Metropolitan Opera: diferenças entre revisões

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== História da companhia ==
===Primeiros Anos===
O Metropolitan Opera Association foi fundado em 1880 como uma alternativa para a Academia de Música. A Academia representava o mais alto círculo social na sociedade de Nova Iorque e os seus diretores não admitiam membros de novas famílias opulentas dentro do seu círculo. O grupo inicial de assinantes incluiu as famílias Morgan, Roosevelt, Astor e Vanderbilt. A criação destes, o Metropolitan Opera, em muito superou a Academia. Henry Abbey foi o administrador da temporada inicial, de 1883 até 1884, abrindo com uma performance de [[Faust (ópera)|Faust]] de [[Charles Gounod]], dia 22 de outubro de 1883, com a brilhante [[soprano]] sueca [[Christina Nilsson]] no papel principal. Faust foi apresentado em italiano, como todas as óperas na primeira temporada, incluíndo as óperas escritas em francês e alemão.
 
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Começando em 1898 a compania de cantores do Metropolitan Opera saia em turnê americana anual de seis semanas após a temporada em [[Nova Iorque]]. Essas turnês foram canceladas em 1986, após 88 anos, por causa de perdas financeiras. Em 1906, em uma dessas turnês, produções do Met foram severamente danificadas devido ao grande terremoto de São Francisco, ocasião em que alguns dos maiores artistas da época, como [[Enrico Caruso]] e [[Olive Fremstad]], estavam presentes. Fremstad, inclusive, saiu às ruas destruídas da cidade distribuindo flores para a população inconsolável.
 
===Início do Século XX===
No início da década de 1900, o público viu o desenvolvimento do repertório italiano, alemão e francês, com os artistas do elenco do Met. Essa divisão de artistas da companhia desapareceu após a [[Segunda Guerra Mundial]], quando artistas solo passaram menos tempo engajados com alguma companhia de ópera.
 
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A administração de Heinrich Conried, entre 1903 e 1908, a qual viu a chegada do [[tenor]] [[Enrico Caruso]], inquestionavelmente o mais célebre cantor que já apareceu no Velho Metropolitan, foi seguida do reinado de 25 anos (1908-1935), de Giulio Gatti-Casazza, cujo planejamento modelo, habilidades gerenciais e formação de elencos brilhantes elevaram o nível do Metropolitan Opera a uma prolongada e inesquecível Era de Prata. Novamente, os maiores cantores e maestros apareceram no Met. O proeminente advogado e jurista Paul Cravath tornou-se Diretor do Met em 1931<ref>[http://www.time.com/time/magazine/article/0,9171,795074,00.html "Milestones, July 8, 1940"], ''[[Time (magazine)|Time]]''</ref>.
 
Os grandes cantores que apareceram no Met, durante a liderança de Gatti-Casazza incluem: [[Rosa Ponselle]], [[Elisabeth Rethberg]], [[Maria Jeritza]], [[Frances Alda]], [[Frida Leider]], [[Amelita Galli-Curci]], [[Lily Pons]], [[Jacques Urlus]], [[Giovanni Martinelli]], [[Beniamino Gigli]], [[Giacomo Lauri-Volpi]], [[Lauritz Melchior]], [[Titta Ruffo]], [[Giuseppe De Luca]], [[Pasquale Amato]], [[Lawrence Tibbett]], [[Friedrich Schorr]], [[Feodor Chaliapin]], Jose Mardones, [[Tancredi Pasero]] e [[Ezio Pinza]], entre muitos outros. Nessa época, [[Arturo Toscanini]] e [[Gustav Mahler]] foram os maestros regulares do Met.
O grande tenor canadense, [[Edward Johnson]], foi o gerente geral entre 1935 and 1950, guiando com sucesso a companhia pelos anos da [[Grande Depressão]] e da [[Segunda Guerra Mundial]]. [[Zinka Milanov]], [[Jussi Björling]], [[Richard Tucker]] e [[Robert Merrill]] tiveram sua estréia no Met durante a gestão dele. [[Sir Thomas Beecham]], [[George Szell]] e [[Bruno Walter]] estão entre os grandes maestros da era de Johnson.
 
