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[[Imagem:Leque_1840_1850.jpg|thumb|left|Leque de 1845]]
 
A armação do leque apresenta duas partes, uma interna e outra externa e é formada de varetas, sendo que as externas tem o nome de varetas mestras, e a da frente, a principal. As varetas mestras são geralmente mais ornamentadas do que as simples, em muitas vezes apresentam as iniciais da dona do leque. No “leque"leque indiscreto”indiscreto", eram colocados pequenos espelhos que permitiam as damas ver a movimentação ao seu redor, sem serem vistas. A “folha”"folha" é a parte mais decorada do leque que podia ser feita com pinturas sobre tecido, papel, pergaminho, rendas, seda, etc, sendo geralmente ornamentadas com pinturas ou bordados com lantejoulas metálicas ou mesmo com fios de ouro ou prata.
 
É neste contexto de luxo e sedução, que no século XIX toma força a “Linguagem"Linguagem do Leque” originaria provavelmente no século XVIII nas cortes francesasLeque". Esta era um complicado sistema de posições e gesticulações que possibilitavam as damas se comunicar e flertar.
A armação do leque apresenta duas partes, uma interna e outra externa e é formada de varetas, sendo que as externas tem o nome de varetas mestras, e a da frente, a principal. As varetas mestras são geralmente mais ornamentadas do que as simples, em muitas vezes apresentam as iniciais da dona do leque. No “leque indiscreto” eram colocados pequenos espelhos que permitiam as damas ver a movimentação ao seu redor, sem serem vistas. A “folha” é a parte mais decorada do leque que podia ser feita com pinturas sobre tecido, papel, pergaminho, rendas, seda, etc, sendo geralmente ornamentadas com pinturas ou bordados com lantejoulas metálicas ou mesmo com fios de ouro ou prata.
 
Desde meados do século XVIII, a França foi a principal fabricante de leques e adereços de luxo. Com o desgaste ocasionado pela Revolução Francesa na produção deste tipo de produto, entraentram no mercado, importadoimportados pela Inglaterra, os leques orientais. Estes eram confeccionados em charão, sândalo ou marfim trazeme traziam geralmente estampas de caráter bucólico e cenas de vida cotidiana. Após a ascensão de Napoleão Bonaparte ao trono francês, a vida na corte toma outros rumos e a produção dos artefatos de luxo revigoramrevigora-se. Neste período os leques, bem como a moda por completo, inspiram-se nos ideais clássicos, sendo com cenas de faunos e bacantes, e nos modelos napoleônicos.
É neste contexto de luxo e sedução, que no século XIX toma força a “Linguagem do Leque” originaria provavelmente no século XVIII nas cortes francesas. Esta era um complicado sistema de posições e gesticulações que possibilitavam as damas se comunicar e flertar.
 
Desde meados do século XVIII a França foi principal fabricante de leques e adereços de luxo. Com o desgaste ocasionado pela Revolução Francesa na produção deste tipo de produto, entra no mercado, importado pela Inglaterra os leques orientais. Estes confeccionados em charão, sândalo ou marfim trazem geralmente estampas de caráter bucólico e cenas de vida cotidiana. Após a ascensão de Napoleão Bonaparte ao trono francês, a vida na corte toma outros rumos e a produção dos artefatos de luxo revigoram-se. Neste período os leques, bem como a moda por completo, inspiram-se nos ideais clássicos, sendo com cenas de faunos e bacantes, e nos modelos napoleônicos.
 
[[Ficheiro:Hand_fan_1815_1820.jpg‎|thumb|Leque de 1815 a 1820]]
 
Com a queda de Napoleão e, a restauração do governo da França nas mãos da monarquia e as mudanças realizadas na moda entre 1820 e 1830 com o aumento das saias e das mangas, o leque acompanha esta evolução duplicando seu tamanho anterior, passando de 15 para 30 centímetros. Com a indústria do luxo consolidada, a produção francesa gera raridaderaridades como leques em prata dourada, além de desenvolver maquinasmáquinas de perfuração e gravação em osso e marfim. Nas décadas de 1830 e 1840, o leque manteve seu tamanho variando entre os 30 e 29 centímetros. A folha ou panache ainda era feita de papel, ricamente decorado com aquarelas ou litogravuras por vezes pintadas e guarnecidas de prata dando assim um efeito todo especial ao desenho ilustrado.
 
Por volta de 1845, os leques, antes finos e longos, ganham mais forma nas varetas. Esta mudança deve-se ao primeiros lequeleques “Mandarim”"Mandarim" trazidos pelas casas de impostação inglesas de suas colônias na China.
 
Em 1850, a evolução antes descrita já se mostra forte nas oficinas dos melhores Eventelistes da Europa. Um formado mais oval é adotado e muito aceito. Esta vareta de formato modificado iria alongar-se quase fazendo desaparecer a folha do leque, mas em 1855 em diante, a folha voltaria com força total.
 
Entre 1860 e 1870, os leques ganham decoração diferenciada nas folhas, que são agora, feitas de tafettá[[tafetá]] duplo com um forro de papel jornal liso e fino, que dá maior estabilidade ao tecido e alonga a durabilidade da peça. É neste período que também aparecem os primeiros leques com características inovadoras, como os leques de plumas, de penas exóticas, de rendas, de casco de tartaruga, entre outros.
 
De 1870 a 1890 as variações na estrutura dos leques não são significativas, e apenas ocorrem mudanças no tamanho, que acompanha a evolução das mangas Mutton, em meados de 1895 e 1896. Nos anos seguintes, numanum movimento inverso, o leque acompanha a moda e o estancar dos vestidos entre 1887 e 1900.
 
== Evolução da estrutura==