Crime: diferenças entre revisões

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=== Interpretação ===
Primeiro é preciso ter em conta porque razão é que apenas a causa ou autoria é que é culpa e crime punível. Ora, não se conhece a causa da vida, mas conhece-se que a vida é a capacidade de idealização, seguida da capacidade de realização, transformação (período evolucionista) e finalmente a utilização. Assim, sem idealização não há nenhuma vida ou factos. E todos os factos que forem determinados por uma idealização realizada (porque a realização é a fase seguinte da ideia) são apenas as vítimas (pessoas e bens). Mesmo que uma vítima, depois de ser provocada, haja de forma imprópria ou negligente, não tem qualquer culpa, excepto se estiver a cumprir uma ordem, pois bem sabe se ela é um crime ou não. No mesmo sentido, é crime e culpa salvar a própria vida matando outra pessoa em qualquer circunstância, mesmo com consentimento, excepto se, quem tiver em melhor posição de decidir e/ou realizar, promover uma necessidade maior de retrair a dor ou custo superveniente. Por exemplo, se, comfor consentimento, se abandona ou mataabandonada uma pessoa para salvar duas crianças ou, outro exemplo, uma prova científica essencial ao Mundo, o custo superveniente seria maior. Mas quando, para salvar as crianças fosse necessário matar ou criar esse efeito, mesmo existindo consentimento do prejudicado, existe de igual forma um crime ilegal porque há um preço sombra na altura do acto; é que o fundamento da vida e da lei jamais se revê no privilégio e no prejuízo decidido por outrem, em razão de que nenhuma circunstancia fundamenta a falta de igualitariedade. Pelo que, deixar acontecer quando é impossível não acontecer, é uma das escassas formas de actuar sem pecado.
 
O termo '''crime''' designa abstractamente tudo aquilo que promove e executa o primeiro acto repreensível de todos os actos de um determinado caso, com dano material ou moral antecedente a todos os actos seguintes (a chamada autoria), seja uma pretensa lei, uma necessidade, uma pretensão, uma ordem, uma omissão de dever, uma cultura, um estereótipo, uma ideologia, uma religião, (…). A execução de um acto repreensível não é crime à partida ou por si só (isoladamente), excepto se existir nexo de causalidade com o autor moral, caso em que há cumplicidade ou execução pelo próprio autor. A prática de uma ordem como crime é uma das maiores astúcias dos cúmplices dos autores, nomeadamente no funcionalismo público e nas guerras, querendo estes desculpar-se de ter cometido uma ordem superior. Na verdade a prática de uma ordem, a sua autoria ou simplesmente a sua ordenação, é um crime maior quando objectivamente conter algum dos seus elementos constitutivos por mais simples que eles sejam. Portanto, em primeiro lugar é crime o acto que causou o facto ou que causou outros actos repreensíveis ou não-repreensíveis em sequência. Não é o acto em si mas sim o acto que o terá gerado. Se o agente é o autor e o executor do acto, o crime não tem sequência, mas sendo o autor vítima de retaliação, por qualquer meio, a retaliação nunca é crime mas um direito essencial por ser legítima defesa ou estado de necessidade.