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Jacob Levy Moreno,o criador do Psicodrama,nasceu em [[6 de maio]] e [[1889]],em Bucareste,na Romênia<ref>http://www.stijl.com.br/febrap/index.php?option=com_content&view=article&id=9&Itemid=15&lang=pt</ref>.Jacob era judeu e sua família veio da Peninsula Ibérica.
'''Jacob Levy Moreno''' ([[Bucareste]], [[Romênia]], [[6]] de maio ou pelo novo calendário [[18]] de maio de [[1889]] - [[New York]], [[USA]], [[14]] de maio de [[1974]]), de ascendência judaica, é o criador do '''[[Teatro da Espontaneidade e da Catarse]]''' e posteriormente do [[Psicodrama]]. Sua primeiras experiências com o Teatro da Espontaneidade e da Catarse se deram em [[Viena]], entre os anos de [[1921]]-[[1923]] em [[1925]] se muda aos Estados Unidos, onde desenvolverá o Psicodrama.
 
== Biografia ==
Aos cinco anos de idade mudou-se com a família para Viena e foi neste local que vivenciou a brincadeira de ser deus. Nessa brincadeira, em que ele e várias outras crianças jogavam ser deus e os anjos, Moreno estava sentado no "trono de deus" , uma cadeira em cima de caixotes empilhados sobre uma mesa , e um dos "anjos" solicitou-lhe que voasse. Ele atendeu e acabou caindo no chão fraturando o braço direito. Até 31 anos de idade , Moreno , fez parte de um grupo religioso que criou a Religião do Encontro. Eles faziam sua rebeldia diante dos costumes estabelecidos usando barbas, vivendo pelas ruas à maneira dos mais pobres e procurando novas formas de interar com as pessoas. Neste tempo ele ia a jardim de Viena , e brincava de improviso com as crianças. Aos 28 anos , Moreno , formou-se em medicina. Logo se interessou por teatro e o mesmo disse : "existiam possibilidades ilimitadas para a investigação da espontaneidade no plano experimental" . Em 1921, criou o Teatro Espontaneidade. A ideia era de fazer uma apresentação espontânea sem decorar falas , era feito tudo no momento. Aí, ele criou o Jornal Vivo , que ele e o grupo dramatizavam o jornal diário. Depois de anos trabalhando no hospital , usando o teatro espontaneidade , criou o Teatro Terapeutico , que depois virou o Psicodrama Terapeutico. Em 1925 , migrou para os Estados Unidos , dois anos depois , fez o primeiro psicodrama fora da europa. Moreno morreu em Beacon, em 14 de maio de 1974, aos 85 anos de idade e pediu que em sua sepultura fossem gravadas as seguintes palavras: '''Aqui jaz aquele que abriu as portas da Psiquiatria à alegria'''.
Viveu uma experiência interessante, que foi a brincar de ser Deus. Segundo ele, foi aí que surgiu a idéia de espontaneidade. Acreditava que no teatro existiam "possibilidades ilimitadas para a investigação da espontaneidade no plano experimental". Com a criação do "jornal vivo", estavam sendo lançadas as raízes do [[Sociodrama]]. Em [[1931]], introduziu o termo [[Psicoterapia de Grupo]], onde teve sua origem científica. O Psicodrama foi introduzido no [[Brasil]] em [[1930]].
 
==Referências==
Segundo Moreno o indivíduo deve ser concebido e estudado através de suas relações interpessoais. Ao nascer, a criança é inserida num conjunto de relações, primeiramente com sua mãe (que é seu primeiro ego auxiliar), seu pai, irmãos, avós, tios, etc.; este conjunto foi denominado de [[Matriz de Identidade]].
 
<references/>
O homem para Moreno é um indivíduo social, pois nasce em sociedade e necessita dos outros para sobreviver, sendo apto para conviver com os demais. Assim, ele criou a Socionomia, que significa o estudo das leis que regem o comportamento social e grupal.
 
A sociodinâmica estuda o funcionamento (ou dinâmica) das relações interpessoais.
 
Tem como método de estudo ''role-playing'', que permite ao indivíduo atuar dramaticamente diversos papéis, desenvolvendo deste modo um papel espontâneo e criativo.
 
A sociatria constitui a terapêutica das relações sociais, e utiliza como método: a Psicoterapia de Grupo, o Psicodrama e o Sociodrama; como aplicação destes, Moreno vislumbrava a possibilidade de tratamento e de cura do social mais amplo. O Psicodrama é o tratamento do indivíduo e do grupo através da ação dramática. No Psicodrama de grupo o protagonista poderá ser um indivíduo ou o próprio grupo. A Psicoterapia de grupo prioriza o tratamento das relações interpessoais inseridas na dinâmica grupal. No Sociodrama, o protagonista é sempre o grupo e as pessoas estão reunidas enquanto mantêm alguma tarefa ou objetivo em comum.
 
== A visão Moreniana de Homem ==
 
A espontaneidade, a criatividade e a sensibilidade são recursos inatos do homem. Desde o início ele traz consigo fatores favoráveis a seu desenvolvimento, porém estes podem ser perturbados por ambientes ou sistemas sociais constrangedores.
 
Moreno não considerava o nascimento como um evento angustiante e traumático, concebendo o rebento humano como um agente participante desde esse momento. O fator E ou espontaneidade é a capacidade de responder adequadamente à situação, utilizada pela primeira vez no nascimento. O homem nasce espontâneo e deixa de sê-lo devido a fatores adversos tanto do ambiente afetivo-emocional (Matriz de Identidade e átomo social), quanto do ambiente social em que a família se insere (rede sociométrica e social).
 
