Sultanato Oatácida: diferenças entre revisões

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A dinastia berbere Wattássida foi fundada num Marrocos em declínio, durante uma crise política, cultural, social e financeira. Enquanto os [[Merínidas]] tentam como podem repelir as invasões Portuguesas e Espanholas, ajudando ao mesmo tempo o [[Reino de Granada]] a sobreviver á [[Reconquista]], os Wattássidas, que ocupam altos cargos no governo, tomam gradualmente o poder por meios políticos. Os merínidas descobrem o golpe de estado e massacram os conspiradores, mas sobrevive um Wattássida : [[Abu Abd Allah ach-Chaykh Muhammad ben Yahya]]. Enquanto a dinastia anterior está morrendo lentamente, ele declara-se Sultãot e funda oficialmente a sua dinastia.
O Wattásidas vão governar o pequeno reino de Fez, nessa época Marrocos está dividido. Eles prometem ao povo marroquino e andaluz atormentados por a guerra virar a favor dos Reis Católicos que protegerão fielmente Marrocos contra as incursões estrangeiras. Mas afinal não cumprem o que prometem, os Portugueses multiplicando praças fortes na costa marroquina. O sucessor de Mohammed al-Cheikh, tentará apederar-se de [[Arzila (Marrocos)|Arzila]] e [[Tânger]], respectivamente em [[1508]], [[1511]] e [[1515]] mas sem sucesso. Mais ao sul, nasce uma dinastia rival: os Saadianos. Estes últimos, apoderam-se de [[Marraquexe]] em [[1524]] e fazem dela sua capital. Em [[1537]] a competição das duas linhagens de SultãosSultões resulta na tomada de [[Agadir]] (mais propriamente da [[Fortaleza de Santa Cruz do Cabo de Gué]]) aos portugueses, pelos [[Saadianos]], enquanto os Wattássidas procuram uma abordagem mais diplomática com os Reis Católicos. Os Saadianoss são tratados como heróis pelas populações, o que lhes facilita a conquista militar e lhes permite retomar uma após outra todas as fortalezas portuguesas na costa marroquina (aliás a maioria são abandonadas pelos portugueses por falta de meios, para se consagrarem mais largamente à Índia), além de [[Tânger]], [[Ceuta]] e [[Mazagão]]. Nessa mesma época, eles atacam os Wattássidas que afinal vão se curvar diante do poder Saadiano emergente. Em [[1554]], num momento em que todas as cidades Wattássidas deponhem as armas uma após outra, o sultão (Wattássida) Abu Hassan Ali, com a energia do desespero retoma [[Fez]], mas Saadian resolvem este problema rapidamente, e matam o Wattássida rebelde. Os últimos Wattásidas fogem Marrocos, mas são mortos em conseqüência de ataques de piratas contra seu navio. No final, os Wattásidas não melhoraram em nada a situação marroquina após a [[Reconquista]] hispánica. Será preciso a chegada dos Saadianos para restaurar a ordem e repelir as ambições expansionistas dos reinos da Península Ibérica.
 
== Cronologia==
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* 1459 - [[1465]] [[Abu Muhammad Abd al-Haqq|Abû Muhammad `Abd al-Haqq]] ([[Merínidas|Merínida]]) (Período de recuperação do poder por Abû Muhammad `Abd al-Haqq que faz massacrar os Wattássidas).
* 1465 - [[1472]]: [[Período de anarquia Wattássida]]
=== SultãosSultões Wattássidas (1472-1554) ===
* 1472 - [[1504]] [[Abu Abd Allah ach-Chaykh Muhammad ben Yahya|Mohammed ach-Chaykh]]
* 1504 - [[1526]] : [[Abu Abd Allah al-Burtuqali Muhammad ben Muhammad|Mohammed al-Burtuqâlî]]