Operação Anfal: diferenças entre revisões

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A '''campanha de Al-Anfal''' (em árabe: حملة الأنفال), também conhecida como '''Operação Anfal''' ou simplesmente '''Anfal''' foi uma campanha <ref>[http://www.hrw.org/legacy/reports/1993/iraqanfal/ Genocide in Iraq:] The Anfal Campaign Against the Kurds. A Middle East Watch Report: Human Rights Watch 1993.</ref> de [[genocídio]] contra o [[curdos|povo curdo]] no [[Curdistão iraquiano]], liderado pelo regime iraquiano de [[Saddam Hussein]] e dirigido por [[Ali Hassan al-Majid]]. A campanha leva o nome de [[Sura]] [[al-Anfal]], no [[Alcorão]], que foi usado como um nome de código pelo ex-regime iraquiano do [[Baath]] para uma série de ataques contra os rebeldes [[peshmerga]] e a população civil maioritariamente curda das zonas rurais do Norte do [[Iraque]], realizada entre [[1986]] e [[1989]], culminando em [[1988]]. Esta campanha também terve como alvo os [[shabaks]] e [[yazidi]]s (tanto da étnia curda), [[assírios]] e os [[turcomanos iraquianos]], e muitas aldeias pertencentes a estes [[grupos étnicos]] também foram destruídas.
 
== Resumo ==
 
[[Image:Halabja1.jpg|250px|thumb|Foto tirada após o [[ataque com gás venenoso em Halabja]] (18 de março de 1988)]]
A campanha de Anfal começou em 1986 e durou até 1989, e foi dirigida por Ali Hassan al-Majid (um primo do então líder iraquiano Saddam Hussein, da cidade natal de Saddam, [[Tikrit]]). A campanha de Anfal incluiu o uso de ofensivas terrestres, bombardeios, destruição sistemática de povoados, deportações em massa, pelotões de fuzilamento e, [[guerra química]], o que valeu o apelido de al-Majid, de "Ali Químico".
 
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== Arabização ==
[[Image:Halabja1.jpg|250px|thumb|esquerda|Foto tirada após o [[ataque com gás venenoso em Halabja]] (18 de março de 1988)]]
A "[[Arabização]]", outro elemento importante de Al-Anfal, foi uma tática usada pelo regime de Saddam Hussein que obrigou centenas de milhares de famílias curdas e assírias, <ref>[http://hrw.org/reports/1993/iraqanfal/ANFAL11.htm 11<!-- Bot generated title -->]</ref><ref>[http://www.parliament.nsw.gov.au/prod/PARLMENT/hansArt.nsf/V3Key/LC19930914036 Assyrian Oppression - 14 September 1993 - ADJ - NSW Parliament<!-- Bot generated title -->]</ref><ref>[http://www.publications.parliament.uk/pa/cm200203/cmselect/cmintdev/444/444ap06.htm House of Commons - International Development - Appendices to the Minutes of Evidence<!-- Bot generated title -->]</ref><ref>[http://www.puk.org/web/htm/news/knwsline/nws/16nov02.html IDPs and Ethnic Cleansing Conference<!-- Bot generated title -->]</ref> a retirarem de suas casas em [[Kirkuk]], após uma revolta curda, e deu as suas casas para os trabalhadores árabes dos campos de petróleo, bem como a outras pessoas não-curdas que Saddam deslocou do sul do Iraque para a cidade; assim, as populações pró-rebeldes retirarem-se de suas casas nas vilas e cidades como Kirkuk, que estão nas áreas dos valiosos campo de petróleo, e foram recolocados em partes do sul do Iraque. .<ref>Middle East Watch. Genocide in Iraq, the Anfal Campgain Against the Kurds, Human Rights Watch, 1993, p. 36</ref> A campanha utilizou pesada redistribuição populacional, principalmente em Kirkuk. O regime Ba'athista de Saddam construiu várias instalações de habitação pública em Kirkuk como parte de sua "arabização", deslocando árabes pobres de regiões do sul do Iraque a Kirkuk com a atração de habitação de baixo custo. Esta campanha violenta de arabização era uma tentativa de transformar a cidade historicamente multi-étnica de Kirkuk, em uma cidade árabe. Famílias curdas ficaram sem casas depois de terem sido expulsas à força por soldados iraquianos de Saddam, e, portanto, tiveram que migrar para [[campos de refugiados]]. Após a queda do regime de Saddam Hussein, muitas famílias curdas voltaram a Kirkuk.