Diário de Notícias (Porto Alegre): diferenças entre revisões

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'''''Diário de Notícias''''' foi um [[jornal]] [[brasileiro]] de [[Porto Alegre]].
 
O '''''Diário de Notícias''''' foi fundado em [[1º de março]] de [[1925]], sob a direção de [[Francisco de Leonardo Truda]], [[Raul Pilla]], [[Adroaldo Mesquita da Costa]], [[João Pedro Moura]] e outros. Foi comprado em [[1930]] por [[Assis Chateaubriand]], quando passou a fazer parte da construção do império dos [[Diários Associados]]. Foi um dos mais importantes jornais do [[Rio Grande do Sul]]. Em Porto Alegre trabalhava acompanhado da [[TV Piratini]] (pioneira no estado), [[Rádio Farroupilha]], e [[Revista Campo]].
 
A trajetória do ''Diário de Notícias'' está diretamente relacionada com a história política do estado e do país. Durante sua existência competiu diretamente com o ''[[Correio do Povo]]'' (tido como mais conservador) pelo mercado de jornais no estado, tendo superado sua tiragem em algumas ocasiões. Tinha tamanho (formato) ''standard'' e já no primeiro número apresentou uma diagramação mais dinâmica do que a dos concorrentes. Com sua relativa agilidade, produziu muitos furos de reportagem.
 
O ''Diário'', como era chamado informalmente, foi impulsionador do movimento literário modernista no sul do país, divulgador da [[Revolução de 1930]], inovador em soluções gráficas e um dos principais formadores de jornalistas de sua época em sua área de abrangência. Beneficiou-se do fornecimento de imagens da [[Agência Meridional de Notícias]], criada no [[Rio de Janeiro]] em 1931 por [[Assis Chateaubriand]], a primeira do Brasil. Assim, o ''Diário'' passaria a ter maior agilidade na divulgação das notícias. Seu principal executivo foi o jornalista [[Ernesto Corrêa]] (pai do também jornalista Fernando Ernesto Corrêa), atuando em sua direção durante 43 anos. Uma quantidade muito grande de jornalistas de destaque passou por suas redações, além de importantes colaboradores. Entre seus diagramadores destacou-se [[Nelson Boeira Fäedrich]]. O jornal também ofereceu em suas páginas o primeiro crítico de arte profissional do estado, [[Ângelo Guido]].
 
Em [[1954]] foi depredado e incendiado em uma manifestação popular, quando do [[suicídio]] de [[Getúlio Vargas]], depois que a população local vinculou o suicídio à campanha da imprensa. <ref>[http://books.google.com/books?id=NAMT9iUTc-wC&dq TORRES, Andréa Sanhudo. Imprensa: política e cidadania, EDIPUCRS, 1999, 251 pp. ISBN 8574300500, ISBN 9788574300504.]</ref> Isto levou ao início de uma gradual [[decadência]], que culminou no seu fechamento em dezembro de [[1979]].
 
Em 1955, o ''Diário de Notícias'' criou e realizou a [[Feira do Livro de Porto Alegre]], uma idéia de [[Say Marques]] (à imagem de uma feira vista na [[Cinelândia]], [[Rio de Janeiro]]), em associação com [[Henrique Bertaso]] (representado os livreiros e editores), aberta no dia 17 de novembro na Praça da Alfândega. A Feira foi um sucesso, permanecendo no calendário cultural anual de Porto Alegre como um de seus eventos mais importantes.
 
Apesar de sua história de superação de inúmeras crises, a morte de [[Chateaubriand]] em 1968 teve um impacto irreversível. Seu último exemplar circulou em 30 de dezembro de 1979.
 
 
=={{Ver também}}==
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* [http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp020582.pdf SOSA, Derocina Alves Campos. A História Política do Brasil (1930-1946) sob a ótica da imprensa gaúcha. Dissertação de Mestrado, PUCRS, Porto Alegre, 2005. Edição Eletrônica.]
* FRANCO, Sérgio da Costa. ''Guia Histórico de Porto Alegre (4a. ed.)''. Porto Alegre: Editora da Universidade ([[UFRGS]]), 2006.
 
 
{{Diários Associados}}
 
 
 
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