoes+de+ensino+na+cidade|titulo=‘Eu me sinto prisioneira’, diz moradora vizinha à Vila Cruzeiro|autor=Carolina Iskandarian|data=25 de novembro de 2010|publicado=G1 Globo|acessodata=25 de novembro de 2010}}</ref><ref name="sidney" /><ref name=educacao>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2010/11/26/guerra-contra-trafico-fecha-escolas-creches-universidades-deixando-estudantes-sem-aula-923117396.asp|titulo=O Globo Online: Guerra contra o tráfico fecha escolas, creches e universidades, deixando estudantes sem aula|autor=Rodrigo Gomes|data=26 de novembro de 2010|acessodata=26 de novembro de 2010}}</ref>.
 
A violência também acabou por se refletir na queda da frequência de bares e restaurantes na cidade. Segundo o Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes do Rio (SindRio) a redução de clientes foi de 40%, acima dos 30% projetados numa estimativa inicial. Na [[Zona Norte (região do Rio de Janeiro)|Zona Norte]], esse número chegou a 60%.<ref>{{citar web|url=http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/frequencia-de-bares-e-estabelecimentos-comerciais-na-zona-norte-do-rio-caiu-60-20101126.html|titulo=Frequência de bares e estabelecimentos comerciais na zona norte do Rio cai 60%|publicado=R7|data=26 de novembro de 2010|acessodata=27 de novembro de 2010}}</ref> Não foram registrados cancelamentos nos hotéis e agências de viagem. Segundo especialistas, a onda de violência não deve afetar a imagem da cidade a longo prazo.<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/11/violencia-no-rio-nao-deve-prejudicar-turismo-avaliam-especialistas.html|titulo=Violência no Rio não deve prejudicar turismo, avaliam especialistas|publicado=G1|autor=Gabriela Gasparin|data=27 de novembro de 2010|acessodata=27 de novembro de 2010}}</ref>
 
Moradores da [[Vila Cruzeiro]], e agora do [[Complexo do Alemão]], que se sentiam ameaçados eme temerosos de retornar para casasuas casas, receberamforam alojados em abrigo da [[Prefeitura do Rio de Janeiro]], no bairro da [[Penha (bairro do Rio de Janeiro)|Penha]].<ref name="dadosabrigo" /> Além disso, o Disque-Denúncia — utilizado e divulgado nas emissoras de televisão para auxiliar a polícia na captura dos bandidos e traficantes — bateu recorde de mais de mil ligações no Rio de Janeiro sobre um mesmo assunto. De acordo com fontes oficiais do Disque-Denúncia, as ligações foramajudaram fundamentaisdiretamente ea muitopolícia válidasno controle da crise.<ref name="disquedenuncia">{{citar web|url=http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/11/disque-denuncia-bate-recorde-com-mais-de-mil-ligacoes-no-rio.html|titulo=Disque-Denúncia bate recorde com mais de mil ligações no Rio|autor=Aluizio Freire|data=25 de novembro de 2010|publicado=G1 RJ|acessodata=26 de novembro de 2010}}</ref>.
 
Na manhã de sexta-feira, dia 26, a [[Fetranspor]] afirmou que toda a frota de ônibus começou a circular normalmente no Rio de Janeiro.<ref name="Fetranspor" />
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{{cquote|''Eu disse ao Sérgio Cabral que o que ele necessitar que o governo federal ajude, para que a gente possa permitir que as pessoas de bem vivam em paz neste país, vamos fazer. O Rio de Janeiro pode ficar tranquilo que nós estaremos 100% apoiando o governador e o povo do estado''. <ref>{{citar web|url=http://www.jornaldamidia.com.br/noticias/2010/11/26/Brasil/Lula_diz_que_Rio_de_Janeiro_tera_.shtml|titulo=Lula diz que Rio de Janeiro terá total apoio para combater violência|autor=|data=26 de novembro de 2010|publicado=Jornal da Mídia|acessodata=26 de novembro de 2010}}</ref>}}
 
