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O '''multiplicador fiscal''' é a razão de uma variação na [[renda nacional]] ocasionada por uma alteração nos [[Responsabilidade fiscal|gastos governamentais]] que ela provoca. Mais genericamente, os gastos exógenos ao multiplicador são a razão de uma mudança na renda nacional em relação a qualquer mudança nos gastos autônomos (as despesas de investimento privado, gastos do consumidor, gastos do governo, ou gastos de estrangeiros sobre as exportações do país) que ela provoca
No entanto, multiplicadores com valores inferiores a um são medidos empiricamente, e sugerem que certos tipos de gastos do governo, investimentos privados ou gastos dos consumidores podem gerar inflação. Pode ocorrer porque o primeiro aumento nos gastos pode provocar um aumento nas taxas de juros ou no nível de preços, causando uma queda na renda real das pessoas.
A existência de um efeito multiplicador foi proposto inicialmente por Richard Kahn, em 1930<ref>{{cite book |last1=Snowdon |first1=Brian |first2=Howard R. |last2=Vane |title=Modern macroeconomics: its origins, development and current state |publisher=Edward Elgar |year=2005 |isbn=978-1-84542-208-0 |page=61}}</ref>, e é particularmente associada com a [[Escola keynesiana|economia keynesiana]]. Algumas outras escolas de pensamento econômico rejeitam ou minimizam a importância dos efeitos multiplicadores (fiscais e [[Multiplicador bancário|monetários]]), nomeadamente em termos de longo prazo. O multiplicador fiscal foi usado como argumento justificativo de alívio fiscal para estimular a demanda agregada
== Dispêndio governamental==
O outro aspecto importante do multiplicador, é que na medida em que os [[gasto]]s do governo geram consumo, também, de forma similar, geram "novas" receitas fiscais
=== Crises Econômicas ===
Os consumidores aplicam as proporções de seus gastos em bens e [[poupança]], em função da [[renda]]. Quanto maior a renda, maior a porcentagem desta é poupada. Assim, se a renda agregada aumenta em função do aumento do [[emprego]], a taxa de poupança aumenta simultaneamente; e como a taxa de acumulação de capital aumenta, a [[produtividade marginal]] do capital reduz-se, e o investimento é reduzido, já que o lucro é proporcional à produtividade marginal do capital. Então ocorre um excesso de poupança, em relação ao [[investimento]], o que faz com que a [[demanda]] (procura) efetiva fique abaixo da oferta e assim o emprego se reduza para um ponto de equilíbrio em que a poupança e o investimento fiquem iguais. Esse equilíbrio pode significar a ocorrência de desemprego involuntário em economias avançadas (onde a quantidade de capital acumulado seja grande e sua produtividade seja pequena)
Segundo a teoria de [[Keynes]], o Estado deveria intervir na fase recessiva dos ciclos econômicos com sua capacidade de imprimir [[moeda]] para aumentar a procura efetiva através de [[déficit]]s do orçamento do Estado e assim manter o pleno emprego
== Aplicação ==
O multiplicador fiscal é uma ferramenta usada pelo governo para tentar estimular a [[demanda agregada]]. Isso pode ser feito em um período de [[recessão]] ou incerteza econômica. O dinheiro investido pelo governo gera mais empregos, o que significará mais gastos e assim por diante
A idéia é que um aumento líquido do rendimento disponível em toda a economia gere um acréscimo maior do que o investimento inicial. Quando é esse o caso, o governo pode aumentar o [[produto interno bruto]] de forma que ele seja maior que o montante gasto inicialmente em relação ao montante da arrecadação em impostos.
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O diferencial está na forma em que é conduzida a [[política fiscal]]. O estímulo fiscal líquido pode ser acrescido pelo aumento das despesas acima do nível das receitas fiscais, redução de impostos abaixo do nível de gastos do governo, ou qualquer combinação dos dois, que resulta em menos [[Imposto|tributos governamentais]].
O déficit resultante deve ser financiado pelas [[Reservas internacionais|reservas]] do governo, financimento da dívida governamental, por meio da venda de [[Título público|títulos da dívida pública]] ou o incentivo ao investimento privado. Se o dinheiro é emprestado, ele deve eventualmente ser pago com juros, de modo que o efeito a longo prazo sobre a economia dependa do [[trade-off]] entre o aumento imediato do [[PIB]] e os custos a longo prazo da dívida resultante
Deve-se notar que a extensão do [[efeito multiplicador]] depende da [[propensão marginal a consumir]] e da [[propensão marginal a importar]]. Também que o multiplicador pode funcionar no sentido inverso, assim, uma queda inicial nos gastos pode provocar novas quedas na produção agregada.
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[[Categoria:Terminologia econômica]]
[[Categoria:Macroeconomia]]
[[da:Multiplikatoreffekt]]
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