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Cartunista brasileiro,Alberto Correia de Alpino Filho, o Alpino, nasceu em Baixo Guandu (ES) no dia 4 de junho de 1970.
 
Sua carreira começou em 29 de novembro de 2001, no ''Caderno Dois'' do jornal capixaba A Gazeta, com as tiras de ''Luzia''. Em 2002, com a aprovação do chefe de redação, passa a utilizar o espaço para testar novos personagens, até encontrar um que tivesse uma melhor resposta do público. São desse período as tiras de ''A Doce Vida''.
 
''A Doce Vida'', era uma seleção de cartuns e foi publicada aos sábados e domingos, durante quase um ano, sempre com um único quadro, sem personagens fixos. Nessa época também foi apresentado ao público o super-herói ''Super Dog'', que ganhou seus poderes ao ser mordido por um cachorro radioativo. "Mas, a melhor resposta veio com ''Sam''", explica Alpino.
 
A tira teve estréia no diário capixaba em maio de 2004, sendo publicada às quintas e sextas-feiras. Graças ao sucesso alcançado em poucas semanas, a ''Intercontinental Press'', empresa que distribui tiras para os jornais brasileiros, solicitou amostras para serem apresentadas ao jornal gaúcho ''O Sul'', que acabara de criar um caderno de tiras norte-americanas e nacionais.
 
Após a aprovação, o jornal fez ao cartunista uma exigência: que a personagem passasse a se chamar ''Samanta'', em vez de ''Sam'', como era publicada em ''A Gazeta''.
 
Em maio de 2007, sem deixar as tiras, Alpino inicia a produção de charges diárias para o site de notícias da Rede Vitória, o Folha Vitória. "Existe uma diferença entre a criação de uma tira em quadrinhos e uma charge.
 
O enredo de uma tira é livre, porque se baseia em infinitos assuntos do universo do personagem, enquanto a charge está diretamente associada às manchetes que os jornais trarão no dia seguinte", explica Alpino.
 
Desse período inicial com as charges, Alpino relembra um fato curioso. "Era o primeiro mês em que eu fazia a charge do ''Folha'' e me utilizei da notícia de uma queima de drogas, realizada pela Polícia Federal, com a presença do alto escalão do governo do ''Espírito Santo''.
 
Eu vi a matéria pela tv e a própria imagem era engraçada. As autoridades sentadas, próximas a um enorme forno de onde saia a fumaça das drogas incineradas.
 
Eu fiz a charge da seguinte forma: tendo a cena da destruição das drogas no fundo, dois policiais federais aparecem em primeiro plano envoltos em fumaça. O primeiro diz: "Está faltando uma coisa ...". O segundo policial deduz: "Aumentar o fogo?". O primeiro reponde: "Não... um cd de reggae...".
 
A charge ficou tão boa que a polícia federal ligou para o Folha Vitória, reclamando da falta de respeito com a instituição. A charge foi retirada do ar algumas horas depois de publicada. Mas me deixou uma lição. Uma charge é como um atentado. Para funcionar, ela precisa de uma vítima."
 
Dois anos mais tarde, mesmo com o sucesso de ''Samanta'', que já havia chegado a cinco diários brasileiros de grande expressão: ''A Gazeta'' (ES), ''O Sul'' (RS), ''A crítica'' (AM), ''Agora'' (SP) e ''Jornal do Brasil'' (RJ), Alpino decide retomar os cartuns de ''A Doce Vida'', buscando a simplificação dos fundos e focando nas expressões dos personagens, seguindo a escola dos cartunistas norte-americandos da revista New Yorker.
 
Dessa safra, ele produz quarenta cartuns, que passou a oferecer a revistas e jornais online. A única resposta que recebeu foi do portal Yahoo!.
 
Pelas mãos do editor Rafael Alves e Edson Costa, seus cartuns ganharam uma página dentro do portal que recebe a visita diária de mais de três milhões de internautas. Com o sucesso dos cartuns,
 
Alpino é convidado a ser o primeiro chargista do ''Yahoo! Brasil'', estreando sua coluna no dia 1º de Abril de 2010, se unindo ao elenco de colunistas célebres como Regis Tadeu, Bernardo Ricupero e Sérgio Rizzo.
 
Antes do fim do seu primeiro mês como chargista do ''Yahoo! Brasil'', sua esposa Luzia toma conhecimento do 4º Concurso de Ilustração da Folha de São Paulo e o incentiva a participar. "Não queria participar.
 
O concurso tinha várias categorias para concorrer, mas a categoria de tiras em quadrinhos, que minha esposa desejava que eu participasse, não era pra mim. Historicamente, os quadrinhos que entraram na ''Folha'', via concurso, sempre eram no estilo underground, discípulos do traço do cartunista ''Angeli''. Admiro quem consegue desenhar dessa forma, mas eu não sei."
 
Mesmo reticente em participar do concurso da ''Folha'', Alpino se inscreve no último minuto na categoria cartum, com três trabalhos. "Minha esposa me ligou do trabalho.
 
Ela havia visto na internet que o prazo do concurso terminava naquela tarde e me perguntou se eu tinha enviado. Temendo uma bronca dela, eu menti e disse que já estava finalizando o material, mas talvez não desse tempo de enviar.
 
Assim, torcendo calmamente para que o relógio e a porta do correio me impedissem de concorrer com cartunistas de todo o país, eu escolhi alguns cartuns que ainda não haviam sido publicados e fui imprimi-los.
 
Na copiadora, através do funcionário que me atendeu e imprimiu meus cartuns, descobri que o correio do meu bairro não fechava as 17 horas, mas as 17h30.
 
Mesmo assim, caminhei lentamente os 300 metros que me separavam do local de envio do material. Parei para ver as vitrines de algumas lojas, conversei com lojistas, comprei envelopes numa papelaria para acomodar os impressos e cheguei na porta do correio as 17h29.
 
A funcionária tentava baixar a porta, que naquele dia, acredite, teimou em enguiçar. Perguntei, com um fio de esperança por um "não", se ainda podia despachar um sedex para São Paulo. Ela, saltando, disse que sim.
 
Entrei, despachei e mais tarde mostrei derrotado o comprovante à minha esposa." Apesar da luta para não concorrer, no dia 21 de maio, a ''Folha de São Paulo'' estampava a matéria sobre o concurso e o primeiro lugar alcançado pelo cartunista capixaba.
 
Atualmente, Alpino ilustra semanalmente a coluna da última página do caderno da ''Folha'' e faz ilustrações para outros cadernos.
 
[[Categoria:Cartunistas do Brasil]]