Na sexta-feira, dia 26, [[José Padilha]], diretor do documentário ''[[Ônibus 174]]'' e dos longas ''[[Tropa de Elite]]'' e ''[[Tropa de Elite 2: O Inimigoinimigo agora É Outro|Tropa de Elite 2]]'', filmes que retratam a violência e as drogas na cidade do Rio de Janeiro, foi questionado sobre a onda dos ataques e da intervenção da polícia,. afirmouSegundo quePadilha, a expulsão dos traficantes da Vila Cruzeiro não significaria o fim do problema da segurança pública na cidade. PadilhaO cineasta discordou das afirmações positivastriunfalistas da imprensa nacional, defendendoe defendeu um plano nacional de segurança e, ressaltando ainda que o projeto solitário das UPPs não resolveria os problemas da [[violência urbana]].<ref name=padilha>{{citar web|url=http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/11/dia-d-sera-quanto-tiver-um-plano-de-seguranca-serio-diz-jose-padilha.html|titulo=G1: 'Dia D será quando tiver um plano de segurança sério', diz José Padilha|autor=|data=26 de novembro de 2010|publicado=G1|acessodata=26 de novembro de 2010}}</ref>
 
No entanto,o Lima Castro, [[coronel]] Lima Castro, com 27 anos de experiência na [[Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro|Polícia Militar]], comparou a conquista da [[Vila Cruzeiro]] pelos policiais com a [[CorridaApollo espacial11|conquista da Lua]] pelos astronautas. Segundo ele, os policiais estavam exaustos, quase sem comer, sem tomar banho e passaram a noite em claro e, mesmo assim, houve tanto ímpeto de agir que ocorreu disputa para entrar no helicóptero. Após a batalha, eles usavam bares abandonados para descansar. Conforme o coronel:
 
{{cquote|''Para alguns foi mais um dia de trabalho difícil: balas voando, pessoas gritando, sangue no chão. Mas, para todos nós, foi uma vitória à parte, um prazer consumido aos poucos, aquilo que chamamos de lavar a alma. E nós sabemos que tudo isso não foi somente por nós, por propósitos próprios, por vaidade, ou para mostrarmos quem é que manda no pedaço. Foi pelos cidadãos de bem da nossa cidade. Tudo o que aconteceu lá dentro morrerá conosco, mas acredito que estamos diante do início do fim daquela bagunça.'' <ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/11/policiais-dormiram-em-bares-abandonados-na-vila-cruzeiro.html|titulo= Policiais dormiram em bares abandonados na Vila |autor=UCHÔA, Alícia. TABAK, Bernardo|publicado=Portal G1|acessodata=26 de novembro de 2010}}</ref>}}
 
Depois da tomada do [[Complexo do Alemão]], bem como da [[Vila Cruzeiro]] e da diminuição dos ataques, os representantes mostramdo governo mostraram-se favoráveis e positivos aos acontecidos. O Prefeito [[Eduardo Paes]], no dia [[28 de novembro]], definiu a ação da polícia como uma "quase refundação do Rio de Janeiro":
 
{{cquote|''Agradeci muito em nome da cidade o trabalho excepcional das forças da segurança pública que libertam um território. É um dia de muita alegria, é quase uma refundação do Rio de Janeiro. [...] É claro que os serviços vêm sendo feitos de forma precária'' [por conta da falta de luz e coleta de lixo nas favelas da zona de conflito], ''mas isso vai ser melhorado daqui pra frente. Não vão faltar recursos para melhorar a vida daquelas comunidades.''<ref>{{citar web|url=http://www.band.com.br/jornalismo/cidades/conteudo.asp?ID=100000372981|titulo=Prefeito define ação da polícia como uma quase refundação do RJ|autor=|publicado=E-Band|acessodata=29 de novembro de 2010}}</ref>}}