Guerra de independência da Grécia: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Mani Flag (Greece).svg|right|thumb|200px|left|A bandeira de Mani - ''"Vitória ou morte, de volta com o escudo ou em cima dele"'']]
 
Ao notar que as forças gregas estavam derrotando os turcos, o Sultão otomano pediu a ajuda do vassalo egípcio, [[Mehmet Ali]]. Os egípcios concordaram em enviar seus exércitos para a Grécia em troca de Creta, do Chipre e do Peleponeso. O Sultão otomano aceitou cedê-las ao controle egípcio e [[Mehmet Ali]] enviou seu filho para comandar a expedição.<ref> The Birth Of The Modern, Johnson P, Phoenix, 1991</ref> Enquanto isso, os gregos entraram em desordem por causa das rivalidades políticas, que resultaram em uma guerra civil.
 
Sob o comando de [[Ibrahim Paxá]], o filho do líder do Egito, [[Mehmet Ali|Muhammad Ali]] invadiu a Grécia, desembarcando em [[Methoni]] e capturando a cidade de [[Kalamata]] e devasdando-a.<ref name=Kassis39/> Com a confusão entre os gregos, Ibrahim devastou o Peloponeso. Após um curto período de sítio, capturou a cidade de [[Messolongi]]. Procurou então capturar [[Naúplio]], mas foi repelido por [[Dimítrios Ipsilantis]] e [[Konstantinos Mavromichális]], irmão de Petros.<ref name="Paroulakis125">Paroulakis, ''The Greeks: Their Struggle for Independence ", 125</ref> Grande parte do interior foi arruinada pelas tropas egípcias. O Paxá então desviou sua atenção para o único lugar do [[Peloponeso]] que permanecia independente, a [[Península de Mani|Mani]].
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== Massacres durante a revolução ==
Assim que a revolução começou, houve massacres em larga escala de civis tanto por parte dos revolucionários gregos quanto das autoridades otomanas. Os revolucionários gregos massacraram muçulmanos que habitavam o [[Peloponeso]] e a [[Ática]], onde havia predominância das forças gregas, enquanto que os turcos massacraram muitos gregos, especialmente na [[Jônia]] ([[Ásia Menor]]), Creta, Constantinopla e as [[ilhas do Egeu]], onde o movimento revolucionário era fraco. Os eventos incluem o [[massacre de Quíos]], o [[massacre de Psara]], os massacres de turcos e judeus que se seguiram à [[queda de Trípoli]] e o [[massacre de Navarino]]. Harris J. Booras e David Brewer alegam que estes massacres por parte dos gregos foram apenas uma reação a eventos precedentes, como o massacre dos gregos de [[Trípoli (Grécia)|Trípoli]], após a destruição da banda sagrada.<ref>Harris J. Booras. " Hellenic Independence and America's Contribution to the Cause" Tuttle Co. 1934 p.24"</ref><ref>David Brewer. "The Greek War of Independence." Overlook TP 2003 p.64."</ref> No entanto, de acordo com os historiadores W.Alison Phillips, George Finlay, William St. Clair e Barbara Jelavich, os massacres se iniciaram simultaneamente com a deflagração da guerra.<ref>W.Alison Phillips, The War of Greek Independence,1821 to 1833, New York, 1897</ref><ref>St. Clair (1972)</ref><ref>George Finlay, History of the Greek Revolution and the Reign of King Otho, editado por H. F. Tozer, Clarendon Press, Oxford, 1877 Reprint london 1971</ref><ref> History of the Balkans, 18th and 19th Centuries. New York: Cambridge University Press, 1983, p. 217</ref>
 
== Negociações diplomáticas ==
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As conseqüências da revolução grega foram ligeiramente ambíguas no curto-prazo. Uma nação independente grega foi estabelecida, mas com Grã-Bretanha, Rússia e França reivindicando por maior influência nas políticas gregas e com a "importação" da dinastia da Baviera e de um exército mercenário.<ref name="Jelavich_Balkan229">{{cite book|last=Jelavich |primeira=Barbara |title=History of the Balkans, 18th e 19th Séculos |publisher=Cambridge University Press | pages=229-234| location=New York |date=1983 |id=ISBN 0-521 27458-3}}</ref> O país foi devastado após dez anos de conflito, estava abarrotado de refugiados e propriedades turcas abandonadas, havendo ampla a necessidade de reforma agrária.<ref name="Sowards_Balkan"/>
 
A nova nação continha 800 mil pessoas, menos do que um terço dos 2,5 milhões de habitantes gregos do Império Otomano. Durante grande parte do século seguinte, os gregos buscaram pela liberação dos territórios "[[Irredentismo|irredentos]]" do Império Otomano, de acordo com [[Grande IdéiaIdeia]]: o projeto de unir todos os gregos em um só país.<ref name="Sowards_Balkan"/>
 
Como um povo, os gregos passaram a ser vistos como traidores no Império Otomano, especialmente entre a população muçulmana. [[Fanariota]]s que haviam possuído altos cargos no Império Otomano passaram a ser vistos com suspeita e perderam privilégios. Em Constantinopla e no restante do Império Otomano, onde banqueiros e mercadores gregos tinham forte presença, houve certa substituição por banqueiros armênios e mercadores búlgaros ganharam espaço.<ref name="Jelavich_Balkan229"/>
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No longo-prazo, a revolução grega se destaca como um evento desencadeador do colapso do Império Otomano. Pela primeira vez um povo cristão se livrou da dominação turca e estabeleceu um Estado totalmente independente e reconhecido pela Europa. Isso daria esperança a outros povos dominados pelo Império Otomano. Posteriormente, [[sérvios]], [[búlgaros]] e [[romenos]] também conseguiriam expulsar os turcos de seus territórios e estabelecer Estados livres.
 
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[[Categoria:Guerras envolvendo a Grécia|Independencia Grecia]]