Alessandro Scarlatti: diferenças entre revisões

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A partir de 1697 com a obra ''La Caduta del Decemviri'', talvez parcialmente influenciada pelo estilo de [[Giovanni Bononcini]] e provavelmente mais moldadas ao gosto da corte do Vice-Rei, suas árias se tornaram mais convencionais e mais ritmicamente comuns, ao mesmo tempo que sua orquestração passou a ser mais apressada e crua, embora não sem brilhantismo como em ''Eracles'' (1700). Scarlatti também passou a usar com freqüência os oboés e os trompetes com os violinos tocando em uníssono. As óperas compostas nessa época para corte de dos [[Medici]] foram perdidas. Essas obras poderiam ter dado uma ideia mais favorável de seu estilo da época, já que sua correspondência com o príncipe mostra que foram criadas com um sincero senso de inspiração.
 
''Mitridate Eupatore'', considerada sua obra prima, composta para Veneza em 1707, contém música muito à frente de qualquer coisa que Scarlatti tenha escrito para Nápoles, tanto técnica como intelectualmente falando. As últimas óperas napolitanas (''L'Amor Volubile e Tiranno'' (1700), ''La Principessa Fedele'' (1712), ''Tigrane'' (1715)) são pomposas e eficientes ao invés de profundamente emocionais. A orquestração revela grande avanço em relação aos trabalhos anteriores já que o principal acompanhamento da voz é deixado a cargo do quarteto de cordas. O cravo é reservado exclusivamente para os ruidosos ''[[ritornello|ritornelli]]''. Vale notar que Scarlatti criou o ''ritornello'' orquestral em sua ópera ''Teodora'', de 1697.
 
Seu último conjunto de óperas, composto para Roma, mostra um profundo sentimento poético, um estilo amplo e nobre, um forte senso dramático, especialmente nos recitativos acompanhados, um recurso que ele próprio foi o primeiro a utilizar já em 1686 (''Olimpia Vendicata'') e um estilo de orquestração muito mais moderno, com as trompas aparecendo pela primeira vez e sendo tratadas de modo a produzir um efeito eletrizante.