A Revolução Criadora moreniana propõe o rompimento com os padrões de comportamento, valores e formas estereotipadas de participação na vida social, que acarretam a automatização do homem (conservas culturais).
 
Para que tenhamos o prazer de nos sentirmos vivos é preciso que nos reconheçamos como agentes de nosso próprio destino. A espontaneidade é a capacidade de agir de modo "adequado" diante de situações novas, procurando transformar seus aspectos insatisfatórios.
 
Para promover mudanças no ambiente, pensamos e agimos em função de relações afetivas, mesmo que não o façamos conscientemente.
 
A possibilidade de modificar uma dada situação implica criar, e a criatividade é indissociável da espontaneidade (esta permite que o potencial criativo de atualize e se manifeste).
 
Segundo Moreno, a criança aos poucos, com o desenvolvimento de um fator inato, chamado Tele, vai distinguindo objetos e pessoas, sem distorcer seus aspectos essenciais; assim Tele é a capacidade de se perceber de forma objetiva o que ocorre nas situações e o que se passa entre as pessoas.
 
Toda ação pressupõe relação, factual ou simbólica (relação com pessoas reais ou imaginárias, que têm sua presença representada). Toda relação pressupõe formas de comunicação.
 
O fator Tele influi decisivamente sobre a comunicação, pois só nos comunicamos a partir do que podemos perceber. Para Moreno, Tele é também uma "percepção interna mútua entre dois indivíduos".
 
A empatia é a captação, pela sensibilidade dos sentimentos e emoções de alguém ou contidas, de alguma forma, em um objeto. Assim, Moreno escreveu certa vez que "o fenômeno Tele é a empatia ocorrendo em duas direções".
 
O conceito moreniano de tele gera muitas interpretações entre os psicodramatistas. Muitos afirmam se tratar de uma percepção correta da realidade, não distorcida por fatores transferenciais, colocando os conceitos de tele e transferência como opostos, sendo tele o polo positivo e transferência o polo negativo. Entretanto, alguns estudos recentes têm recolocado a discussão sobre a relação entre tele e transferência, afirmando serem um processo conjunto presente nas relações humanas. São conceitos que precisam ainda de aprofundamento, ficando os psicodramatistas pós-morenianos com essa tarefa.
 
Segundo Moreno, a transferência equivalia ao embotamento ou à ausência do fator Tele, e como o Psicodrama tinha por objetivo reavivar a espontaneidade e o Tele, a recuperação destes, seriam fatores de saúde mental e criatividade, superando o apego desfavorável a situações do passado.
 
Uma parte do teste sociométrico, o "perceptual", verifica a capacidade de cada elemento de um grupo de captar os sentimentos e expectativas dos outros em relação a ele.
 
Um dos objetivos do Psicodrama, do Sociodrama e da Psicoterapia de Grupo é descobrir, aprimorar e utilizar os meios que facilitem o predomínio das relações télicas sobre relações transferenciais.
 
O encontro é a experiência essencial da relação télica, é apelo para a sensibilidade do próximo, é apelo da espontaneidade.
 
É no momento do encontro e no momento da criação, onde há situações em que o ser humano se realiza, afirmando o que é essencial no seu modo de ser.
 
Moreno salientava que é importante pensar a respeito da interação humana levando em conta, principalmente, o tempo presente; trata-se de averiguar a relação presente e as correntes afetivas, tais como estão sendo transmitidas e captadas aqui e agora.
 
Segundo este, os "estados co-conscientes e co-inconscientes" são aqueles que os participantes têm experimentado e produzido conjuntamente e só podem ser reproduzidos ou representados conjuntamente.
 
A resistência interpessoal corresponde a uma resistência a reconhecer certos aspectos próprios, que casa um atribui ao outro, e que freqüentemente se apresenta como resistência frente ao outro; vencida esta resistência, a ação psicodramática permitiria a superação de conflitos co-inconscientes.
 
== Bibliografia ==
 
* '''Moreno, J. L.''' ''Psicodrama''. SP: Cultrix, 2006.
* '''Moreno, J. L.''' ''Teatro da Espontaneidade''. SP: Summus, 1984.
* '''Moreno, J. L.''' ''Fundamentos do Psicodrama''. SP: Summus, 1983.
 
; espanhol
* {{cita libro
| autor = '''Moreno, J. L.'''
| título = El teatro de la espontaneidad
| año = 1977
| editorial = Buenos Aires: Vancú
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* {{cita libro
| autor = –
| título = Las palabras del padre
| año = 1977
| editorial = Buenos Aires: Vancú
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* {{cita libro
| autor = –
| título = Las bases de la psicoterapia
| año = 1967
| editorial = Buenos Aires: Hormé
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* {{cita libro
| autor = –
| título = Psicoterapia de grupo y psicodrama: introducción a la teórica y la praxis
| año = 1966
| editorial = México: [[Fondo de Cultura Económica]]
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* {{cita libro
| autor = –
| título = Psicodrama, Psicomúsica y Sociodrama
| año = 1961
| editorial = Buenos Aires: Hormé
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* {{cita libro
| autor = –
| título = Psicodrama
| año = 1961
| editorial = Buenos Aires: Hormé
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* {{cita libro
| autor = –
| título = Fundamentos de la Sociometría
| año = 1961
| editorial = Buenos Aires: Paidós
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== Referências ==
* sobre a data de nascimento ver carta de George Bratescu, pgs. 73/74, in J. L. Moreno ''O psicodramaturgo''. SP:Casa do Psicólogo, 1990, onde descreve sua pesquisas nos cartórios de Bucarest.
* Moreno, J. L. Teatro de la Espontaneidad. Buenos Aires, Vancu, 1977.
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