Carlos Marighella: diferenças entre revisões

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Elege-se [[deputado federal]] constituinte pelo PCB baiano em [[1946]], mas perde o mandato em [[1948]], em virtude da nova proscrição do partido. Volta para a [[clandestinidade]] e ocupa diversos cargos na direção partidária. Convidado pelo Comitê Central, passou os anos de [[1953]] e [[1954]] na China, a fim de conhecer de perto a recente revolução chinesa. Em [[maio]] de 1964, após o [[golpe militar]], é baleado e preso por agentes do [[Dops]] dentro de um cinema, no Rio. Libertado em [[1965]] por decisão judicial, no ano seguinte opta pela luta armada contra a ditadura, escrevendo [[A crise brasileira]]. Em dezembro de [[1966]], renuncia à Comissão Executiva Nacional do [[PCB]]. Em agosto de [[1967]], participa da I Conferência da [[OLAS]] (Organização Latino-Americana de Solidariedade), realizada em [[Havana]], [[Cuba]], a despeito da orientação contrária do PCB. Aproveitando a estada em Havana, redige [[Algumas questões sobre a guerrilha no Brasil]], dedicado à memória do Comandante Che Guevara e tornado público pelo [[Jornal do Brasil]] em 05 de setembro de [[1968]]. É expulso do partido em [[1967]] e em fevereiro de 1968 funda o grupo armado [[Ação Libertadora Nacional]]. Em setembro de [[1969]], a ALN participa do sequestro do embaixador norte-americano [[Charles Elbrick]], em uma ação conjunta com o [[Movimento Revolucionário 8 de Outubro]] (MR-8).<ref>BETTO, Frei. ''Batismo de Sangue'' : Guerrilha e Morte de Carlos Marighella . 14ª ed. rev. e ampliada. Rio de Janeiro, Rocco, 2006. 447 p. ISBN 85-325-2061-8</ref>
 
Com o recrudescimento do regime militar, os órgãos de repressão concentram esforços em sua captura. Na noite de [[4 de novembro]] de [[1969]] Marighella foi surpreendido por uma emboscada na alameda Casa Branca, na capital paulista. Ele foi morto a tiros por agentes do DOPS, em uma ação coordenada pelo delegado [[Sérgio Paranhos Fleury]]. A ALN continuou em atividade até o ano de [[1974]]. O sucessor de Marighella no comando da ALN foi [[Joaquim Camara Ferreira]], que também foi morto por Fleury no ano seguinte. Os militantes mais atuantes em São Paulo eram [[Yuri Xavier Ferreira]] e [[Ana Maria Nacinovic]], que continuaram fazendo panfletagem contra a ditadura até meados de 1972, quando também foram mortos numa emboscada no bairro da Mooca, ao saírem do restaurante Varela. Dezoito de seus militantes foram mortos e cinco foram considerados desaparecidos. O último líder da ALN foi [[Carlos Eugenio Sarmento da Paz]], sobreviveu auto-exilando-se na França, e voltando ao Brasil após a anistia.
 
Em [[1996]], o [[Ministério da Justiça]] reconheceu a responsabilidade do Estado pela morte de Marighella; em [[7 de março]] de [[2008]] foi decidido que sua companheira [[Clara Charf]] deveria receber pensão vitalícia do governo brasileiro <ref>[http://noticias.uol.com.br/ultnot/2008/03/07/ult23u1413.jhtm Companheira de Carlos Marighella recebe indenização do governo]</ref>.