Sociedade para as Missões Estrangeiras de Paris: diferenças entre revisões

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{{quote|"''Não actue com [[zelo]], não apresente argumentos para convencer essas pessoas a mudar os seus [[rito]]s, os seus costumes e os seus usos, excepto se forem manifestamente contrários à religião e à moral católicas. O que seria mais absurdo do que trazer a [[França]], a [[Espanha]], a [[Itália]] ou qualquer outro país europeu para os chineses? Não lhes tragam os nossos países, mas sim tragam-lhes a [[catolicismo|Fé]], a Fé que não rejeita ou fere os ritos, nem os usos de qualquer pessoa, desde que estas não são de mau gosto, mas que ao invés mantém e protege-os.''" <ref>''Missions étrangères de Paris. 350 ans au service du Christ'', [[2008]], Editeurs Malesherbes Publications, [[Paris]] ISBN 9782916828107; pág. 5.</ref><ref>''Les Missions Etrangères. Trois siecles et demi d'histoire et d'aventure en Asie'', Editions Perrin, 2008, ISBN 9782262025717; pág. 77-78</ref>}}
Os dois fundadores da Sociedade, os [[padre]]s [[França|franceses]] [[Pierre Lambert de La Motte]] ([[1624]] - [[1679]]) e [[François Pallu]] ([[1626]] - [[1684]]), foram respectivamente nomeados vigários apostólicos da [[Cochinchina]] e do [[Tonkin]] pelo [[Papa Alexandre VII]], em [[1658]]. Estas nomeações entraram em directo confronto com o [[Padroado português]], que naquela altura era o principal responsável pela evangelização da Ásia e do [[Extremo Oriente]] (excepto as [[Filipinas]]).

No [[Vietnam]], o Bispo Lambert de la Motte fundou a [[Congregação das Irmãs Amantes da Santa Cruz]], com freiras indígenas, para juntar forças com os seus missionários na evangelização do [[Sudeste Asiático]]. Em [[1663]], a Sociedade inaugurou um seminário para a formação do clero missionário na ''Rue du Bac'', em Paris: a fundação foi aprovada pela [[Santa Sé]] em [[11 de Agosto]] de [[1664]].
 
No [[século XIX]], as perseguições locais a missionários da Sociedade foram muitas vezes um pretexto para a intervenção militar francesa na Ásia, como por exemplo no [[Vietnam]] e na [[China]], porque a França prometeu proteger a Sociedade. Na China, o assassinato do Padre Auguste Chapdelaine tornou-se no ''[[casus belli]]'' para a participação francesa na [[Segunda Guerra do Ópio]], em [[1856]]. Na [[Coréia]], as perseguições foram usadas para justificar a campanha francesa de 1866 contra a Coreia.<ref>''Missions étrangères de Paris. 350 ans au service du Christ'', [[2008]], Editeurs Malesherbes Publications, [[Paris]] ISBN 9782916828107; pág. 5</ref>