O grande tenor canadense, [[Edward Johnson]], foi o gerente geral entre 1935 and 1950, guiando com sucesso a companhia pelos anos da [[Grande Depressão]] e da [[Segunda Guerra Mundial]]. Mas o número de cantores renomados reduziu a metade, pelo efeito da guerra e da crise. Entretanto, [[Zinka Milanov]], [[Jussi Björling]], [[Richard Tucker]] e [[Robert Merrill]] tiveram sua estréia no Met durante a gestão dele.de Johnson, enquanto [[Kirsten Flagstad]] tornou-se a soprano [[Richard Wagner|Wagneriana]] dominante da época. Sir [[Thomas Beecham]], [[George Szell]] e [[Bruno Walter]] estão entre os grandes maestros[[maestro]]s da era de Johnson.
Um aristocrático austríaco naturalizado inglês, [[Sir Rudolf Bing]], foi o gerente geral entre 1950 e 1972 . Bing modernizou a administração da companhia extinguiu um sistema arcaico de venda de ingressos, e extinguiu as apresentações de uma noite em Philadelphia. Ele presidiu em uma era de grande canto e produções glamorosas, e guiou a mudança da companhia para uma nova sede no Lincoln Center. Entre os muitos renomados artistas que Sir Rudolf introduziu nas platéias de Nova Iorque estavam [[Maria Callas]], [[Birgit Nilsson]], [[Renata Tebaldi]], [[Joan Sutherland]], [[Elisabeth Schwarzkopf]], [[Luciano Pavarotti]], [[Victoria de los Ángeles]], [[Montserrat Caballé]], [[Mario del Monaco]], [[Franco Corelli]], [[Carlo Bergonzi]], [[Nicolai Gedda]], [[Jon Vickers]], [[Giorgio Tozzi]] and [[Cesare Siepi]]. Os críticos de Bing reclamavam da falta de grandes regências durante a sua gestão, porém ele ofereceu maestros excelentes tais como [[Fritz Stiedry]], [[Dimitri Mitropoulos]], [[Pierre Monteux]], [[Erich Leinsdorf]], [[Fritz Reiner]], [[Karl Böhm]] e [[Herbert von Karajan]].
 
===Era Bing===
Um aristocrático austríaco naturalizado inglês, Sir Rudolf Bing, foi o gerente geral entre 1950 e 1972, sucedendo Jonhson. Ele tornou-se um dos mais influentes e reformistas do Met. Bing modernizou a administração da companhia extinguiu um sistema arcaico de venda de ingressos, e extinguiu as apresentações de uma noite em [[Filadélfia]]. Ele presidiu em uma era de grande canto e produções glamourosas, e guiou a mudança da companhia para uma nova sede no [[Lincoln Center]]. Mesmo com a estreia de muitos cantores proeminentes no Met, durante a era Bing, muitos críticos musicais reclamaram da falta de grandes conduções, durante seu regime, entretanto, alguns dos maestros proeminentes que passaram pelo Met foram [[Fritz Stiedry]], [[Dimitri Mitropoulos]], [[Erich Leinsdorf]], [[Fritz Reiner]], [[Herbert von Karajan]], [[Pierre Monteux]], e [[Karl Böhm]], apareceram frequentemente entre a década de 1950 e 1960.
 
Entre as realizações da gestão de Bing foi a integração do elenco artístico do Met. A estreia história de [[Marian Anderson]] em 1955, seguida da introdução de notáveis artistas afro-americanas, comandadas por [[Leontyne Price]] (que inaugurou a nova casa, no [[Lincoln Center]]), [[Grace Bumbry]], [[Shirley Verrett]], [[George Shirley]], entre outros. Uma série de cantores celebrados apresentaram-se no palco do Met durante o mandato de Bing, inclusive: [[Maria Callas]], [[Birgit Nilsson]], [[Renata Tebaldi]], [[Joan Sutherland]], [[Elisabeth Schwarzkopf]], [[Luciano Pavarotti]], [[Victoria de los Ángeles]], [[Montserrat Caballé]], [[Mario del Monaco]], [[Franco Corelli]], [[Carlo Bergonzi]], [[Nicolai Gedda]], [[Jon Vickers]], [[Giorgio Tozzi]] e [[Cesare Siepi]].
 
Entre os sucessos da gestão de Bing está a integração do rol artístico do Met. A histórica estréia de [[Marian Anderson]] em 1955 foi seguida pela introdução de toda uma geração de excelentes cantores afro-americanos liderada por [[Leontyne Price]], [[Grace Bumbry]], [[George Shirley]], e muitos outros. Em 1966, o antigo Metropolitan Opera deu lugar à nova casa de Ópera no Lincoln Center, cuja estréia se deu com a estréia de Anthony and Cleopatra, de [[Samuel Barber]], estrelando Leontyne Price.