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* [[Ficheiro:Bandeira do Estado de São Paulo.svg|20px]] Campeão do Torneio ACEESP de 1977 (invicto)
* [[Ficheiro:Bandeira do Estado de São Paulo.svg|20px]] Taça Amizade
 
== Torcida ==
 
Todo mundo, em São Bernardo, já foi torcedor do Aliança. Existiram os fanáticos e existiam aqueles que torciam pelo clube e pelo fato do mesmo ter defendido o nome da cidade, variando o grau de entusiasmo entre um e outro. Mas, de um modo geral, por uma questão de bairrismo, a unanimidade se formava.
Mas entre todos estes torcedores existem aqueles que contribuíram com garra e emoção para que o Aliança chegasse onde chegou. Ao lado de torcedores anônimos, que são tão abnegados como aqueles que se destacam de maneira especial, surgem os mais aliancistas, os mais “roxos”.
Em seus treze anos de existência, o clube possuia uma torcedora símbolo. Ela acompanha os jogos do Aliança desde que o pessoal de Vila Marisa, no Rudge Ramos, montou um timinho e partiu para a história da cidade.
 
'''LOUCURA TOTAL'''. Terezinha Molina Simão, chamada carinhosamente por “dona Terezinha”, era uma pessoa que se tornara legendária. Funcionária da Câmara Municipal, ela explica que começou a assistir os jogos do Aliança ainda quando o time não tinha nem camisa, “essas cores maravilhosas”.
Como todo aliancista, ela não pode nem ouvir falar em Santo André F. C., “aquele time encardido. Tenho a maior loucura de ganhar do Santo André, aqueles ceboleiros”.
Simpática, bem falante, voz macia, dona Terezinha contra que viveu um dos períodos mais emocionantes de sua vida na época em que o time, ainda no amadorismo, passava por sua melhor fase, disputando o “Desafio ao Galo”. Ela não perdia um jogo, estava em todas. “Eu ia lá para o campo do CMTC e até brigava com os outros torcedores, como aconteceu á pouco tempo, depois de um empate (1 x 1) frente ao Paulista de Jundiaí, em pleno Baetão, empate cedido no último minuto. Um cara começou a queimar faixas e a insultar os jogadores, gozando a gente. Olhei prum lado, pro outro, vi um pedaço de pau e mandei ver no peito dele. Meu marido perguntou se eu tinha ficado louca”.
 
'''15 DIAS DE CAMA'''. Dona Terezinha não mede esforços para acompanhar o time de sua devoção, mesmo que isso lhe cause problemas físicos, como aconteceu em 1976: o Aliança perdeu a chance de subir para a Especial no último jogo. Foi contra o XV de Jaú, em Campinas.Uma partida na memória dos aliancistas.
“Foi uma loucura. Um jogo que não podíamos perder. O Baitaca deitando e rolando e perdendo gols. O Aliança tinha chance de golear e perdeu de dois a zero. Fiquei quinze dias de cama, num nervosismo que não me agüentava”.
Apesar de fanática, ela sabe reconhecer quando o time não vai bem. Um exemplo disso é a análise clara que ela faz da derrota por 4 x 2 frente ao São José, ano passado, ficando o Aliança novamente em segundo lugar. “O São José merecia ganhar. Não foi marmelada, eles entraram para ganhar e foram uns adversários e tanto”.
 
'''DOIS AMORES'''. Aliancista roxa, ela se confessa corintiana roxa também, e explica que isso não lhe causa problemas. Quando o Aliança foi no Parque São Jorge jogar contra o alvinegro, ela estava lá, com a bandeira do Aliança, fazendo a maior festa, irritando os torcedores adversários que, em certo momento, ameaçaram atacá-la. “Meu marido ficou dizendo que eu estava louca, que eles iam me matar. Comprei um chapeuzinho com o símbolo do Corinthians, pus na cabeça e eles não me incomodaram mais”.
Mas, no fundo do coração, ela diz que entre os dois, prefere o Aliança. “Eu às vezes até choro de saudades do tempo do Super-Galo, e o meu maior sonho é rever todos aqueles jogadores memoráveis, com Perú e Baitaca deitando e rolando”.
No dia sete de setembro de 1981 ela entregou um troféu ao centroavante Carlinhos, artilheiro do time neste ano. “Ele sabe que eu não gosto dele, mas é artilheiro e por isso merece a homenagem”. Terezinha compra esses troféus (é o terceiro que entrega) com dinheiro do próprio bolso e porque quer. “É uma forma de fazer minha festa para eles. O primeiro eu entreguei para o Antonio Carlos e o outro foi pro China, que o levou para Portugal”.
 
'''MAIOR ALEGRIA'''. Ela diz viver esperando os dias de jogo do Aliança. “Tenho dez filhos, cinco netos. Mas meu maior amor é o Aliança. Um dos meus filhos quase nasceu em campo, o maior sufoco”.
Torcedora da TAI (Torcida Aliancista Independente), Dona Terezinha comemorou os doze anos do clube com muita festa, convidou todos os jogadores. “Esse time é a minha maior alegria”.
 
'''OUTRO SÍMBOLO'''. Existem muitos outros torcedores que poderiam ser destacados como exemplos de amor e garra, como o Ceará, da Discoteca Merci, o Toninho, da Discoteca Peninha, e o pai do jogador Peru, que não perdeu um jogo, já velhinho, fosse onde fosse.
Mas aqueles torcedores mais antigos certamente se lembrarão de Bidu, cujo nome certo poucos conhecem. Negro, forte e alto, uma grande pessoa, não perdia um jogo do time e, sem dinheiro como sempre se encontrava, ia a pé do Rudge Ramos até o Baetão para vibrar com seu time. Bastava o Aliança marcar um gol que ele comemorava todo o tempo, mesmo que o adversário virasse o jogo. Ao final da partida, sob a influência do álcool, ao saber do resultado final, chorava desesperadamente, como se tivesse perdido um ente querido.
Bidu morreu numa aposta idiota. Já completamente embriagado, apostou que conseguiria beber mais uma garrafa de pinga. Não conseguiu.
 
'''AS TORCIDAS'''. O clube contou com três torcidas uniformizadas. A mais organizada, que obteve maior número de associados e um bloco carnavalesco estruturado, era a Torcida Aliancista Independente, a TAI, fundada em 11 de setembro de 1980, por Arnaldo Alves Barreto, Cláudio Pereira Dias e Ivan dos Santos.
Havia também a Torcida Unidos do Baetão, fundada em 29 de abril de 1977, exatamente para incentivar o time, que passava por uma má fase técnica. Seu fundador é o serralheiro Luis Carlos de Barros, e chegou a contar com cerca de 380 sócios.
E a mais nova das torcidas organizadas, fundada em agosto de 1981, a Torcida Uniformizada do Aliança (TUA), fundada por um grupo de jovens, liderados por Osvaldo Negrini Fr., Roseli Aparecida dos Santos e Henrique Modeli.
 
== Ligações Externas ==