Oto da Baviera: diferenças entre revisões

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:''Este indivíduo não deve ser confundido com [[Oto I da Grécia]], que era seu tio e padrinho.''
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| local da morte = [[Castelo de Fürstenried]], [[Munich]]
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'''Otto Guilherme Leopoldo Adalberto Valdemar de Wittelsbach''' (em [[alemão]]: ''Otto Wilhelm Luitpold Adalbert Waldemar von Wittelsbach'') ([[Munich]], [[27 de abril]] de [[1848]] — [[Munich]], [[11 de outubro]] de [[1916]]), foi [[rei da Baviera]] de [[1886]] até [[1913]]. Ele era o segundo filho de [[Maximiliano II da Baviera|Maximiliano II]] e de sua esposa, [[Maria da Prússia]]. Seu irmão mais velho foi [[Luís II da Baviera|Luís II]].
 
==Biografia==
===Infância e juventude===
O príncipe Oto serviu no exército bávaro desde [[1863]]. Quando o rei [[Guilherme I da Alemanha|Guilherme I]] da [[Prússia]] foi proclamado imperador da [[Alemanha]] unificada, em [[18 de janeiro]] de [[1871]], no [[Palácio de Versalhes]], Oto representou o seu irmão, que recusou participar do evento. Ele mais tarde criticou a celebração como "ostentosa" e "desalentada" em uma carta a Luís II.
[[Ficheiro:Koenig Otto von Bayern (1848-1916), jung.jpg|thumb|Otto I, em 1875.]]
Otto nasceu de parto prematuro - no 7º mês de gestação - na [[Residência de Munique|''Münchner Residenz'']]. Era o filho mais novo do [[rei]] [[Maximiliano II da Baviera|Maximiliano II]] e de [[Maria da Prússia]]. Teve como padrinho de batismo seu tio paterno, o [[Oto I da Grécia|rei Otto I da Grécia]]. Seu irmão mais velho tornou-se [[Reino da Baviera|rei da Baviera]], como [[Luís II da Baviera|Luís II]].
 
Foi nomeado [[sub-tenente]] em [[27 de abril]] de [[1863]], ingressando no corpo de cadetes do [[:en:Bavarian Army|Exército Bávaro]] em [[1 de março]] de [[1864]], onde iniciou o treinamento militar. Em [[26 de maio]] de [[1864]], foi nomeado [[primeiro-tenente]]. Após a morte de seu pai, [[10 de março]] de [[1864]], seu irmão mais velho subiu ao trono e Otto foi reconhecido formalmente como [[herdeiro presuntivo]]. Entre [[18 de junho]] e [[15 de julho]] de [[1864]], os irmãos foram recebidos tanto pelo [[Imperador da Áustria]] quanto pela [[Czarina|Czarina da Rússia]]. Cerca de um ano depois, foram detectados os primeiros sintomas de um transtorno mental.
 
Ao atingir a [[maioridade]], em [[27 de abril]] de [[1866]], foi promovido a [[capitão]] e assumiu seu posto no [[:en:Royal Bavarian Infantry Lifeguards Regiment|''Königlich Bayerisches Infanterie-Leib-Regiment'']] - unidade militar de elite responsável pela segurança do rei. Neste papel, participou ativamente da [[Guerra Austro-prussiana|Guerra Austro-Prussiana]] (1866) e da [[Guerra franco-prussiana|Guerra Franco-Prussiana]] (1870/71) - nesta última, como [[coronel]] do '' 5. Chevauleger-Regiments'' ("5º Regimento de Cavalaria"). Quando o rei [[Guilherme I da Alemanha|Guilherme I]] da [[Prússia]] foi proclamado imperador da [[Alemanha]] unificada, em [[18 de janeiro]] de [[1871]], no [[Palácio de Versalhes]], Otto representou seu irmão, que recusou-se a participar do evento. Ele mais tarde criticou a celebração como "ostentosa" e "desalentada" em uma carta a Luís II. Em [[1868]], Otto foi incluído na [[:en:Royal Order of Saint George for the Defense of the Immaculate Conception|Real Ordem Equestre de São Jorge]] e na [[Casa de Wittelsbach|Ordem da Casa de Wittelsbach]].
 
Logo após o término da Guerra Franco-Prussiana, o estado mental de Otto começou a deteriorar-se rapidamente. Desde 1871, o príncipe vinha evitando, cada vez com mais frequência, contato com estranhos. Ele, então, foi colocado sob observação de uma junta médica, que enviava relatórios periódicos ao ''[[chanceler]]'' [[Otto von Bismarck]]. Em [[janeiro]] de [[1872]], Otto foi declarado oficialmente insano e, no ano seguinte, foi isolado no pavilhão sul do [[Palácio de Nymphenburg]]. A avaliação médica estava a cargo do renomado [[:en:Bernhard von Gudden|Dr. Bernhard von Gudden]], que confirmou em um relatório posterior a doença de Otto.
 
Na celebração de ''[[Corpus Christi]]'' de [[1875]], na ''[[Frauenkirche (Munique)|Frauenkirche]]'' de Munich, Otto (que não havia participado do culto) protagonizou um incidente espetacular ao entrar correndo pela igreja com roupas de caça, implorando de joelhos ao [[arcebispo]] [[:en:Gregor Leonhard Andreas von Scherr|Gregor von Scherr]] o perdão dos seus pecados. A missa solene foi interrompida e o príncipe levado sem resistência por dois ministros da igreja. Otto foi então levado para o [[Castelo de Schleissheim]], com vigilância reforçada. Sua última aparição pública foi durante a uma parada militar pelo aniversário de Luís II, em [[22 de agosto]] de [[1875]] no ''Marsfeld'' ("Campo de Marte").
 
Oto foi proclamado rei da Baviera em [[1886]], após a deposição de seu irmão, que foi encontrado afogado em um lago pouco tempo depois. Entretanto, Oto nunca governou verdadeiramente como rei e, de acordo com seus contemporâneos, não tinha consciência do que se tornara. Ele sofria de uma grave [[doença mental]], tendo sido declarado louco em [[1875]].