Candeia: diferenças entre revisões

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Compôs em [[1953]], aos 17 anos, seu primeiro enredo, ''Seis Datas Magnas'', com [[Altair Prego]]: foi quando a [[GRES Portela|Portela]] realizou a façanha inédita de obter nota máxima em todos os quesitos do desfile (total 400 pontos). É até hoje um dos grandes nomes no panteão da Portela.
 
No início dos [[década de 1960|anos 60]], dirigiu o conjunto [[Mensageiros do Samba]], no qual participavam Arlindo, [[Jorge do violãoViolão]], [[Picolino]], [[Casquinha]] e [[Casemiro]]. Em [[1961]], entrou para a [[polícia]]. Tinha fama de truculento e suas atitudes começaram a causar ressentimentos entre seus antigos companheiros. Provavelmente, não imaginava que começava a se abrir caminho para a tragédia que mudaria sua vida. Diz-se que, ao esbofetear uma [[prostituta]] no ano de 1965, ela rogou-lhe uma praga; na noite seguinte, após bater em um caminhão de peixe e atirar nos pneus do caminhão, Candeia levou cinco tiros, entre eles um atingiu a medula óssea e paralisou para sempre suas pernas. Viveu os seus últimos treze anos de vida numa cadeira de rodas, em decorrência daquele tiro. Candeia se aposentou por invalidez após o acidente e pôde, então, se dedicar exclusivamente à música.
 
Sua vida e obra se transformaram completamente. Em seus sambas, podemos assistir seu doloroso e sereno diálogo com a deficiência e com a [[morte]] pressentida: ''Pintura sem Arte'', ''Peso dos Anos'', ''Anjo Moreno'' e ''Eterna Paz'' são só alguns exemplos. Recolheu-se em sua casa; não recebia praticamente ninguém. Foi um custo para os amigos como [[Martinho da Vila]] e [[Bibi Ferreira]] trazerem-no de volta. "De qualquer maneira, meu amor, eu canto", diria ele depois num dos versos que marcaram seu reencontro com a vida.