Panteno: diferenças entre revisões

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'''Panteno''' ([[Sicília]], ? – [[Alexandria]], [[200]]), ou '''''Pantaenus''''' em [[latim]], <ref name = CE>{{1913CE|Pantænus}}</ref> foi um [[filósofo]] e [[teólogo]] [[cristão]] do [[século II]]. Foi o fundador da [[Escola Catequética de Alexandria]], também chamada de ''Didaskaleion'', em 190 dC. Esta escola, a primeira do gênero no mundo, se tornou muito influente durante o [[Cristianismo primitivo]] e no desenvolvimento da [[teologia cristã]].
 
== Vida e obras ==
Educado na [[Estoicismo|doutrina estóica]], vivendo em Alexandria. Converteu-se ao Cristianismo e procurou conciliar a nova fé com a [[filosofia grega]]. Seu mais famoso estudante, Tito Flávio Clemente, também conhecido como [[Clemente de Alexandria|Clemente]], o descreveu como "a abelha [[sículos|sícula]]")<ref>{{citar livro|nome=[[Clemente de Alexandria]]|título=Stromata|volume=I|capítulo1| subtítulo = Preface.| url=http://www.newadvent.org/fathers/02104.htm |língua=inglês}}</ref>. Ele viria a substituí-lo posteriormente na direção da escola. Clemente havia sido discípulo de outros seis professores antes de conhecer Panteno. Quando o encontrou, disse: ''"Encontrei finalmente aquilo que procurava"'' {{semcarece de fontes}}.
 
Embora nenhum escrito de Panteno tenha sobrevivido<ref>Embora Lightfoot (''Apost. Fathers'', 488) e [[Pierre Batiffol|Batiffol]] (''L'église naissante'', 3a ed., 213 e seguintes) atribuam as passagens finais da [[Epístola a Diogneto]] à Panteno. Veja "Pantaenus" no ''The Westminster Dictionary of Christian History'', de Jerald Brauer.</ref>, seu legado é conhecido hoje por causa da influência da Escola Catequética no desenvolvimento da teologia cristã, em particular nos primeiros debates sobre a interpretação da Bíblia, sobre a [[Trindade (cristianismo)|Trindade]] e a [[Cristologia]]. Ele foi o principal defensor de [[Serapião de Antioquia]] pelos seus atos contra a influência do [[Gnosticismo]].
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Além de seu trabalho como professor, [[Eusébio de Cesareia|Eusébio]] relata que Panteno foi, por um tempo, um [[missionário]], viajando a lugares tão distantes quanto a [[Índia antiga|Índia]], onde, de acordo com Eusébio, ele encontrou comunidades cristãs utilizando o [[Evangelho de Mateus]] que lhes havia sido deixado em cartas em [[língua hebraica|hebraico]], suspostamente deixadas pelo [[apóstolo]] [[São Bartolomeu|Bartolomeu]] em pessoa (e que pode ter sido o [[Evangelho dos Hebreus]])<ref>{{citar livro|nome=[[Eusébio de Cesaréia]]|título=História Eclesiástica|url=http://www.newadvent.org/fathers/250105.htm|volume = V|capítulo=10|subtítulo=Pantænus the Philosopher.|língua=inglês}}</ref>. Isto pode indicar que os cristãos sírios, utilizando a versão [[siríaco|siríaca]] do [[Novo Testamento]], já tinham evangelizado partes da Índia no século II dC. Certamente a mais antiga igreja indiana deriva de missões siríacas e utilizava Bíblias nesta língua. Porém, alguns autores sugeriram que devido às dificuldades de Panteno com a língua dos [[Cristãos de São Tomé]] (um grupo antiquíssimo de cristãos no sudoeste da Índia{{Ref label2|a}}), ele pode ter interpretado incorretamente uma referência a ''Mar Thoma'' (Bispo Tomé), que é quem atualmente as igrejas siríacas acreditam ter evangelizado a Índia, como ''Bar Tolmai'' (o nome hebraico de Bartolomeu). Outros dizem que Eusébio pode ter confundido a Índia com a [[Arábia (província romana)|Arábia]] ou a [[História da Etiópia|Etiópia]], como já tinham feito outros autores gregos.
 
[[Jerônimo de Strídon|Jerônimo]], aparentemente confiando totalmente nas evidências de Eusébio ([[História Eclesiástica (Eusébio)|História Eclesiástica]]), escreveu que Panteno visitou a Índia "...para pregar Cristo aos [[brâmane]]s e [[filósofo]]s em sua obra ''[[De Viris Illustribus (Jerônimo)|De Viris Illustribus]]'' <ref>{{ws|"[[s:en:De Viris Illustribus#Chapter 36 (Pantaenus the Philosopher)|De Viris Illustribus - Pantaenus the Philosopher]]", em inglês}}</ref>. É improvável que Jerônimo tenha tido alguma informação sobre a missão de Panteno à Índia que seja independente de Eusébio. Jerônimo afirmou ainda que, quando ele escreveu, havia muitos textos de Panteno ainda existentes.
 
Panteno é venerado como [[santo]] pela [[Igreja Católica]] e pela [[Igreja Copta]], festejado em [[7 de julho]], pelos católicos, e no dia [[22 de julho]], pelos coptas.