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==Reprodução==
Durante oboa invernoparte do ano, as dáfnias reproduzem-se por [[partenogénese]] (os recursos diminuem e os predadores aumentam), sendo a sua população composta maioritariamente ou exclusivamente por [[fêmea]]s. NoQuando fimas docondições inverno,ambientais comtornam-se odesfavoráveis aumento(por dasexemplo, temperaturasfalta recorremde aalimento, reproduçaocongelamento sexuadaou eseca asdo combinaçõescorpo geneticasd'água), estao semprepassam a mudar,reproduzir-se sexuadamente; parte osdos [[ovo]]s que se estavam a desenvolver dão origem a dáfnias [[macho]]s, que possuemutilizam umaas ouprimeiras duasantenas [[gónada]]se juntoganchos do [[ânus]],primeiro quepar sede podem transformar num órgão copulatório quando estes utilizam as segundas antenaspatas para agarrar a fêmea. eA introduzir o seu órgão copulador na gónadapartir da fêmea à qual vão fecundarfecundação, assimformam-se sendoovos osde machosresistência cumprem(às ovezes seuchamados deverovos genetico.de A partir destainverno), formam-seque ovospermanecem dedormentes invernoaté que se são produzidos quandoreunam as condições denecessárias desenvolvimentopara sãose desfavoráveis,desenvolverem; àsestima-se quais os ovosque resistem durante um máximo de vinte anos até que se reunam as condições necessárias para se desenvolverem). Tal capacidade deve-se ao facto de possuírem uma camada protectora constituída pelos restos da cavidade incubadora das suas progenitoras e que se denomina ''ephippium''. Podem flutuar, ser transportadas, congeladas e até digeridos sem sofrerem danos porque a ephippium é resistente a [[enzima]]s digestivas.
 
Ao longo do seu crescimento, as dáfnias vão perdendo várias vezes o seu [[exoesqueleto]], em um processo normal e similar à mudança de pele em alguns [[réptil|répteis]]. Este processo denomina-se muda ou [[ecdise]].
 
Alimentam-se da mesma forma que as [[baleia]]s filtradoras, filtrando o alimento da água que passa pelo seu tubo digestivo. As suas pernas, teracópodes ou [[apêndice (biologia)|apêndices]] articulados, estão especializados para a [[alimentação]]. eAs [[locomoção]].partículas Ode primeiroalimento esão oretidas segundonas parmuitas decerdas apêndicesfiltradoras retêmdos astoracópodes partículas3 dee 4, recolhidas no maiorsulco dimensãoventral e quedepois oimpulsionadas serpara nãofrente podeaté absorver,a boca pelas enquantopróprias quepatas; os outrostoracópodes pares1 dee apêndices2 impulsionamparecem ater águafunção parade queseleção estade possaalimento, entrarrejeitando pelapartículas suamuito bocagrandes levandoou consigo onão alimentoaceitáveis.
 
Devido ao facto destes animais terem um exoesqueleto transparente, é possível observar ao microscópio todas as partes que o constituem, desde o coração a bater até ao desenvolvimento embrionário na sua cavidade incubadora.
 
A sua esperança de vida não excede um ano. Dependendo das temperaturas, um indivíduo pode sobreviver 108 dias a temperaturas de 3º[[Celsius|C]] e sobreviver apenas 29 dias a temperaturas de 28°C. Em zonas tropicais, o tempo de vida é menor, estimado em pouco mais de um mês. No inverno existem excepções; a população fica muito limitada, mas várias fêmeas sobrevivem até cerca de seis meses, tendo um crescimento lento mas atingindo maiores proporções que as fêmeas que se desenvolvem normalmente.
 
Os organismos do gênero ''Daphnia'', chamados microcrustáceos, são amplamente sensíveis a mudanças em seu ambiente aquático, principalmente causadas por ação de xenobióticos. Atualmente esses organismos são utilizados em [[bioensaio]]s, ou seja, testes que usam organismos vivos na avaliação de toxicidade em áreas afetadas por efluentes industriais e domésticos, agricultura e locais próximos a portos (exemplo: Porto de Santos, Porto de Paranaguá), desde que sejam água doce. E, devido à sua sensibilidade, as Daphnias são usadas para realizar esses [[bioensaio]]s e essa é uma área importante da [[Biologia]] chamada [[Ecotoxicologia| Ecotoxicologia aquática]].