Camargo Guarnieri: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Andreegg (discussão | contribs)
Andreegg (discussão | contribs)
Linha 39:
Em retorno a São Paulo, em 1939, Guarnieri manteve-se de forma incerta, terminando por ocupar outras funções no Departamento de Cultura, visto que seu cargo de regente tivesse sido ocupado quando de sua ausência. Mário de Andrade já não estava na direção do Departamento de Cultura, e vivia no [[Rio de Janeiro]]. Outros intelectuais passam apoiar e divulgar a música de Guarnieri, especialmente [[Luiz Heitor]]. Desde 1934 Camargo mantinha também estreita correspondência com [[Curt Lange]], musicólogo alemão radicado no Uruguai. Este provavelmente tomou contato com sua música por indicação de Lamberto Baldi, que agora trabalhava na capital uruguaia.
 
Em decorrência das gestões para intercâmbio cultural entre Estados Unidos e Brasil, no âmbito da [[Política da Boa Vizinhança]] de Roosevelt, Camargo Guranieri se tornou o principal compositor brasileiro a atrair a atenção do meio musical norte-americano. O compositor [[AronAaron Copland]] veio ao Brasil como enviado do Departamento de Estado para sondar compositores que receberiam bolsas de estudo nos EUA. Ele e Camargo Guarnieri tornaram-se amigos pessoais, e o compositor norte-americano tornou-se posteriormente um dos principais divulgadores da música de Guarnieri nos Estados Unidos. Além de Copland, Guarnieri travou contato com o flaustisa e musicólogo [[Carleton Sprague Smith]], que residiu muitos anos no Brasil como uma espécie de representante musical dos Estados Unidos. Outro importante personagem norte-americano com quem Guarnieri travou contato foi o diretor da Divisão de Música da União Panamericana, o compositor Charles Seeger. O contato entre ambos deu-se a partir de Luiz Heitor, que trabalho como secretário da Divisão de Música em Washington, em 1941.
 
De todas estas gestões, resultou um convite do Departamento de Estado norte-americano para que Guarnieri passasse uma temporada de seis meses nos EUA como bolsista, viagem que foi realizada entre outubro de 1942 e março de 1943. Na ocasião Guarnieri realizou importantes contatos e promoveu sua música em concertos. Sua obra recebeu apoio entusiasmado de [[Serge Koussevitzky]], A partir de então, passaria a contar com espaço constante no meio musical norte-americano, onde sua música foi muitas vezes executada em concerto, editada em partitura e gravada em disco.