Anschluss: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Kabareay (discussão | contribs)
legenda imagem
Linha 4:
No [[tratado de Saint-Germain-en-Laye]] de [[1919]], que pôs fim ao [[Áustria-Hungria|Império Austro-Húngaro]], o artigo 88 estipulava expressamente que a união de Áustria com Alemanha ficava proibida.
 
[[Ficheiro:Stimmzettel-Anschluss.jpg|thumb|direita|250px|Cédula de votação de [[10 de abril]] de [[1938]]. O texto diz "Você concorda com a reunificação da Áustria com o Império Germânico realizada em [[13 de março]], sob o führer Adolf Hitler?.]]
Como se sabe, a Áustria, na tradição do Império Austro-Húngaro, era uma nação multi-étnica e multicultural. Em [[Viena]] e nas principais cidades austríacas viviam pessoas que falavam línguas diversas ([[língua alemã|alemão]], [[língua húngara|húngaro]], [[língua checa|checo]], [[língua croata|croata]], [[língua iídiche|iídiche]] etc.) e praticavam as mais diferentes religiões ([[catolicismo|católicos]], [[luteranismo|luteranos]], [[judeu]]s, [[Igreja Ortodoxa|cristãos ortodoxos]]). O imperador austríaco tinha sido a figura política que tinha dado coesão à sociedade multicultural do Império Austro-Húngaro. Esse papel centralizador não tinha então um correspondente na nova sociedade austríaca. Muitas famílias judaicas, por exemplo, recordavam com saudade esses tempos idos. A nova sociedade austríaca vivia sob o signo do [[anti-semitismo]] e das dificuldades da coexistência multi-cultural. Muitos austríacos, aqueles que eram de origem germânica (como [[Adolf Hitler]]) aspiravam a uma nação livre destas outras etnias, que eles desdenhavam. Aos olhos de Hitler, o ideal a seguir era o do [[pangermanismo]]: uma nação com uma só língua e etnia.