O Mundo É Plano: uma Breve História do Século XXI: diferenças entre revisões

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|genero =
|editora = [[Editora Objetiva|Objetiva Ltda.]]
|lancamento = 5 de abrilAbril de 2005
|paginas = 488
|isbn = ISBN 0-374-29288-4
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O autor acredita que o Mundo é ''plano'' no sentido em que os campos de competição entre os países desenvolvidos e os países em via de desenvolvimento estão a ficar nivelados (apontando os exemplos da [[China]] e da [[Índia]]).
 
Como a capa da primeira edição indica, o título refere-se refere também à mudança na percepção que as pessoas tinham do mundo (antes redondo e agora plano) e à necessidade de uma igual mudança se países, companhias e indivíduos desejarem manter-se manter competitivos no mercado global, onde as divisões históricas, regionais e geográficas estão ficando cada vez menos relevantes.
 
O livro foi lançado em [[2005]] e depois relançado em [[2006]] e [[2007]], em edições atualizadasactualizadas e ampliadas. O título foi inspirado numa frase do antigo [[CEO]] da [[Infosys]], [[Nandan Nilekani]].
 
Esteve disponível o [[audiobook]] para download gratuito após registroregisto no site [http://www.thomaslfriedman.com/giveaway oficial do autor], até 11 de agosto de 2008.
 
== Sumário ==
No livro, [[Thomas Friedman|Friedman]] revive uma viagem a [[Bangalore]], [[Índia]], onde ele tomou consciência de que a [[globalização]] tem mudado os conceitos econômicoseconómicos.<ref>{{cite web | author=Warren Bass | title=The Great Leveling | url=http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/articles/A17314-2005Mar31.html | work=[[Washington Post]] | date=April 3, 2005 | accessdate=2007-09-06}}</ref> Ele sugere que o mundo é plano no sentido de que a globalização nivelou a competição entre os países induatrializados e os países emergentes. Na sua opinião, esse nivelamento é resultado da convergência do computador pessoal ([[personal computer|PC]]) com a [[fibra óptica]] e o crescimento do [[Fluxo de Trabalho|software de fluxo de trabalho]]. Ele cunhou o termo ''Globalização 3.0'', diferenciando esse período da ''Globalização 1.0'', na qual governos e corporações eram os grandes protagonistas e da ''Globalização 2.0'', na qual companhias multinacionais conduziam a integração global.
 
Friedman cita vários exemplos de companhias na [[China]] e na [[Índia]] que, com digitadores e atendentescomunicadores de [[Central de atendimento|call centers]], tornaram-se tornaram parte da [[cadeia de fornecimento]] de companhias como [[Dell]], [[AOL]] e [[Microsoft]]. A ''Teoria Dell de Prevenção de Conflitos''<ref>[[:en:Dell Theory of Conflict Prevention]]</ref> de Friedmann é discutida no penúltimo capítulo dedo livro.
 
Friedman, para efeito de organização dos conceitos, utiliza-se de listas numeradas com rótulos provocativosprovocatórios. Dois exemplos são "As 10 forças que nivelaram o mundo" e "As três convergências".
 
=== Dez forças niveladoras ===
Friedman define dez niveladores atuando a nível global:
* '''#1: A queda do [[muro de Berlim]]''' - Esse evento datado de [[9 de novembro]] de [[1989]] simboliza a queda do império soviético, marcando o fim da [[guerra fria]] (Friedmann ressalta a "fantástica coincidência cabalística de datas" com oos [[Ataques de 11 de Setembro de 2001|onze de setembro]]); a partir disso, o embate [[capitalismo]] x [[comunismo]] foi dado como vencido pelo regime de [[Tratado de livre comércio|livre mercado]]; as pessoas do outro lado do muro puderam juntar-se juntar aos defensores da "GovernançaGovernação democrática"<ref>[[GovernançaGovernação]]</ref> e agregar-se agregar à economia de livre, praticada na maioria dos [[país]]es. A [[Índia]], por exemplo, desde o fim da [[Colónia (história)|era colonial]] adotavaadoptava o modelo econômicoeconómico estatal com sua infraestrutura toda estatal. Segundo Tarum Das, diretordirector da Confederação da Indústria Indiana, entrevistado por Friedmann, diz que o fardo da estatização continha a economia e por isso ele crescia a uma taxa anual de apenas 3%. Depois da queda do muro a Índia reformou o modelo aconômicoeconómico e suspendeu uma série de barreiras comerciais. Três anos depois os índices de crescimento já alcançavam 7%. Além dessa clara demonstração odo achatamento do mundo, Friedmann analisa o seu efeito na mudança cultural que tornou mais nítido o processo de globalização. Cita, para ilustrar, uma a história em [[sânscrito]], que fala de um sapo que nasce dentro de um poço onde passa a vida toda. Sua [[visão de mundo]] é aquele poço. Depois que o [[muro de Berlim]] caiu "foi como se o sapo no poço pudesse de repente se comunicar com os sapos de todos os outros poços". E finaliza com uma frase de [[Amartya Sen]], economista indiano, vencedor do [[Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel|Prêmio Nobel de Economia em 1998]] e professor em [[Universidade de Harvard|Harvard]]: "Se comemoro a queda do Muro é por estar convencido que podemos aprender uns com os outros". Além disso, no início dos anos 90 apareceu o Windows 3.0 consolidando a plataforma básica do mundo achatado: PC da IBM com umaum interface gráficagráfico que falicitoufacilitou a interaçãointeracção, conectado a um modem apoiadaapoiado pela rede telefônica mundial.
* '''#2: [[Netscape]]''' - Três eventos são citados como decisivos: a consolidação da infraestrutura de conectividade global, o surgimento da World Wide Web como um mundo virtual e o aparecimento do navegador Netscape, em 9 de agosto de 1995. Esse conjunto de fatoresfactores modificou a utilização da Internet - de suas raízes como meio de comunicação usado primeiramente apenas ''por novos adeptos fissurados'' para algo acessível a qualquer pessoa entre cinco e 95 anos. Friedman esclarece a diferença entre Internet e World Wide Web citando uma explicação de Berners-Lee: A intenetinternet é uma rede feita de computadores e cabos, utilizada para troca de pacotes de informação (e-mail, por exemplo) e a WWW é um sistema de hipertexto global. A digitalização crescente transformou palavras, arquivos, documentos, filmes, músicas e imagens acessíveis e manipuláveis por qualquer um que tenha um computador conectado, em qualquer parte da Terra.
* '''#3: Software de [[Fluxo de Trabalho]]''' - A habilidade de máquinas conversarem com outras máquinas sem envolvimento humano.