Reino de Amom: diferenças entre revisões
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Os '''amonitas''' foram um [[povo]] que habitava a região da [[Palestina]]. Pouco se sabe sobre a origem e os costumes desse povo, uma vez que os poucos relatos fundamentam-se na tradição [[Bíblia|bíblica]], constituindo um relato extremamente tendecioso e parcial, em virtude da inimizade entre amonitas e hebreus, bem como a discriminação religiosa por parte dos últimos. Segundo o relato do [[Gênesis]], que é suspeito não apenas pela inimizade dos dois povos mas por ter sido produzido muito depois da reforma dogmática judaica, durante o exílio babilónico, sendo portanto viciado pelo tempo e pela nova modalidade de [[fé]], a origem dos amonitas vem do incesto da filha mais nova de Ló com o seu pai, conforme Gênesis 19:31-38. Embora historicamente descartável, esse mito de fundação deixa claro que os
Segundo o Livro dos Juízes, os amonitas exerceram domínio sobre os israelitas durante alguns períodos de tempo, sendo seu poderio fora rompido por Eúde, que assassinou à traição o rei amonita Eglom. Mais tarde fortaleceram-se novamente e estavam saqueando Israel quando Jefté obteve uma grande vitória sobre os amonitas e libertou Israel. Contudo, como todos os livros bíblicos que tratam do período anterior ao exílio, esse relato é tendencioso e torna-se bastante difícil separar realidade e lenda. Não apenas as vitórias retratadas podem tratar-se de ficção a fim de criar um passado vitorioso para o frágil estado de Israel (como é o caso já comprovado da vitória de Josué sobre Jericó), como também essa mesma ficção passou pelo julgamento valorativo dos novos dogmas pós-exílio, onde Jeová foi transformado em único deus e a história israelita foi revisada de modo que valorizasse a tribo de Judá e atribuísse todas as derrotas e vitórias bélicas à existência de fidelidade ou não ao deus único [[Jeová]].
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