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'''Konzentrationslager Majdanek''' é o nome de um [[campo de concentração]] [[nazista]] construído na [[Polônia]] ocupada, a quatro quilômetros da [[cidade]] de [[Lublin]], durante a [[II Guerra Mundial]].
 
O campo foi criado em outubro de [[1941]] sob as ordens do comandante da [[SS]], [[Heinrich Himmler]], após sua visita à cidade de Lublin em julho do mesmo ano. Inicialmente, era um campo destinado apenas a receber [[prisioneiros de guerra]], sob a guarda da SS e comandado por [[Karl Otto Koch]] (cuja esposa, [[Ilse Koch|Ilse]], tornou-se famosa por sua crueldade), até ser transformado em campo de concentração geral em fevereiro de [[1943]]. Ao contrário de outros campos nazistas, este não era escondido em nenhum lugar remoto no meio de [[floresta]]s nem era cercado por zonas de exclusão, ficando às vistas da [[população]] civil comum de Lublin. Seu nome deriva de um [[distrito]] da cidade chamado Majdan Tatarski e foi dado pelos habitantes locais. O nome alemão inicial era ''Konzentrationslager Lublin'' (Campo de concentração de Lublin).
 
No começo das operações, ''Majdanek'' continha cerca de 50 mil prisioneiros, passando por uma expansão em [[1942]] que elevou sua capacidade para 250 mil, usados principalmente em [[trabalho escravo]] para produção de [[munição]] e [[fábrica]]s de [[arma]]s. Entre abril daquele ano até seu fechamento em julho de [[1944]], o local foi transformado em [[campo de extermínio]], com a introdução de [[câmaras de gás]] e crematórios. Foi um dos dois únicos campos nazistas a usar o [[Zyklon-B]] – o outro foi [[Auschwitz]] - como gás exterminador, apesar do [[monóxido de carbono]] também ser usado nas execuções.
[[Ficheiro:KrematoriumMajdanek.JPG|thumb|225px||left|Crematório reconstruído de Majdanek]]
Com a chegada do [[Exército Vermelho]] em 1944, o campo foi fechado, sendo que o crematório foi o único local que os nazistas conseguiram destruir antes da fuga, graças à rapidez do avanço das tropas[[tropa]]s libertadoras, o que transformou ''Majdanek'' no mais bem preservado dos campos do [[Holocausto]] para o pós-guerra. Cerca de mil detentos foram evacuados numa [[marcha da morte]], mas os [[soviético]]s ainda encontraram milhares deles, a maioria prisioneiros de guerra, mostrando a evidência dos crimes ali cometidos pelos nazistas. Ironicamente, assim que os soviéticos tomaram posse do campo, libertaram os prisioneiros dos nazistas e o transformaram num campo da [[NKVD]], o serviço secreto soviético, onde internaram milhares de integrantes da [[Movimento de resistência|resistência]] subterrânea polonesa da guerra.
 
[[Ficheiro:2003-11 KZ Majdanek.png|thumb|right|350px|Visão geral do campo]]
A contagem de mortos em ''Majdaneck'' nunca foi feita com alguma precisão devido à falta de registros. Ainda em julho de 1944, os soviéticos inicialmente superestimaram o número, anunciando a morte de 400 mil judeus, além de 1,5 milhão de prisioneiros de outros tipos, durante o período total de funcionamento, baseados na capacidade dos crematórios, apesar desta contagem nunca ter sido levada a sério por estudiosos. Os últimos estudos e pesquisas realizadas pela direção do departamento científico do Museu Majdanek, citam que houve cerca de 78 mil vítimas, sendo que 54 mil delas eram judeus[[judeu]]s.
 
Em outubro de [[2005]], quatro sobreviventes do campo voltaram ao local de sua prisão no passado acompanhados de [[arqueólogo]]s e os ajudaram a localizar no terreno mais de 50 objetos que haviam sido enterrados pelos prisioneiros; estes objetos incluíam [[aliança]]s, [[brinco]]s, [[relógio]]s e [[moeda]]s.