Nebulosa do Caranguejo: diferenças entre revisões

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Os pulsares são fontes de [[radiação eletromagnética]] intensa, emitida em pulsos curtos e extremamente regulares, muitas vezes por segundo. Eram um grande mistério quando foram descobertos em 1967, e a equipe que identificou o primeiro pulsar considerou a possibilidade de que o objeto poderia ser um sinal de uma civilização avançada.<ref>{{citar jornal|língua=Inglês |ultimo=Del Puerto |primeiro=C. |ano=2005|título=Pulsars nas manchetes |jornal=EAS Publications Series|volume=16 |páginas=115–119 |doi=10.1051/eas:2005070}}</ref> No entanto, a descoberta de uma fonte de rádio pulsante no centro da Nebulosa do Caranguejo foi uma forte evidência de que os pulsares eram formadas por explosões de supernovas. Os pulsares são atualmente entendidos como [[estrela de nêutron|estrelas de nêutrons]], cujo intenso campo magnético concentra suas emissões de radiação em feixes estreitos.
 
Acredita-se que o pulsar do Caranguejo tenha cerca de 28 a 30 km de diâmetro.<ref name="Bejgeretal2002">{{citar jornal|língua=Inglês |ultimo1=Bejger |primeiro1=M. |ultimo2=Haensel |primeiro2=P. |ano=2002 |título=Momento de inércia para estrelas de nêutron e estrelas estranhas: Limites derivadas para a Nebulosa do Caranguejo |journal=[[Astronomy and Astrophysics]] |volume=396 |volume= |páginas=917–921 |doi=10.1051/0004-6361:20021241}}</ref> O pulsar emite pulsos de radiação a cada 33 [[milissegundo]]s,<ref>{{citar jornal|língua=Inglês |ultimo=Harnden |primeiro=F. R. |ultimo2=Seward |primeiro2=F. D. |ano=1984 |título=Observações de Einstein do pulsar da Nebulosa do Caranguejo|jornal=[[Astrophysical Journal]] |volume=283 |volume= |páginas=279–285 |doi=10.1086/162304}}</ref> e os pulsos são emitidos em [[comprimento de onda|comprimentos de onda]] que abrangem praticamente todo o [[espectro eletromagnético]], desde as ondas de rádio aos raios gama. Como todos os pulsares isolados, o seu período de rotação está diminuindo gradualmente. Ocasionalmente, o seu período de rotação mostra mudanças bruscas, conhecidas como "falhas", que se acredita ser causadas por um realinhamento repentino dentro da estrela de nêutrons. A energia liberada quando o pulsar desacelera é enorme, e causa a emissão da [[radiação síncrotron]] da Nebulosa do Caranguejo, que tem uma [[luminosidade]] total cerca de 75 000 vezes maior que a do Sol.<ref>{{citar livro |ultimo=Kaufmann |primeiro=W. J. |ano=1996 |edição=4th |título=Universe |página=428 |editora=[[W. H. Freeman and Company]] |isbn=0-7167-2379-4}}</ref>
 
O fluxo extremo de energia do pulsar cria uma região incomumente dinâmica no centro da Nebulosa do Caranguejo. Enquanto a maioria dos objetos astronômicos evolui tão lentamente que mudanças somente são visíveis em escalas de tempo de muitos anos, as partes internas da nebulosa mostram mudanças em escalas de tempo de apenas alguns dias.<ref>{{citar jornal|língua=Inglês |ultimo=Hester |primeiro=J. J. |ultimo2=Scowen |primeiro2=P. A. |ultimo3=Sankrit |primeiro3=R. |ultimo4=Michel |primeiro4=F. C. |ultimo5=Graham |primeiro5=J. R. |ultimo6=Watson |primeiro6=A. |ultimo7=Gallagher |primeiro7=J. S. |ano=1996 |título=A estrutura dinâmica extrema do interior da Nebulosa do Caranguejo |jornal=[[Bulletin of the American Astronomical Society]] |volume=28 |volume=2 |página=950 |bibcode=1996BAAS...28..950H}}</ref> A característica mais dinâmica na parte interior da nebulosa é o ponto onde o vento equatorial do pulsar encontra-se com o volume da nebulosa, formando uma [[onda de choque]]. A forma e a posição desta característica muda rapidamente, com o vento equatorial aparecendo como uma série de manchas que se concentram, brilham, em seguida, desaparecem à medida que se afastam do pulsar para longe do corpo principal da nebulosa.